Menu

Cidades

TIERRA_Y_LIBERTAD

Para aquele leitor ávido por filmes, principalmente os históricos, o filme “Tierra y Libertad”, dirigido pelo cineasta inglês Ken Loach, abordando o período da Guerra Civil Espanhola (1936-39) é uma ótima dica.

O filme retrata a luta dos partidários da república, que juntava em torno da proposta republicana, anarquistas, trotskistas, socialistas, marxistas, comunistas e sociais-democratas, na luta contra o fascismo do General Francisco Franco, que teve apoio de Hitler e Stálin.

Contudo, o filme conta com uma trilha sonora de arrepiar, com canções revolucionárias, fortes e de causar euforia. Porém, uma canção, que não me canso de dizer que é um hino revolucionário, a canção que representa a luta dos partidários da república contra o regime autoritário e violento do fascismo de Franco.

A canção se chama “A las barricadas”, escrita pelos anarquistas. Na verdade, a canção se baseou na letra da Warszawianka ou Varsoviana que  foi composta, em 1883, pelo poeta polaco Wacław Święcicki, quando esteve preso “em uma prisão de Varsóvia”, no contexto que o movimento operário polonês reivindicava sua pauta de luta e “lutavam contra a ocupação russa”.

Com o nome Marcha Triunfal e subtítulo ¡A Las Barricadas, a partitura foi publicada em novembro de 1933, no suplemento da revista Tierra y Libertad de Barcelona. Os arranjos musicais para coro misto foram feitas por Ángel Miret, e a adaptação da letra para o espanhol por Valeriano Orobón Fernández. Junto a letra havia uma observação que esta canção era de caráter sindicalista.

A canção tornou-se popular entre os anarcossindicalistas, substituindo a música tradicional espanhola anarco-sindicalista Hijos del Pueblo.”

Em um trecho da letra, percebe-se a força da canção e da convocação a luta contra os poder fascista de Francisco Franco:

Negras tormentas agitan los aires,
nubes oscuras nos impiden ver,
aunque nos espere el dolor y la muerte,
contra el enemigo nos llama el deber.”

Sem sombra de dúvidas, é uma canção revolucionária, por seu conteúdo político e social, seu apelo a conclamar a todos que se identificavam com a república.

El bien más preciado es la libertad.
hay que defenderla con fe y con valor.
Alza la bandera revolucionaria,
que del triunfo sin cesar nos lleva en pos”

Esta estrofe fala sobre o mais precioso bem, a liberdade, e tinha que ser, pois a maior parte das milícias que organizaram a luta contra o fscismo eram os anarquistas, claro, não tirando o mérito e a coragem dos outros companheiros, mas a CNT (Confederação Nacional do Trabalho), a instituição anarcosindicalista organizava as bases dos trabalhadores nas regiões onde a CNT tinha a supremacia. E nisso, a liberdade era a maior expressão dos anarquistas. O escritor inglês George Orwell relatou:

Pela primeira vez na minha vida, eu estava em uma cidade onde a classe trabalhadora segurava as rédeas. Quase todos os edifícios, qualquer que fosse seu tamanho, estavam nas mãos dos trabalhadores e cobertos com bandeiras vermelhas ou com a bandeira vermelha e preta dos anarquistas; as paredes traziam a foice e o martelo e as iniciais dos partidos revolucionários”

Uma frase de grande expressão e que soava forte aos ouvidos dos resistentes era: “!Fascistas no passaron! Um prelúdio a liberdade, mas que deveria ser conquistada sem medo da morte, pois o inimigo deveria ser confrontado.

Para finalizar, a última estrofe, é um último chamado, para a organização dos resistentes, um chamado para se combater os reacionários, os autoritários fascistas de Franco, aqueles que queriam se perpetuar no poder a todo custo, a base do sangue dos trabalhadores, do povo onde se instituía uma mente revolucionária, nova e social para todos.

Era um chamado pela continuidade da Confederação Nacional do Trabalho, “o maior sindicato e principal organização anarquista da Espanha”, já citado acima. É uma canção de soar os espíritos revolucionários. A las barricadas se tornou um símbolo dessa resistência, pelo seu teor social e revolucionário, por sua sensibilidade em convocar aqueles que se revoltam com as injustiças.

En el pueblo obrero, a la batalla 
hay que derrocar a la reacción. 

¡A las barricadas! ¡A las barricadas! 
por o triunfo da Confederación. 
¡A las barricadas! ¡A las barricadas! 
por o triunfo da Confederación”.

*George Berneri é Sociólogo e com o Espírito Revolucionário

A las barricadas:

TIERRA_Y_LIBERTAD

Para aquele leitor ávido por filmes, principalmente os históricos, o filme “Tierra y Libertad”, dirigido pelo cineasta inglês Ken Loach, abordando o período da Guerra Civil Espanhola (1936-39) é uma ótima dica.

O filme retrata a luta dos partidários da república, que juntava em torno da proposta republicana, anarquistas, trotskistas, socialistas, marxistas, comunistas e sociais-democratas, na luta contra o fascismo do General Francisco Franco, que teve apoio de Hitler e Stálin.

Contudo, o filme conta com uma trilha sonora de arrepiar, com canções revolucionárias, fortes e de causar euforia. Porém, uma canção, que não me canso de dizer que é um hino revolucionário, a canção que representa a luta dos partidários da república contra o regime autoritário e violento do fascismo de Franco.

