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Nascido em Volta Redonda e morador de Maricá-RJ, Clinton Davisson Fialho é jornalista. Foto divulgação.
Nascido em Volta Redonda e morador de Maricá-RJ, Clinton Davisson Fialho é jornalista. Foto divulgação.

Relançado livro de ficção científica que em 1993 previa como seria a vida em 2022 no Brasil

Autor conhecido hoje por ter seus livros adotados em escolas e prefeituras do estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e por ter sido presidente do Clube de Leitores de Ficção Científica do Brasil por oito anos, Clinton Davisson Fialho, resolveu aproveitar o ano de 2022 para relançar o seu primeiro livro publicado no século passado, mais precisamente em 1999. A obra foi relançada em formato de e-book pela Amazon.com e custa R$ 18 em formato digital e R$ 25 em papel.

Escrito em 1993 e lançado em 1999, “Fáfia e a Copa do Mundo de 2022” conta a história de Willian Fáfia, o melhor jogador brasileiro de 2022.  Apesar de ser considerado o melhor do mundo, é falastrão e marrento. Por isso acaba sem querer se envolvendo em uma intrincada conspiração terrorista que envolve um atentado a bomba no Maracanã na final da Copa do Mundo de 2022. A trama se passa em um mundo pós apocalíptico que se recupera de uma Guerra Nuclear que atingiu os Estados Unidos, o Leste Europeu e os países Islâmicos. E Brasil, Argentina, Coréia e Japão formam um novo bloco econômico mundial.

Nascido em Volta Redonda e morador de Maricá-RJ, Clinton Davisson Fialho é jornalista, tem pós-graduação em educação e mestrado em comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Ele diz que não pretendia dar uma de profeta quando escreveu o livro. “Era um exercício de imaginação em pensar como seria o mundo em quase 30 anos no futuro. Acho que este trabalho é o mais despretensioso da minha bibliografia e só resolvi relançar porque chegamos finalmente em 2022 e acho que não dá para deixar passar a data em branco e depois porque o livro tem muitos fãs que gostam justamente por ele ser leve e divertido de ler.”, explica.

Livro foi escrito em 1993 e lançado em 1999. Imagem: divulgação `

Clinton destaca também que, na revisão, não tentou ajustar as previsões, pois, segundo ele, seria trapaça. “Não seria correto eu reescrever o livro para fingir que previ o Covid-19, por exemplo, mas é interessante como na versão de 1993, os personagens falavam sobre a importância de se vacinarporque haveria uma vacina contra a Aids. Infelizmente, essa previsão ainda não se concretizou”, lamenta.

Segundo o autor, mesmo sem querer fazer previsões, acabou acertando algumas coisas. “Infelizmente, eu não previ os 7×1. Se tivesse previsto, tentaria avisar o Julio Cezar, goleiro na Copa de 2014, a fazer muita cera, logo depois do primeiro gol, fingir lesão para parar o jogo, qualquer coisa desse tipo”, brinca Clinton. “Mas previ a prisão de dirigentes da CBF por corrupção, algo que lamentavelmente aconteceu. No livro também, o Brasil está cheio de imigrantes do Leste Europeu por causa de uma guerra nuclear, espero que isso não aconteça, embora a Europa esteja vivendo exatamente o que eu descrevi no livro. A minha maior previsão, a que eu me achei realmente um Nostradamus brasileiro foi dizer que em 2018 teria um desdobramento do filme Karatê Kid com o personagem de Ralph Macchio se tornando o mestre. E hoje temos a série Cobra Kay fazendo sucesso desde 2018. A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo também foi uma previsão, mas era meio óbvia. Mas achei que a Copa do Mundo de 2022 seria no Brasil e não a de 2014”, fala Clinton.

O processo de escrita do livro foi complicado. Iniciada a primeira versão em 1993, o livro passou por uma revisão em 1995 e depois em 1999 antes de ser lançado. A inspiração veio quando viu em uma revista que havia um livro chamado O Assassinato da Copa do Mundo, que teria sido escrito por Pelé. Filmes como Cavaleiros de Aço, de 1981, Warriors, os Selvagens da Noite, de 1979 e Fuga para Vitória de 1981, fazem parte das inspirações do autor, assim como séries brasileiras como Armação Ilimitada e até os Trapalhões serviram de inspiração para o autor. Torcedor do Flamengo e apaixonado por futebol, Clinton chegou a jogar na escolinha do Voltaço, time de Volta Redonda, mas diz que nunca foi um craque como seu protagonista. “O livro tem muita aventura, romance, mas também tem muito humor. Se me perguntarem o que mais gosto no livro acho que são as descrições das partidas de futebol. Acho que para compensar a falta de talento com a bola, resolvi ser craque em meu próprio campo que é a literatura. Eu me diverti muito escrevendo e espero que o leitor de hoje também se divirta”, afirma.

Noticiário das Caravelas

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