De acordo com informações do Conselho Regional de Odontologia (CFO), o Brasil conta, atualmente, com mais de 400 mil dentistas, número expressivo que, segundo relatório elaborado pela Unimed, coloca o país com o maior detentor de profissionais desta especialidade no mundo.
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentram a maior parte dos profissionais e, além disso, 52% dos cursos de odontologia estão nessas localidades. Os dados indicam também que o Brasil conta com mais de 52 mil clínicas odontológicas, sendo 31,22% localizadas no estado de São Paulo.
Diante deste panorama, o Fernando Cordeiro de Albuquerque, cirurgião-dentista que atua em Curitiba, vê o segmento com tendência à saturação no país, ao se observar as características do mercado, que conta com clínicas particulares, franquias, planos de saúde e profissionais independentes.
Segundo ele, apesar de o mercado de odontologia estar em expansão no mundo, o Brasil tem particularidades que contrastam com a média mundial de 5,59% de crescimento entre 2018 a 2023.
“Com certeza existe uma saturação. A cada dia mais faculdades de odontologia são inauguradas, além de novas franquias o que, por sua vez, diminui a remuneração, principalmente dos novos profissionais, aumentando a carga de trabalho”, pondera.
Embora a competitividade seja grande, o Brasil segue como referência mundial na área. Exemplo recente disso foi a premiação recebida pelo curso de Odontologia da USP (Universidade de São Paulo) que, segundo o ranqueamento QS World University Ranking by Subject, obteve a 14ª posição por área entre todos os países, sendo a melhor colocada no país, contribuindo para a liderança nacional na América Latina.
Neste cenário de mercado acirrado e qualificado, Albuquerque considera fundamental que o dentista busque se especializar, além de aperfeiçoar suas habilidades de administração e marketing.
“Creio que é ainda mais importante estar sempre atualizado sobre novas técnicas e tecnologias que a cada dia estão mais avançadas no nosso meio, para que assim possamos oferecer aquilo que as grandes franquias não conseguem acompanhar”, afirma.
Por fim, ele acredita que o relacionamento com outros profissionais também é importante. “Um dos pontos principais é buscar parcerias com outros colegas, igualmente capacitados e atualizados, de especialidades diferentes, para que assim possamos manter um tratamento diferenciado e de alto nível em todas as especialidades da odontologia”, finaliza.
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