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Em média, 5 milhões de brasileiras têm lipedema e não sabem

Em média, 5 milhões de brasileiras têm lipedema e não sabem
Em média, 5 milhões de brasileiras têm lipedema e não sabem

No Brasil, mais de 5 milhões de mulheres podem ter lipedema e não sabem, conforme  indicativos do Instituto Lipedema Brasil. A nível mundial, 10% das mulheres convivem com a doença, que causa acúmulo anormal de gordura no corpo, principalmente nas pernas e no tronco.

De acordo com a entidade, o lipedema costuma provocar dor, inchaço, hematomas e sensação de peso nos membros inferiores, além da dificuldade de emagrecimento nos membros, que não respondem a exercícios e dietas como o restante do corpo.

O Dr. Luciano Tarelho, médico nutrólogo, especialista em protocolos personalizados de emagrecimento e reposição hormonal, destaca que há uma série de características que devem ser observadas para que o lipedema seja identificado.

“O lipedema é uma doença crônica que afeta principalmente mulheres, caracterizada por uma distribuição desproporcional e simétrica de gordura subcutânea nas extremidades inferiores, poupando mãos e pés”, explica.

O especialista soma mais de 20 anos de experiência, com mais de 10 mil pacientes atendidos, e está à frente da Clínica Tarelho, localizada em Campinas (SP), especializada em nutrologia avançada com foco no emagrecimento, lipedema, fadiga, fibromialgia e hipertrofia.

Segundo Dr. Luciano Tarelho, a principal característica do problema é a dor ao toque e o surgimento de hematomas com facilidade, sem que haja um motivo aparente. Além disso, há uma desproporção entre a parte superior do corpo (geralmente mais fina) e a parte inferior (mais volumosa). “Fatores como a resistência ao emagrecimento com dietas e exercícios físicos também devem ser observados. A evolução da doença pode levar à progressão para lipedema com linfedema associado”, ressalta.

De acordo com o médico nutrólogo, o lipedema tem uma forte associação com fatores hormonais, especialmente relacionados a eventos como a puberdade, gestação e menopausa, sugerindo que os hormônios femininos têm um papel crucial na sua fisiopatologia.

“Há também uma forte predisposição genética, com a maioria dos casos sendo familiares. Sedentarismo, obesidade e distúrbios metabólicos podem agravar o quadro, mas não são causas diretas”, pontua. “O lipedema não deve ser confundido com obesidade, embora muitos pacientes também possam apresentar sobrepeso ou obesidade concomitante”, diz.

Doença tem tratamentos conservadores e cirúrgicos

Segundo Dr. Luciano Tarelho, os tratamentos para lipedema são divididos entre conservadores e cirúrgicos. O tratamento conservador envolve fisioterapia complexa descongestiva, compressão com meias elásticas, drenagem linfática manual e exercícios de baixo impacto para reduzir o edema.

“Em casos mais graves ou quando os tratamentos conservadores não são suficientes, a lipoaspiração específica para lipedema tem se mostrado eficaz na redução do volume de gordura anormal e alívio dos sintomas, como dor e melhora da mobilidade”, explica.

Diagnóstico precoce pode evitar casos graves da doença

O especialista em protocolos personalizados de emagrecimento e reposição hormonal conta que, para evitar a progressão do lipedema, é essencial o diagnóstico precoce e a adoção de medidas terapêuticas adequadas. “Manter um estilo de vida ativo, evitar ganho de peso excessivo e controlar doenças metabólicas associadas, como resistência à insulina, são medidas preventivas”.

Ainda de acordo com Dr. Luciano Tarelho, a compressão elástica pode ajudar a controlar o edema e evitar complicações como o linfedema secundário. “O acompanhamento regular com profissionais capacitados é fundamental para controlar a evolução da doença”, observa. O médico também acrescenta que o lipedema é um assunto recente, e que ainda tem muita coisa a ser descoberta sobre o tema. 

Nutrologia pode ajudar no tratamento de lipedema

O médico nutrólogo responsável pela Clínica Tarelho conta que, embora o lipedema não seja causado por obesidade, a manutenção de um peso saudável é crucial para o manejo da condição. Dietas anti-inflamatórias, ricas em antioxidantes, podem ajudar a reduzir a inflamação subjacente e melhorar o metabolismo da gordura.

“A nutrologia pode contribuir oferecendo planos alimentares personalizados que visam a perda de peso saudável, controle da inflamação e melhora da circulação”, explica Dr. Luciano Tarelho. “O tratamento nutricional focado no lipedema também busca minimizar a retenção hídrica e o acúmulo de gordura desproporcional”, completa.

O especialista partilha que, além de lipedema, também trabalha com a parte de emagrecimento, utilizando abordagens baseadas em ciência para perda de peso saudável e sustentável.

“Meu foco é em tratamentos personalizados, considerando o metabolismo individual, resistência à insulina, microbiota intestinal e outros fatores que influenciam o peso”, reporta. “Muitos pacientes com lipedema também têm dificuldades com perda de peso, e essa abordagem ajuda a alcançar melhores resultados tanto estéticos quanto de saúde”, afirma.

Dr. Luciano Tarelho ressalta que o lipedema ainda é subdiagnosticado no Brasil, mas a conscientização sobre a doença está crescendo. “O que muitas mulheres enfrentam é um ciclo de frustração, devido à falta de diagnóstico precoce e ao tratamento inadequado”.

Para concluir, para o especialista, é importante ressaltar que o lipedema não é uma questão apenas estética, mas uma condição médica que requer uma abordagem multidisciplinar.

“No Brasil, a comunidade médica está cada vez mais atenta a essa patologia, e a educação dos profissionais de saúde é fundamental para melhorar os desfechos desses pacientes”, finaliza Tarelho.

Para mais informações, basta acessar:  https://clinicatarelho.com/ 

Noticiário das Caravelas

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