Faz parte dos princípios editoriais da Prensa “Identificar e corrigir com destaque erros de informação cometidos;”, como consta no manual de redação do jornal, ainda em construção, e que em breve será disponibilizado ao público. Desde sua fundação, em 2016, o jornal busca com rigor corrigir erros, sendo fiel a sentença cunhado por Ricardo Noblat em seu livro ” A arte de fazer um jornal diário” : ‘erro é pra ser corrigido’
A redação é composta por seres humanos e não está livre de erros materiais de informação, sempre corrigimos estes assim que são identificados no mesmo dia. Se o erro só for identificado posteriormente, corrigimos, explicamos o teor do erro e informamos a data da edição no próprio texto. Em casos identificados pelo editor junto com a redação como de maior relevância realizamos uma nova publicação assumindo o erro.
Em 2019 a Prensa publicou matéria, que passou pelos mesmo crivo de jornalístico de apuração e checagem, sobre um grave acidente sofrido por um personagem muito querido de Búzios, na Região dos Lagos do Rio, o Sassá das Ostras. Ainda assim erramos: na publicação, tanto no texto quanto na manchete, o ‘matamos’.
Foi uma comoção de grande proporção na cidade e rapidamente familiares fizeram contato para desmentir a informação, felizmente Sassá estava vivo. O acidente aconteceu e realmente foi grave, mas ele não tinha morrido. Assim que nos certificamos de que este erro grave havia sido cometido fizemos uma nova publicação onde corrigíamos a notícia e ao mesmo tempo assumíamos que erramos.
Deste fato nasceu a ideia da coluna ERRAMOS, para arquivar e registrar nossos erros. Uma ferramenta, utilizada por poucas redações em todo o mundo, para dar mais credibilidade ao jornalismo em tempos de notícias falsas e manipulação de informações tanto por veículos desonestos, quanto por grupos e pessoas públicas com intuito de criação de narrativas desconectadas dos fatos.
No “episódio do Sassá” nos deparamos com uma realidade que até então não tínhamos experimentado: a velocidade com que fomos acusados de estarmos publicando uma Fake News, seguidos de xingamentos como “jornal de merda”, “Mídia suja” e afins. Isso nos mostrou o quanto o termo estava já consolidado e popularizado, mesmo que rasamente compreendido. No caso de nossa publicação não se tratava de uma fake news (o termo é utilizado em noticias publicadas com informações falsas propositalmente), no nosso caso erramos.
Artigo esclarecedor publicado pela “Mídias Cordiais” lembra que “
O leitor sempre sabe quem fez uma reportagem jornalística, seja pela identificação do veículo em que ela foi publicada, seja pelo jornalista que a assina.
Mas o autor de uma fake news quase sempre se esconde no anonimato, até porque o interesse dele provavelmente não foi informar corretamente.
Então, atenção redobrada. Cobre jornalistas por qualquer informação errada, mas não contribua para confundir ainda mais as pessoas.”
Não queremos errar. O objetivo é entregar ao leitor e seguidor a informação real, com o máximo de lados e profundidade possível. Mas acreditamos que além de corrigir e assumir o erro, quando esse acontecer essa ferramenta sirva para fortalecer a credibilidade do jornal e o seu compromisso com a verdade dos fatos.