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Preconceito ainda é barreira para tratamento de Alzheimer

Preconceito ainda é barreira para tratamento de Alzheimer
Preconceito ainda é barreira para tratamento de Alzheimer

Com o aumento da expectativa de vida, o número de pessoas vivendo com demência no mundo continua a crescer. Estima-se que, até 2050, 153 milhões de pessoas serão afetadas pela condição, em comparação com os 57 milhões registrados em 2019. No Brasil, o número atual de casos de demência é de aproximadamente 2 milhões. Diante desse cenário, a campanha Setembro Lilás 2024, promovida pela Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), alerta para a necessidade urgente de vencer o estigma, que ainda impede o diagnóstico em tempo oportuno e o acesso aos novos tratamentos.

“Estamos em um momento histórico, com a sanção da lei que instituiu a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Alzheimer e outras Demências, com mais conhecimento e recursos para prevenir, diagnosticar e tratar o Alzheimer. Mas, para que esses avanços cheguem a quem precisa, é fundamental combater o preconceito e capacitar os profissionais de saúde, especialmente na atenção primária”, afirma a geriatra Lindsey Nakakogue, diretora científica da Febraz.

No mês passado, a médica participou da Conferência Internacional das Associações de Alzheimer nos Estados Unidos e acompanhou a divulgação do relatório da Comissão Lancet sobre Prevenção, Intervenção e Cuidado em Demência. Entre as inovações apresentadas, ela aponta como um dos  avanços mais positivos o uso de biomarcadores sanguíneos, que possibilitam diagnósticos mais precisos e menos invasivos. “Essa tecnologia pode revolucionar o diagnóstico, permitindo intervenções mais eficazes, antes mesmo de os sintomas aparecerem.”

Já entre os novos medicamentos, os destaques são os anticorpos monoclonais Lecanemab e Donanemab, que atuam sobre as placas beta-amiloide no cérebro e prometem desacelerar a progressão da doença. “Esses medicamentos não apenas aliviam os sintomas, mas também retardam o avanço do Alzheimer”, afirma a médica. No entanto, ela alerta que, apesar dos benefícios, esses tratamentos têm alto custo e potenciais efeitos colaterais, como risco de hemorragia cerebral.

A importância das terapias não medicamentosas 

Além dos tratamentos farmacológicos, as terapias não medicamentosas seguem fundamentais para a preservação da autonomia e bem-estar das pessoas que vivem com Alzheimer. A geriatra Celene Pinheiro, vice-presidente da Febraz, reforça a necessidade de uma abordagem mais ampla no tratamento. “Eu vejo as novas terapias farmacológicas com bons olhos, mas é um equívoco pensar que o tratamento se resume a medicamentos. Medidas não-farmacológicas, como estimulação cognitiva e atividades físicas, são essenciais para todas as condições de saúde, especialmente nas demências”, afirma.

Segundo a médica, intervenções como a reabilitação cognitiva e o treino de linguagem trazem melhorias importantes nas atividades diárias e reduzem a ansiedade. “Além dos medicamentos que ajudam a desacelerar a progressão da doença, essas abordagens proporcionam ganhos funcionais e emocionais significativos”, acrescenta.

Ela ressalta, ainda, que simples adaptações no ambiente podem ter um impacto grande na vida dos pacientes. “Coisas simples, como etiquetar gavetas para facilitar a localização de objetos, ajudam a preservar a autonomia do paciente. O ideal é combinar terapias farmacológicas e não-farmacológicas para oferecer um tratamento mais completo e eficaz”, conclui Pinheiro.

Como reduzir o risco de desenvolver demências?

O novo relatório da Comissão Lancet ressalta a importância da prevenção, apontando que cerca de 45% dos casos de demência podem ser evitados ao longo da vida, ao controlar fatores de risco como perda de visão e audição não tratadas, colesterol LDL elevado, hipertensão, obesidade, diabetes, alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e isolamento social. Outros fatores são baixo nível educacional, depressão não tratada, poluição do ar e histórico de traumatismo craniano.

Programação do Setembro Lilás

A campanha Setembro Lilás 2024 inclui uma série de ações para combater o preconceito e promover o conhecimento sobre as demências. Monumentos serão iluminados em lilás em várias cidades do Brasil, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Estaiada, em São Paulo, e o Congresso Nacional em Brasília. 

Mensagens de conscientização serão exibidas em partidas da 27ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol, série A – Brasileirão. Os capitães dos times serão convidados a usar a braçadeira com mensagens da campanha. Zico, ídolo do futebol brasileiro e Embaixador da Conscientização sobre o Alzheimer pela Febraz, aparece em uma série de vídeos nas redes sociais, alertando sobre a importância de acabar com o estigma para favorecer o diagnóstico em tempo oportuno,  tratamento e qualidade de vida. 

Além disso, eventos presenciais estão programados em diversas cidades ao longo de setembro. A agenda completa pode ser acessada no site oficial: setembrolilas.org.br.

