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A semana em Búzios foi de silêncio e poucas ações efetivas

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Os relatos de descumprimento de decretos aumentam nas redes sociais

As redes sociais em Búzios estão repletas de relatos sobre o relaxamento das medidas de prevenção ao coronavírus e falhas graves nas barreiras sanitárias, que tem permitido o acesso de turistas e visitantes hospedados em casas de aluguel e pousadas. A falta de boletins atualizados sobre os casos de coronavírus na cidade, alertam para uma possível estratégia de reabertura do comércio no município, e o descaso nos atendimentos em saúde são objeto de denúncia do Ministério Público. Até o momento segundo a Secretaria de Saúde do Estado, são seis casos confirmados na faixa etária entre 10 e 49 anos. A Prefeitura de Búzios não responde aos questionamentos da Prensa desde 15 de abril.

As barreiras sanitárias instaladas e funcionando 24h, segundo o site oficial, estão localizadas na divisa com o município de Cabo Frio, próximo ao IFF e na altura da Praça dos Quilombolas, na praia da Gorda e a última, na reta do Aeroporto, na localidade conhecida como Madeireira. 

Apesar de aparentar organização, esse locais apresentam falhas de organização. As abordagens, que inicialmente, exigiam comprovante de residência ou vínculo empregatício na cidade, para todos os ocupantes de veículos com placas que não fossem de Búzios, agora, apenas fiscalizam o motorista. A situação piora em carros emplacados no município e que tem trazido, ainda segundo relatos, visitantes e hóspedes que tem ocupado pousadas e casas de aluguel de forma irregular e com a conivência do poder público.

Esse relaxamento tem favorecido a realização de festas, passeios de barco e dias de praia, em casas que anteriormente operavam como pousadas, mas que hoje, sem placas de identificação, continuam a receber esses hóspedes. Um morador que não quis se identificar, e teve seu anonimato preservado, conta que mesmo após a “visita” do secretário de Turismo a um desses locais, na praia da Marina, o espaço seguiu recebendo hóspedes. E que o agente público teria instruído a desocupação sob pena de cassação do alvará. O que não aconteceu até o momento.

Paralelo ao afrouxamento das barreiras, o decreto exigindo o uso de máscaras, que a princípio pareceu ser uma medida de combate e proteção, funciona na verdade como um balizador, permitindo que as pessoas saiam mais vezes de casa, com a falsa sensação de proteção contra a contaminação. Especialistas com quem a Prensa conversou enxergam nessa ação manipulação dos fatos para o retorno das atividades turísticas e comerciais, sem cumprir os seis requisitos básicos da Organização Mundial de Saúde para a retomada pós quarentena horizontal. 

São elas, transmissão do vírus controlada, sistemas de saúde com capacidade de detectar, testar, isolar e tratar todas as pessoas com coronavírus e os seus contatos mais próximos, controle de surtos em locais especiais, como instalações hospitalares, medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir, manejo adequado de possíveis novos casos importados e comunidade informada e engajada com as medidas de higiene e as novas normas. Entenda quais são essas seis recomendações

Búzios, assim como o resto do Brasil, tem uma grande quantidade de subnotificação de casos. Esse número aumenta em se tratando de profissionais de saúde. No hospital municipal Rodolpho Perrisé, conforme apurou a Prensa em matéria do dia 22 de abril, os atendimentos estão comprometidos por conta do afastamento destes profissionais, com suspeitas e alguns confirmação de contaminação pelo COVID-19. 

O Ministério Público Federal está colhendo denúncias sobre o atendimento na unidade de saúde para compôr o processo aberto pelo procurador da República, Leandro Mitidieri. O procedimento foi aberto a partir de relatos sobre recusa de atendimento durante a pandemia. Os casos de negligência no atendimento podem ser denunciados no link – CLIQUE AQUI. Em resposta ao órgão, a direção do hospital informou que os atendimentos estão normalizados.

