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Crescem os desafios da farmacovigilância no Brasil

Crescem os desafios da farmacovigilância no Brasil
Crescem os desafios da farmacovigilância no Brasil

A Farmacovigilância, área dedicada ao monitoramento e à prevenção de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos, enfrenta desafios crescentes no Brasil. De acordo com estudos recentes, o número de notificações de eventos adversos vem aumentando, refletindo tanto uma maior conscientização dos profissionais de saúde quanto a complexidade do cenário farmacêutico atual.

Conforme o Boletim Informativo de Monitoramento Pós-Mercado de dezembro de 2023, no mesmo ano a ANVISA recebeu 50.209 notificações de eventos adversos relacionados a medicamentos. Desse montante, 70% foram notificados por profissionais de saúde. Médica com 30 anos de experiência e atuante em farmacovigilância há mais de 20 anos, Dra. Allisson Valentim afirma que o futuro da área ainda possui alguns desafios.

Para Dra. Allisson, “a farmacovigilância pós-mercado é a principal ferramenta para monitorar a segurança de medicamentos, especialmente medicamentos novos, que foram utilizados em populações limitadas durante as fases de estudos clínicos. É importante disseminar o conceito de notificação de eventos adversos tanto para profissionais de saúde como para a população geral”, pontua a especialista.

Outro estudo, conduzido pela Fiocruz em 2022, revelou que 35% dos eventos adversos relatados envolvem medicamentos genéricos, levantando questões sobre a equivalência terapêutica e a necessidade de estudos mais aprofundados para garantir sua segurança. A pesquisa também apontou para a subnotificação como um problema persistente, sugerindo que muitos casos de reações adversas não são reportados, o que dificulta a avaliação real dos riscos.

No Brasil, a principal fonte de relatos de eventos adversos são os serviços hospitalares. Um dos pilares para o desenvolvimento das atividades de farmacovigilância foi a instituição da Rede Sentinela em 2002, atualmente contando com 272 serviços de saúde e servindo como observatório da segurança de medicamentos, demonstrando a importância dessas instituições na gestão de segurança de medicamentos. “Um desafio é expandir as práticas de farmacovigilância para instituições além da rede sentinela. O ambiente hospitalar é ideal para coleta de eventos adversos, pois conta com profissionais capacitados e observação constante, garantindo uma melhor qualidade da informação colhida, trazendo maior segurança na avaliação dos eventos adversos”, explica a Dra. Allisson Valentim.

Esses dados reforçam a necessidade de uma maior integração entre os setores público e privado, visando aprimorar os mecanismos de vigilância e garantir que o uso de medicamentos no Brasil seja seguro e eficaz para toda a população. A complexidade do mercado farmacêutico, combinada com desafios estruturais e de capacitação, exige um esforço contínuo para que a farmacovigilância acompanhe o ritmo acelerado das inovações na área da saúde.

Durante o auge dos casos de dengue no país, segundo matéria da agência Brasil, o Ministério da Saúde registrou, dentro do universo de 365 mil doses da vacina Qdenga aplicadas, apenas 529 eventos associados a imunização. “A vacinação é uma intervenção de saúde pública eficaz, geralmente administrada a grande número de indivíduos saudáveis em um curto espaço de tempo, por isso, sistemas robustos de coleta e processamento de notificações de eventos adversos são necessários para a farmacovigilância de vacinas. Esse é um exemplo de como as tecnologias de gerenciamento de dados e treinamento e sensibilização dos profissionais de saúde e sociedade são importantes em Farmacovigilância.”

Ainda no âmbito de segurança, nos últimos anos tem havido maior preocupação com relação aos eventos adversos relacionados à produtos cosméticos e de higiene pessoal. Um levantamento realizado pela Anvisa em 2023 destacou que houve um aumento de 25% nas notificações de reações adversas em cosméticos em comparação ao ano anterior, segundo reportagem do portal Terra.

Em 28 de agosto de 2024, a ANVISA publicou uma nova resolução com as normas para notificação e acompanhamento de eventos adversos relacionados ao uso de produtos cosméticos. Essa atividade também é chamada de Cosmetovigilância. “Embora já houvesse uma norma anterior, a norma atual está mais alinhada com as práticas internacionais, e as empresas de cosméticos no Brasil terão um ano para se adequarem aos novos procedimentos”, finaliza Allisson.

