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Por *José Carlos Alcântara
ciclovia2A construção de ciclovias mudaria para sempre toda a mobilidade urbana de Búzios. A realização de um bom projeto dessa natureza, é essencial nos dias de hoje, pois define o futuro da locomoção da cidade e poderá delinear um novo perfil de comportamento para a mobilidade de seus habitantes.

Houve uma expansão urbana desordenada da península, ampliando o tempo que se gasta para ir e vir de um ponto a outro da cidade, com um excesso de veículos movidos a combustíveis poluentes, entupindo a única via de acesso ao centro. É urgente a necessidade de criar outras alternativas, para melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos moradores.

A implantação de ciclovias é uma necessidade inadiável a ser atendida, sob pena das atuais condições de mobilidade que já são críticas, se agravarem. Esta cultura de motos barulhentas circulando em alta velocidade e de veículos acelerados dentro do perímetro urbano, desobedecendo leis básicas de trânsito e circulando por vias estreitas e mal planejadas, já chegou ao limite do bem senso.

Búzios ocupa um lugar de destaque entre os municípios, com maior índice de fatalidades no estado. A demanda reprimida de ciclistas potenciais é muito grande, o que permitiria criar um fato político com o anúncio da construção de um circuito de ciclovias por toda a cidade. Infelizmente, a mesma população que pede pelas ciclovias, não pergunta por que elas nunca saem do papel.

As ciclovias são tão importantes que ninguém põe em dúvida o impacto positivo criado por elas. Precisamos resgatar a nossa mobilidade urbana, diminuindo o número dos carros em circulação e difundindo campanhas para melhorar a educação e o respeito no trânsito, criando uma nova cultura do uso adequado dos meios de transporte.

Quem é contra as ciclovias, aponta a inviabilidade para moradores de bairros afastados que terão de pedalar por longos percursos, como se a bicicleta pudesse substituir o sistema de transporte. Mas, a bicicleta é perfeita para pequenos trajetos que são feitos por vans ou muitas vezes à pé. As normas de regulamentação virão através do Plano Cicloviário de Búzios, com a criação de:

1. Bicicletários em escolas, praças, terminais de ônibus e centros comerciais.

2. Pontos estratégicos, com serviços de apoio aos usuários e dispositivos para facilitar a integração do sistema cicloviário com os demais meios de transporte.

3. Criação de roteiros turísticos para o uso exclusivo de bicicletas, explorando as belas paisagens, as praias e os pontos de observação turística de Búzios.

Além das ciclovias, podemos desenvolver programas para atrair novos ciclistas, como a realização de passeios, sorteios e ações recreativas e culturais, tendo como foco o uso de bicicletas, mobilizando a população através de campanhas com títulos sugestivos como: “Pedala Búzios” ou “Vá de Bike”.

Como pretendemos ser transportados pelas ruas de Búzios nos próximos 20 anos? Dentro de ônibus e presos em congestionamentos? Espremidos dentro das vans? Ou sozinho num carro e circulando entre milhares de veículos de turistas, que tomam as ruas de assalto perguntando onde é que fica a Rua das Pedras? Bem que poderíamos ir de bike, pedalando por ciclovias limpas, bem sinalizadas e com boa iluminação noturna.

*José Carlos Alcântara é consultor empresarial e Assessor da Presidência da ACRJ Associação Comercial do Rio de Janeiro

 

 

Noticiário das Caravelas

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Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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