O prefeito esteve reunido na quarta-feira (22) com o secretariado para atualizar as medidas de enfrentamento ao coronavírus. No entanto, o informativo não trouxe nenhum detalhe sobre que medidas o município vai adotar para reabertura do comércio, que hoje tem 22 estabelecimentos autorizados a funcionar. Na mesma reunião também foi anunciada a criação de um grupo de trabalho para reabertura das praias, formado por secretários de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e Lazer. A Prensa apurou com exclusividade através de fontes ligadas ao governo que o nome para assumir a pasta do Meio Ambiente é o de Duda Tedesco. Informação não confirmada pelo município. 

Aglomeração no Alto da Rasa

Moradores do bairro da Rasa procuraram a Prensa durante a semana para salientar o problema que estão enfrentando com a falta de caixas eletrônicos no bairro. A localidade dispõe de um único equipamento para saques, que tem se tornado ponto de aglomeração e risco de disseminação do novo coronavírus. 

Durante a inauguração do novo posto de polícia em 2019, à época com a intenção de ser um polo integrado de segurança, foi prometido a população a instalação de novos dispensers automáticos. A ação não ocorreu e deixou os moradores, que precisam ou se deslocar a esse caixa único, ou até o Centro da cidade para operações bancárias. 

A Prensa fez contato com a Prefeitura no dia 20 de abril e até o momento não obteve resposta sobre a instalação ou sobre fiscalização relacionadas a aglomeração no local.

Situação dos estrangeiros em Búzios 

A Prefeitura de Búzios, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, recebe uma grande demanda de pedidos de ajuda de cidadãos argentinos que estão residindo em situação temporária na cidade, e que foram pegos pela crise e aguardam uma solução de retorno ao seu país de origem. O consulado argentino tem publicado boletins semanais sobre a situação desses estrangeiros no Brasil, e alguns já foram encaminhados de volta. Em Búzios a alta procura de argentinos e outros estrangeiros em situação de vulnerabilidade ao auxílio público confirma o escândalo do trabalho informal no município como uma das mazelas que só agravam a situação de desamparo social durante a pandemia. 

A semana em Búzios foi de silêncio e poucas ações efetivas

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Os relatos de descumprimento de decretos aumentam nas redes sociais

As redes sociais em Búzios estão repletas de relatos sobre o relaxamento das medidas de prevenção ao coronavírus e falhas graves nas barreiras sanitárias, que tem permitido o acesso de turistas e visitantes hospedados em casas de aluguel e pousadas. A falta de boletins atualizados sobre os casos de coronavírus na cidade, alertam para uma possível estratégia de reabertura do comércio no município, e o descaso nos atendimentos em saúde são objeto de denúncia do Ministério Público. Até o momento segundo a Secretaria de Saúde do Estado, são seis casos confirmados na faixa etária entre 10 e 49 anos. A Prefeitura de Búzios não responde aos questionamentos da Prensa desde 15 de abril.

As barreiras sanitárias instaladas e funcionando 24h, segundo o site oficial, estão localizadas na divisa com o município de Cabo Frio, próximo ao IFF e na altura da Praça dos Quilombolas, na praia da Gorda e a última, na reta do Aeroporto, na localidade conhecida como Madeireira. 

Apesar de aparentar organização, esse locais apresentam falhas de organização. As abordagens, que inicialmente, exigiam comprovante de residência ou vínculo empregatício na cidade, para todos os ocupantes de veículos com placas que não fossem de Búzios, agora, apenas fiscalizam o motorista. A situação piora em carros emplacados no município e que tem trazido, ainda segundo relatos, visitantes e hóspedes que tem ocupado pousadas e casas de aluguel de forma irregular e com a conivência do poder público.

Esse relaxamento tem favorecido a realização de festas, passeios de barco e dias de praia, em casas que anteriormente operavam como pousadas, mas que hoje, sem placas de identificação, continuam a receber esses hóspedes. Um morador que não quis se identificar, e teve seu anonimato preservado, conta que mesmo após a “visita” do secretário de Turismo a um desses locais, na praia da Marina, o espaço seguiu recebendo hóspedes. E que o agente público teria instruído a desocupação sob pena de cassação do alvará. O que não aconteceu até o momento.

