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A polícia não pode gerenciar a Cultura. Precisamos reagir!

OPINIÃO
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A Batalha do Mantém, realizada no bairro Manoel Correia, no dia 05 de maio de 2022, foi interrompida pela Polícia Militar

Lá pelos idos de 2010, participei de uma atividade cultural na periferia de Cabo Frio, mais precisamente, no Bairro Manoel Correia. Lá pelas 23h, a Polícia Militar chega e pede para o evento acabar. Um evento da comunidade, com toda a estrutura – barracas de alimentos e bebidas, recreação para as crianças, sendo interrompido porque a Polícia Militar quis interromper. Lembro do presidente da Associação de Moradores, indignado, mostrando todas as autorizações requeridas e as mesmas não servindo para nada naquele momento.

Cheguei a citar o ocorrido em uma live de pré-campanha do atual Prefeito do município, sobre a Cultura. Para que a Cultura na periferia tivesse o gás necessário para se ter visibilidade, a polícia não poderia ter o poder de intervir em qualquer manifestação cultural, muito menos cessá-la. Porque as práticas culturais sempre caem na linha da criminalização, sem outra possibilidade.

E é muito simples pensar que a polícia não pode gerenciar a cultura da periferia, primeiro pelo olhar sobre qualquer aglomeração de pessoas das favelas e periferias. Um olhar bem equivocado. Segundo porque não identifica manifestação x ou y como Cultura e terceiro porque a polícia só age assim porque não há assistência de nenhuma instituição governamental além dela mesma, nas favelas e periferias, se é que podemos chamar de assistência.

O rap, um elemento do Hip Hop, por exemplo, é uma manifestação artística já consolidada pelos quatro cantos do Brasil, extremamente popular entre a juventude e arrisco dizer, é a manifestação cultural em Cabo Frio, que mais aglomera pessoas, jovens, adultos e crianças, como a Batalha do Fort , na Praça da Cidadania.

A Batalha do Mantém, realizada no bairro Manoel Correia, no dia 05 de maio de 2022, foi interrompida pela Polícia Militar se utilizando dos seguintes argumentos: “Cultura é só na escola até as 18h”, “Rap é coisa de Vagabundo e Maconheiro” e “Lugar de Criança é em casa e não na praça fazendo rap”. E foi interrompida com truculência, incluindo atirando-se nos equipamentos de som e batendo nos jovens, como se pode observar em vídeos do ocorrido.

A pergunta é: O que a prefeitura de Cabo Frio e os órgãos de juventude, cultura, direitos humanos e igualdade racial tem a dizer sobre a atuação da Polícia Militar. Haverá mesmo a permissão de apenas a Polícia Militar ser a gerenciadora da Cultura das favelas e periferias do município? Sem entrar no mérito do despreparo, a coisa é muito mais profunda e precisamos de respostas.

A resposta que já temos é que a juventude cabo-friense, principalmente a periférica, tem voz, só precisa de reconhecimento e acima de tudo, respeito!

  • Texto de opinião escrito por Fábio Emecê, rapper, professor de português e ativista antirracismo.

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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