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Cuidado integral ginecológico prioriza saúde da mulher

Cuidado integral ginecológico prioriza saúde da mulher
Cuidado integral ginecológico prioriza saúde da mulher

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), define cuidado integral como ações que vão da prevenção à recuperação, passando pelo acompanhamento contínuo, em todos os níveis de atenção, desde consultas básicas até tratamentos de maior complexidade.

O documento destaca que essa abordagem deve levar em conta não apenas sintomas ou doenças, mas também o contexto de vida de cada mulher, a fase em que ela se encontra e sua autonomia para decidir sobre a própria saúde.

Dra. Marcela Corrêa, médica ginecologista, ressalta que muitas condições ginecológicas comuns são silenciosas, negligenciadas ou mal compreendidas e, por isso, o cuidado ginecológico não pode se limitar a tratar sintomas isolados.

"É essencial que o cuidado seja integral, preventivo e contínuo. Isso significa olhar para o corpo da mulher como um todo, respeitando suas fases e necessidades individuais — desde o início da vida reprodutiva até o climatério", afirma a especialista.

A ginecologista reforça que, no Brasil, milhões de mulheres são impactadas por condições ginecológicas como endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), miomas uterinos e as transformações causadas pela menopausa.

Dados divulgados pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) estimam que 8 milhões de mulheres sofrem com endometriose no país, e que a infertilidade afeta até 30% a 50% das mulheres com a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a SOP é a endocrinopatia mais frequente em mulheres em idade reprodutiva, acometendo cerca de 6% a 19% desta população. Uma pesquisa divulgada no portal da Fiocruz Brasília estima que entre 20% e 80% das mulheres, de 35 a 54 anos, desenvolvam miomas.

Endometriose

A endometriose caracteriza-se pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero e apresenta sintomas como cólica menstrual intensa, dor durante a relação sexual, alterações intestinais e urinárias durante o ciclo menstrual e dificuldade para engravidar.

"Muitas mulheres passam anos sem diagnóstico, convivendo com dor constante, baixa produtividade e angústia relacionada à fertilidade. A endometriose afeta a qualidade de vida física, emocional e sexual da mulher", observa a ginecologista.

Síndrome dos Ovários Policísticos

A SOP é um distúrbio hormonal que afeta ovulação e metabolismo e tem como principais sintomas a irregularidade menstrual ou ausência de menstruação, acne persistente, aumento de pelos no rosto e corpo, queda de cabelo, ganho de peso, resistência à insulina e dificuldade para engravidar.

Miomas uterinos

Miomas são tumores benignos que se desenvolvem no útero e geram sintomas como sangramento menstrual intenso ou prolongado, cólica acentuada, sensação de peso abdominal, aumento do volume uterino e, em alguns casos, infertilidade.

"Os miomas podem causar impacto direto na fertilidade e autoestima, além de desconforto na relação sexual, dor crônica, anemia e alterações na rotina", explica a médica.

Menopausa e Climatério

A menopausa e o climatério são fases naturais de transição hormonal da mulher, com sintomas como ondas de calor, suores noturnos, insônia, irritabilidade, ansiedade e depressão, ressecamento vaginal, dor durante a relação sexual, perda de massa óssea e muscular.

"Um acompanhamento regular com um(a) ginecologista de confiança permite detectar alterações antes que causem prejuízos significativos, e oferece orientações para um estilo de vida mais saudável, com foco também na nutrição, saúde mental, sexualidade e equilíbrio hormonal", declara a Dra. Marcela Corrêa.

Diagnóstico e tratamento

Segundo a ginecologista, o diagnóstico da endometriose leva, em média, de sete a dez anos no Brasil por uma combinação de fatores, como a normalização da dor menstrual, a diversidade de formas de manifestação da doença, falta de atualização dos profissionais especializados e o acesso limitado a exames e especialistas.

"É fundamental construir uma escuta ativa e acolhedora na ginecologia, onde a dor da mulher é levada a sério. Quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de controlar os sintomas, preservar a fertilidade e devolver qualidade de vida à paciente", reforça a profissional.

A médica esclarece que a SOP está diretamente associada à resistência à insulina, o que dificulta que o óvulo seja liberado regularmente e reduz as chances de gravidez natural. "O tratamento envolve controle da resistência insulínica e monitoramento do peso e do metabolismo e, em alguns casos, uso de hipoglicemiantes", explica.

De acordo com a Dra. Marcela Corrêa, o tratamento dos miomas uterinos só se torna necessário quando os miomas interferem na qualidade de vida, causam sintomas significativos ou impactam planos reprodutivos.

"A escolha entre tratamento clínico ou cirúrgico deve ser individualizada, considerando o tipo, a localização, o tamanho e a quantidade dos miomas, assim como se há ou não desejo reprodutivo, a intensidade dos sintomas e as condições clínicas da paciente", pontua a médica.

Para a especialista, apesar da menopausa e do climatério serem processos biológicos naturais, ainda são cercados de tabus e desinformação, o que leva muitas mulheres a não buscarem ajuda ou acreditarem que devem suportar os sintomas.

"Os cuidados e tratamentos recomendados para essas fases da vida da mulher são acompanhamento ginecológico regular, terapia hormonal (TH) ou outras terapias não hormonais e cuidados com a saúde emocional", alerta.

A Dra. Marcela Corrêa aponta que os principais avanços tecnológicos nos tratamentos ginecológicos são cirurgias minimamente invasivas, tecnologia a laser para saúde íntima, terapias hormonais personalizadas e mapeamento por imagem de alta resolução.

"O avanço da tecnologia e o olhar mais humanizado da medicina estão permitindo que o cuidado ginecológico seja cada vez mais personalizado, menos invasivo e mais empático, o que realmente transforma vidas é a junção entre ciência baseada em evidências e escuta ativa", conclui.

Para saber mais, basta acessar: https://www.instagram.com/dra.marcela.correa/

Octavio Raja gabaglia

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