Por Sandro Peixoto
Mais um dia de caos no transito da cidade. Desde cedo o fluxo apresentava problemas. Principalmente na Avenida Bento Ribeiro Dantas, que por incrível que pareça começa naquele trevo da Rodovia Amaral Peixoto – próximo do Posto até que o fim de Búzios, e só acaba na Praça dos Ossos. Desde o último dia de 2016 o transito está parado. Mas é a tarde, quando a maioria dos turistas deixam as praias da ponta de península para voltar para casa que a coisa complica. Um amigo levou 3 horas para sair do Centro e chegar a Geribá, aonde reside. Uma hora foi consumida entre a entrada da praia do Forno e a entrada da Tartaruga.
O caos em direção ao continente é compreensível afinal muita gente se hospeda em Manguinhos, Geribá e adjacências. Isso sem falar naquelas pessoas que ficam em casas e pousadas nas cidades vizinhas (por ter hospedagem mais barata) e resolvem curtir o dia em nossa cidade. Mas nada explica o transito em direção contrária. Quem estava chegando para trabalhar no centro sofreou tanto quanto quem estava saindo da cidade. E não adianta abrir novas rotas. Mais ruas e mais avenidas sempre foram sinônimo de engarrafamentos.
Com o confusão instaurada, muita gente desceu do carro e seguiu a pé e outros mais afoitos entravam por qualquer rua que lhe parecesse livre. Mesmo sendo contramão. Um desses motoristas, com um adesivo colado no carro onde se livra “sou contra a corrupção” revelou que pegou varias “contramão” para não ficar preso no trânsito. Até calçada subiu, revelou sem nem perceber o quão errado foi o que confessou.
O Brasil tem hoje quase 40 milhões de carros leves de passeio em circulação. O que dá um carro para pouco mais de 5 pessoas. As ruas de Búzios (principalmente a avenida que corta a cidade do continente a ponta da península) sempre serão as mesmas. Pouco mudará. Só existe uma saída para o caos e ela foi definida nas inúmeras discussões do Plano Diretor. A cidade primeiro para os transeuntes, depois para os ciclistas, em seguida para o transporte público e por fim, para o automóvel.
Não sei como faremos isso, mas tenho certeza que não existe outra saída pratica para o problema.