Paralelo ao afrouxamento das barreiras, o decreto exigindo o uso de máscaras, que a princípio pareceu ser uma medida de combate e proteção, funciona na verdade como um balizador, permitindo que as pessoas saiam mais vezes de casa, com a falsa sensação de proteção contra a contaminação. Especialistas com quem a Prensa conversou enxergam nessa ação manipulação dos fatos para o retorno das atividades turísticas e comerciais, sem cumprir os seis requisitos básicos da Organização Mundial de Saúde para a retomada pós quarentena horizontal. 

São elas, transmissão do vírus controlada, sistemas de saúde com capacidade de detectar, testar, isolar e tratar todas as pessoas com coronavírus e os seus contatos mais próximos, controle de surtos em locais especiais, como instalações hospitalares, medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir, manejo adequado de possíveis novos casos importados e comunidade informada e engajada com as medidas de higiene e as novas normas. Entenda quais são essas seis recomendações

Búzios, assim como o resto do Brasil, tem uma grande quantidade de subnotificação de casos. Esse número aumenta em se tratando de profissionais de saúde. No hospital municipal Rodolpho Perrisé, conforme apurou a Prensa em matéria do dia 22 de abril, os atendimentos estão comprometidos por conta do afastamento destes profissionais, com suspeitas e alguns confirmação de contaminação pelo COVID-19. 

O Ministério Público Federal está colhendo denúncias sobre o atendimento na unidade de saúde para compôr o processo aberto pelo procurador da República, Leandro Mitidieri. O procedimento foi aberto a partir de relatos sobre recusa de atendimento durante a pandemia. Os casos de negligência no atendimento podem ser denunciados no link – CLIQUE AQUI. Em resposta ao órgão, a direção do hospital informou que os atendimentos estão normalizados.

O prefeito esteve reunido na quarta-feira (22) com o secretariado para atualizar as medidas de enfrentamento ao coronavírus. No entanto, o informativo não trouxe nenhum detalhe sobre que medidas o município vai adotar para reabertura do comércio, que hoje tem 22 estabelecimentos autorizados a funcionar. Na mesma reunião também foi anunciada a criação de um grupo de trabalho para reabertura das praias, formado por secretários de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e Lazer. A Prensa apurou com exclusividade através de fontes ligadas ao governo que o nome para assumir a pasta do Meio Ambiente é o de Duda Tedesco. Informação não confirmada pelo município. 

Aglomeração no Alto da Rasa

Moradores do bairro da Rasa procuraram a Prensa durante a semana para salientar o problema que estão enfrentando com a falta de caixas eletrônicos no bairro. A localidade dispõe de um único equipamento para saques, que tem se tornado ponto de aglomeração e risco de disseminação do novo coronavírus. 

Durante a inauguração do novo posto de polícia em 2019, à época com a intenção de ser um polo integrado de segurança, foi prometido a população a instalação de novos dispensers automáticos. A ação não ocorreu e deixou os moradores, que precisam ou se deslocar a esse caixa único, ou até o Centro da cidade para operações bancárias. 

A Prensa fez contato com a Prefeitura no dia 20 de abril e até o momento não obteve resposta sobre a instalação ou sobre fiscalização relacionadas a aglomeração no local.

Situação dos estrangeiros em Búzios 

A Prefeitura de Búzios, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, recebe uma grande demanda de pedidos de ajuda de cidadãos argentinos que estão residindo em situação temporária na cidade, e que foram pegos pela crise e aguardam uma solução de retorno ao seu país de origem. O consulado argentino tem publicado boletins semanais sobre a situação desses estrangeiros no Brasil, e alguns já foram encaminhados de volta. Em Búzios a alta procura de argentinos e outros estrangeiros em situação de vulnerabilidade ao auxílio público confirma o escândalo do trabalho informal no município como uma das mazelas que só agravam a situação de desamparo social durante a pandemia. 

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