Search
Degradê com CSS
shutterstock_157433768

 

A ideia de mulheres fortes a qualquer custo está chegando ao ponto do doentio, mulheres que não entendem suas fragilidades, e consequentemente não sabem respeitar essas partes nelas mesmas, como se a sensibilidade fosse anular ou desmerecer sua força.

Quando falo em fragilidade é saber onde as coisas doem, onde feridas não precisam ser reabertas, e outras precisam ser mexidas, fragilidade por não querer, ou por preferir se escolher, entender de onde se é frágil para que não dê acesso a qualquer um, assim não seria precarizada, saber quando sua própria fragilidade te torna mais forte.

Temos a ideia de que fragilidade e força são conflitantes, quando na verdade podem ser complementares. Que tenhamos a força necessária para nossa própria sobrevivência, força na resposta contra violência, no enfrentamento, força que precisamos para sermos livres no nosso próprio corpo, e sensibilidade para respeitarmos nossas fragilidades, olhar com amor para nossas próprias inseguranças, para que consigamos cuidar de nós mesmas, e sermos fortes de dentro pra fora.

A força compulsória nos é colocada muito cedo, quando se diz que uma menina amadurece mais cedo, quando temos responsabilidades femininas tão jovens ainda, devemos tirar a ideia de que não podemos errar.

Um homem, quando erra, é tachado de infantil, uma mulher é colocada como inconsequente, que não se dá ao respeito, isso vai das noitadas até o abandono dos filhos.

Mas antes de sermos mães, amigas, esposas, companheiras, estudantes, trabalhadoras, somos pessoas, que as vezes cansadas, precisam dizer que não estamos bem, chorar por 10 minutos, ou deixar de lavar a louça, e não se preocupar. Precisamos as vezes pedir colo, e ainda assim sermos extremamente fortes.

Quando na última crise eu pensei em suicídio, e me senti insuficiente, o amor-próprio, que foi por mim construído com tanta luta, me salvou.

Pois na total solidão e conflitos sentimentais, nós somos nossas únicas companheiras, o autoentendimento, a autopreservação nos causa mudança, e afasta a ideia de mutilação, seja física ou psicológica.

A construção da força é trabalhosa, o conhecimento sobre nós mesmas e nossas vontades é trabalhosa, porém é valiosa, pois invalida o discurso da rivalidade feminina, nos dá autonomia na própria autoestima e corpo.

Tirar a máscara de mulher forte e inabalável, torna nossa verdade gigante e incontestável, e faz a gente respirar melhor.

Talytha Selezia é poeta, mulher preta e integrante do Coletivo Ónix

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

Noticiário das Caravelas

Búzios Feed

As melhores experiências de Búzios em um só lugar! Descubra histórias, dicas e memórias inesquecíveis dessa cidade paradisíaca. Compartilhe seu momento e faça parte dessa viagem!

Matérias Relacionadas

Búzios celebra a 10ª edição do Pride com dois dias de festa e representatividade

Você conhece as Casas da Mulher Buziana? Mais de 100 vagas abertas para cursos gratuitos

Defesa Civil de Rio das Ostras emite alerta de ressaca com risco de alagamentos e ventos fortes

Cortes em camadas, franjas versáteis e estilos curtos ganham força nos cabelos das mulheres em 2025

NOTÍCIAS DE GRAÇA NO SEU CELULAR

A Prensa está sempre se adaptando às novas ferramentas de distribuição do conteúdo produzido pela nossa equipe de reportagem. Você pode receber nossas matérias através da comunidade criada nos canais de mensagens eletrônicas Whatsaap e Telegram. Basta clicar nos links e participar, é rápido e você fica por dentro do que rola na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Receba nossa Newsletter!