Preconceito ainda é barreira para tratamento de Alzheimer

Preconceito ainda é barreira para tratamento de Alzheimer
Preconceito ainda é barreira para tratamento de Alzheimer

Com o aumento da expectativa de vida, o número de pessoas vivendo com demência no mundo continua a crescer. Estima-se que, até 2050, 153 milhões de pessoas serão afetadas pela condição, em comparação com os 57 milhões registrados em 2019. No Brasil, o número atual de casos de demência é de aproximadamente 2 milhões. Diante desse cenário, a campanha Setembro Lilás 2024, promovida pela Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), alerta para a necessidade urgente de vencer o estigma, que ainda impede o diagnóstico em tempo oportuno e o acesso aos novos tratamentos.

“Estamos em um momento histórico, com a sanção da lei que instituiu a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Alzheimer e outras Demências, com mais conhecimento e recursos para prevenir, diagnosticar e tratar o Alzheimer. Mas, para que esses avanços cheguem a quem precisa, é fundamental combater o preconceito e capacitar os profissionais de saúde, especialmente na atenção primária”, afirma a geriatra Lindsey Nakakogue, diretora científica da Febraz.

No mês passado, a médica participou da Conferência Internacional das Associações de Alzheimer nos Estados Unidos e acompanhou a divulgação do relatório da Comissão Lancet sobre Prevenção, Intervenção e Cuidado em Demência. Entre as inovações apresentadas, ela aponta como um dos  avanços mais positivos o uso de biomarcadores sanguíneos, que possibilitam diagnósticos mais precisos e menos invasivos. “Essa tecnologia pode revolucionar o diagnóstico, permitindo intervenções mais eficazes, antes mesmo de os sintomas aparecerem.”

Já entre os novos medicamentos, os destaques são os anticorpos monoclonais Lecanemab e Donanemab, que atuam sobre as placas beta-amiloide no cérebro e prometem desacelerar a progressão da doença. “Esses medicamentos não apenas aliviam os sintomas, mas também retardam o avanço do Alzheimer”, afirma a médica. No entanto, ela alerta que, apesar dos benefícios, esses tratamentos têm alto custo e potenciais efeitos colaterais, como risco de hemorragia cerebral.

A importância das terapias não medicamentosas 

Além dos tratamentos farmacológicos, as terapias não medicamentosas seguem fundamentais para a preservação da autonomia e bem-estar das pessoas que vivem com Alzheimer. A geriatra Celene Pinheiro, vice-presidente da Febraz, reforça a necessidade de uma abordagem mais ampla no tratamento. “Eu vejo as novas terapias farmacológicas com bons olhos, mas é um equívoco pensar que o tratamento se resume a medicamentos. Medidas não-farmacológicas, como estimulação cognitiva e atividades físicas, são essenciais para todas as condições de saúde, especialmente nas demências”, afirma.

Segundo a médica, intervenções como a reabilitação cognitiva e o treino de linguagem trazem melhorias importantes nas atividades diárias e reduzem a ansiedade. “Além dos medicamentos que ajudam a desacelerar a progressão da doença, essas abordagens proporcionam ganhos funcionais e emocionais significativos”, acrescenta.

Ela ressalta, ainda, que simples adaptações no ambiente podem ter um impacto grande na vida dos pacientes. “Coisas simples, como etiquetar gavetas para facilitar a localização de objetos, ajudam a preservar a autonomia do paciente. O ideal é combinar terapias farmacológicas e não-farmacológicas para oferecer um tratamento mais completo e eficaz”, conclui Pinheiro.

Como reduzir o risco de desenvolver demências?

O novo relatório da Comissão Lancet ressalta a importância da prevenção, apontando que cerca de 45% dos casos de demência podem ser evitados ao longo da vida, ao controlar fatores de risco como perda de visão e audição não tratadas, colesterol LDL elevado, hipertensão, obesidade, diabetes, alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e isolamento social. Outros fatores são baixo nível educacional, depressão não tratada, poluição do ar e histórico de traumatismo craniano.

Programação do Setembro Lilás

A campanha Setembro Lilás 2024 inclui uma série de ações para combater o preconceito e promover o conhecimento sobre as demências. Monumentos serão iluminados em lilás em várias cidades do Brasil, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Estaiada, em São Paulo, e o Congresso Nacional em Brasília. 

Mensagens de conscientização serão exibidas em partidas da 27ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol, série A – Brasileirão. Os capitães dos times serão convidados a usar a braçadeira com mensagens da campanha. Zico, ídolo do futebol brasileiro e Embaixador da Conscientização sobre o Alzheimer pela Febraz, aparece em uma série de vídeos nas redes sociais, alertando sobre a importância de acabar com o estigma para favorecer o diagnóstico em tempo oportuno,  tratamento e qualidade de vida. 

Além disso, eventos presenciais estão programados em diversas cidades ao longo de setembro. A agenda completa pode ser acessada no site oficial: setembrolilas.org.br.

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