Crescem os desafios da farmacovigilância no Brasil

Crescem os desafios da farmacovigilância no Brasil
Crescem os desafios da farmacovigilância no Brasil

A Farmacovigilância, área dedicada ao monitoramento e à prevenção de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos, enfrenta desafios crescentes no Brasil. De acordo com estudos recentes, o número de notificações de eventos adversos vem aumentando, refletindo tanto uma maior conscientização dos profissionais de saúde quanto a complexidade do cenário farmacêutico atual.

Conforme o Boletim Informativo de Monitoramento Pós-Mercado de dezembro de 2023, no mesmo ano a ANVISA recebeu 50.209 notificações de eventos adversos relacionados a medicamentos. Desse montante, 70% foram notificados por profissionais de saúde. Médica com 30 anos de experiência e atuante em farmacovigilância há mais de 20 anos, Dra. Allisson Valentim afirma que o futuro da área ainda possui alguns desafios.

Para Dra. Allisson, “a farmacovigilância pós-mercado é a principal ferramenta para monitorar a segurança de medicamentos, especialmente medicamentos novos, que foram utilizados em populações limitadas durante as fases de estudos clínicos. É importante disseminar o conceito de notificação de eventos adversos tanto para profissionais de saúde como para a população geral”, pontua a especialista.

Outro estudo, conduzido pela Fiocruz em 2022, revelou que 35% dos eventos adversos relatados envolvem medicamentos genéricos, levantando questões sobre a equivalência terapêutica e a necessidade de estudos mais aprofundados para garantir sua segurança. A pesquisa também apontou para a subnotificação como um problema persistente, sugerindo que muitos casos de reações adversas não são reportados, o que dificulta a avaliação real dos riscos.

No Brasil, a principal fonte de relatos de eventos adversos são os serviços hospitalares. Um dos pilares para o desenvolvimento das atividades de farmacovigilância foi a instituição da Rede Sentinela em 2002, atualmente contando com 272 serviços de saúde e servindo como observatório da segurança de medicamentos, demonstrando a importância dessas instituições na gestão de segurança de medicamentos. “Um desafio é expandir as práticas de farmacovigilância para instituições além da rede sentinela. O ambiente hospitalar é ideal para coleta de eventos adversos, pois conta com profissionais capacitados e observação constante, garantindo uma melhor qualidade da informação colhida, trazendo maior segurança na avaliação dos eventos adversos”, explica a Dra. Allisson Valentim.

Esses dados reforçam a necessidade de uma maior integração entre os setores público e privado, visando aprimorar os mecanismos de vigilância e garantir que o uso de medicamentos no Brasil seja seguro e eficaz para toda a população. A complexidade do mercado farmacêutico, combinada com desafios estruturais e de capacitação, exige um esforço contínuo para que a farmacovigilância acompanhe o ritmo acelerado das inovações na área da saúde.

Durante o auge dos casos de dengue no país, segundo matéria da agência Brasil, o Ministério da Saúde registrou, dentro do universo de 365 mil doses da vacina Qdenga aplicadas, apenas 529 eventos associados a imunização. “A vacinação é uma intervenção de saúde pública eficaz, geralmente administrada a grande número de indivíduos saudáveis em um curto espaço de tempo, por isso, sistemas robustos de coleta e processamento de notificações de eventos adversos são necessários para a farmacovigilância de vacinas. Esse é um exemplo de como as tecnologias de gerenciamento de dados e treinamento e sensibilização dos profissionais de saúde e sociedade são importantes em Farmacovigilância.”

Ainda no âmbito de segurança, nos últimos anos tem havido maior preocupação com relação aos eventos adversos relacionados à produtos cosméticos e de higiene pessoal. Um levantamento realizado pela Anvisa em 2023 destacou que houve um aumento de 25% nas notificações de reações adversas em cosméticos em comparação ao ano anterior, segundo reportagem do portal Terra.

Em 28 de agosto de 2024, a ANVISA publicou uma nova resolução com as normas para notificação e acompanhamento de eventos adversos relacionados ao uso de produtos cosméticos. Essa atividade também é chamada de Cosmetovigilância. “Embora já houvesse uma norma anterior, a norma atual está mais alinhada com as práticas internacionais, e as empresas de cosméticos no Brasil terão um ano para se adequarem aos novos procedimentos”, finaliza Allisson.

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