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Cuidado com a pele começa cada vez mais cedo

Cuidado com a pele começa cada vez mais cedo
Cuidado com a pele começa cada vez mais cedo

O brasileiro é vaidoso e a quantidade de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos realizados no país comprova isso. Segundo os dados mais recentes da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), o país é o segundo que mais realiza intervenções – sejam elas invasivas ou não –, perdendo apenas para os Estados Unidos. 

Segundo a pesquisa, em 2023, foram realizados mais de três milhões de procedimentos no Brasil. Destes, cerca de 1,2 milhão eram as chamadas intervenções não cirúrgicas, como tratamentos injetáveis, peelings e afins. A aplicação de toxina botulínica ainda é campeã dos consultórios, representando 47,7% dos procedimentos, seguido dos preenchimentos de ácido hialurônico, com 35,9%.

Contudo, na contramão dessa estatística estão aquelas pessoas que buscam retardar os sinais do tempo de forma menos invasiva. Esse movimento acontece em todo o mundo, e foi batizado nos Estados Unidos de “prejuvenation”, uma mistura das palavras “prevention” e “rejuvenation” (“prevenção” e “rejuvenescimento”, em tradução livre).

O neologismo traz justamente o conceito de adotar medidas para prevenir o envelhecimento cedo, antes mesmo dos primeiros sinais começarem a aparecer. E, assim, evitar qualquer tipo de intervenção cirúrgica ao máximo.

“É claro que isso não quer dizer que vamos abrir mão dos preenchedores de ácido hialurônico”, destaca a Dra. Alessandra Drummond, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e especialista em laser e tratamentos anti-aging. “Até porque para abordar o rejuvenescimento, precisamos fazer pontos de sustentação na face e repor áreas estruturais e isso somente os preenchedores conseguem fazer. O resultado ainda assim pode ser muito natural, quando há um domínio da anatomia do rosto”, completa. 

Prevenir para não intervir

Após anos nos quais só se falava em “harmonização facial”, agora, a palavra da vez, segundo a especialista, é “colágeno”. E a preocupação com a sua perda tem começado cada vez mais cedo. Assim, tem se tornado cada vez mais comum ver jovens buscando os consultórios dermatológicos a fim de fazer uma espécie de “banco de colágeno” para envelhecer melhor.

E é aqui que entram os aliados da pele, que funcionam como preventivos ao estimular o organismo a produzir o seu próprio colágeno, gerando resultados mais naturais. Segundo a dermatologista, o uso de tecnologias como o ultrassom microfocado, os tratamentos a laser e os bioestimuladores injetáveis são os mais populares. “[Esses tratamentos] podem ser combinados entre eles, inclusive em uma mesma sessão”, diz a Dra. Drummond.

O cuidado começa e continua em casa

Além dos procedimentos nos consultórios, é preciso ter disciplina e manter os cuidados com a pele em casa, pontua a dermatologista. O uso de protetor solar e hidratante, além de uma boa alimentação e consumo de água, por exemplo, são essenciais. E esse conhecimento já se reflete no mercado. Segundo pesquisa da Kantar, as mulheres compram, em média, 11 produtos de skincare por ano.

Ou seja, não basta apenas consultar o especialista para injetar algo na pele e “pronto”.  “Hoje, quando o paciente me procura buscando rejuvenescer ou simplesmente envelhecer melhor, eu explico que precisamos desenvolver uma estratégia. E que não adianta apenas injetarmos [produtos], sem antes tratar qualidade de pele e o estímulo de colágeno”, ressalta a dermatologista.

“O ideal é fazer um planejamento anual, mas sempre com muita atenção às características individuais do paciente. Não sou a favor de padronizar o que é belo. Cada um tem o seu próprio belo”, ressalta. 

Por fim, é preciso destacar, também, a importância de se buscar profissionais capacitados na hora de realizar qualquer tipo de procedimento, mesmo que seja do tipo não-cirúrgico. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), “somente o profissional médico é quem possui a autorização legal, para realizar a indicação e execução de procedimentos estéticos invasivos de acordo com a lei 12.842/2013 (lei do ato médico)”.

De acordo com a instituição, é esse profissional que saberá identificar doenças ou qualquer outro fator que impeça a realização de algum tipo de intervenção, bem como tratar eventuais intercorrências durante ou após o tratamento. 

“Eu acho muito válido manter a auto estima em dia, se sentir bem e querer investir na beleza, desde que tudo seja feito com segurança, colocando sempre a saúde em primeiro lugar e sem exageros”, finaliza..

Para mais informações, basta acessar: https://alessandradrummond.com.br/

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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