A canção se chama “A las barricadas”, escrita pelos anarquistas. Na verdade, a canção se baseou na letra da Warszawianka ou Varsoviana que  foi composta, em 1883, pelo poeta polaco Wacław Święcicki, quando esteve preso “em uma prisão de Varsóvia”, no contexto que o movimento operário polonês reivindicava sua pauta de luta e “lutavam contra a ocupação russa”.

Com o nome Marcha Triunfal e subtítulo ¡A Las Barricadas, a partitura foi publicada em novembro de 1933, no suplemento da revista Tierra y Libertad de Barcelona. Os arranjos musicais para coro misto foram feitas por Ángel Miret, e a adaptação da letra para o espanhol por Valeriano Orobón Fernández. Junto a letra havia uma observação que esta canção era de caráter sindicalista.

A canção tornou-se popular entre os anarcossindicalistas, substituindo a música tradicional espanhola anarco-sindicalista Hijos del Pueblo.”

Em um trecho da letra, percebe-se a força da canção e da convocação a luta contra os poder fascista de Francisco Franco:

Negras tormentas agitan los aires,
nubes oscuras nos impiden ver,
aunque nos espere el dolor y la muerte,
contra el enemigo nos llama el deber.”

Sem sombra de dúvidas, é uma canção revolucionária, por seu conteúdo político e social, seu apelo a conclamar a todos que se identificavam com a república.

El bien más preciado es la libertad.
hay que defenderla con fe y con valor.
Alza la bandera revolucionaria,
que del triunfo sin cesar nos lleva en pos”

Esta estrofe fala sobre o mais precioso bem, a liberdade, e tinha que ser, pois a maior parte das milícias que organizaram a luta contra o fscismo eram os anarquistas, claro, não tirando o mérito e a coragem dos outros companheiros, mas a CNT (Confederação Nacional do Trabalho), a instituição anarcosindicalista organizava as bases dos trabalhadores nas regiões onde a CNT tinha a supremacia. E nisso, a liberdade era a maior expressão dos anarquistas. O escritor inglês George Orwell relatou:

Pela primeira vez na minha vida, eu estava em uma cidade onde a classe trabalhadora segurava as rédeas. Quase todos os edifícios, qualquer que fosse seu tamanho, estavam nas mãos dos trabalhadores e cobertos com bandeiras vermelhas ou com a bandeira vermelha e preta dos anarquistas; as paredes traziam a foice e o martelo e as iniciais dos partidos revolucionários”

Uma frase de grande expressão e que soava forte aos ouvidos dos resistentes era: “!Fascistas no passaron! Um prelúdio a liberdade, mas que deveria ser conquistada sem medo da morte, pois o inimigo deveria ser confrontado.

Para finalizar, a última estrofe, é um último chamado, para a organização dos resistentes, um chamado para se combater os reacionários, os autoritários fascistas de Franco, aqueles que queriam se perpetuar no poder a todo custo, a base do sangue dos trabalhadores, do povo onde se instituía uma mente revolucionária, nova e social para todos.

Era um chamado pela continuidade da Confederação Nacional do Trabalho, “o maior sindicato e principal organização anarquista da Espanha”, já citado acima. É uma canção de soar os espíritos revolucionários. A las barricadas se tornou um símbolo dessa resistência, pelo seu teor social e revolucionário, por sua sensibilidade em convocar aqueles que se revoltam com as injustiças.

En el pueblo obrero, a la batalla 
hay que derrocar a la reacción. 

¡A las barricadas! ¡A las barricadas! 
por o triunfo da Confederación. 
¡A las barricadas! ¡A las barricadas! 
por o triunfo da Confederación”.

*George Berneri é Sociólogo e com o Espírito Revolucionário

NOTÍCIAS DE GRAÇA NO SEU CELULAR

A Prensa está sempre se adaptando às novas ferramentas de distribuição do conteúdo produzido pela nossa equipe de reportagem. Você pode receber nossas matérias através da comunidade criada nos canais de mensagens eletrônicas Whatsaap e Telegram. Basta clicar nos links e participar, é rápido e você fica por dentro do que rola na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Faça parte da nossa comunidade no Whatsapp e Telegram:

Se você quer participar do nosso grupo, a gente vai te contar como vai ser agorinha mesmo. Se liga:

  • As nossas matérias chegam pra você a cada 1h, de segunda a sábado. Informações urgentes podem ser enviadas a qualquer momento.
  • Somente os administradores podem mandar os informes e realizar alterações no grupo. Além disso, estamos sempre monitorando quem são os participantes.
  • Caso tenha alguma dificuldade para acessar o link das matérias, basta adicionar o número (22) 99954-6926 na sua lista de contatos.

Nos ajude a crescer, siga nossas redes Sociais: Facebook, Instagram, Twitter e Tik Tok e Youtube

Veja Também

Aruba e NetApp fazem parceria para elevar as ofertas de TI

Capacitação gratuita impulsiona o desenvolvimento sobre ESG

Por que o antialérgico pode não fazer efeito

Solar Coca-Cola ultrapassa meta de coleta de PET no Nordeste

Coluna da Angela
Coluna Clinton Davison

A reprodução parcial deste conteúdo por veículos de comunicação é permitida desde que contenha crédito à Prensa de Babel na abertura do
texto, bem como LINK para o site "www.prensadebabel.com.br"
A supressão da fonte pode implicar em medidas de acordo com a lei de direitos autorais.