Pular para o conteúdo
Search

Neurologista ensina como reconhecer os sinais de um AVC

Em meio à crescente preocupação em relação ao impacto do AVC (Acidente Vascular Cerebral) na saúde pública, o Brasil enfrenta uma realidade alarmante. De acordo com o Registro Civil Nacional, o AVC retomou sua posição como a principal causa de morte no país em 2022. O Sistema Único de Saúde (SUS) registra anualmente 113 internações por AVC a cada 100.000 habitantes, e esses números não incluem hospitais privados ou casos não registrados. Em 2022, os custos diretos e indiretos do AVC no Brasil foram estimados em 30,8 bilhões de reais.

Estudos recentes realizados pelo Joinvasc apontam que sofrer um AVC não apenas encurta a expectativa de vida em quase 9 anos, mas também apresenta um custo considerável, podendo chegar a 134 mil reais. O aspecto mais preocupante é que cerca de 70% desses custos recaem indiretamente sobre os pacientes e suas famílias.

De acordo com o posicionamento da Associação Brasil AVC sobre o tratamento do acidente, a máxima é “tempo é cérebro”. Aproximadamente, 2 milhões de neurônios são perdidos a cada minuto sem tratamento em um AVC isquêmico com oclusão de uma grande artéria; isso enfatiza a urgência do diagnóstico e da intervenção. “É importante que a população e os profissionais de saúde identifiquem imediatamente os sintomas do AVC, que incluem boca torta, fraqueza em um lado do corpo e dificuldade para falar (seja por disartria ou por afasia). Tais sintomas podem se apresentar concomitante ou isoladamente. Deve-se atentar, também, à súbita perda de força e/ou sensibilidade, perda da visão, incoordenação, dor de cabeça intensa e tontura/desequilíbrio”, informa o neurologista Matheus Ferreira Gomes, da Rede Mater Dei Uberlândia. A presença de qualquer um desses sintomas exige uma avaliação de emergência em um centro especializado no tratamento do AVC.

O Dr. Matheus recomendou o uso do mnemônico SAMU para identificar rapidamente um AVC: “Sorria” (boca torta), “Abrace” (perda de força), “Música” (dificuldade na fala) e “Urgência” (encaminhamento para o Pronto Atendimento). “Se alguém suspeitar que uma pessoa está tendo um AVC, a orientação é manter a calma, tranquilizar o paciente e acionar imediatamente o serviço de emergência pré-hospitalar”, explica o médico. 

Uma vez no Pronto Atendimento, o protocolo de AVC é acionado. O paciente passa por uma série de procedimentos, incluindo a avaliação do tempo dos sintomas e exames de imagem e de laboratório. O tratamento depende do tipo de AVC, com a possibilidade de intervenção medicamentosa e/ou cirúrgica. “Em comum aos tipos isquêmico e hemorrágico, se recomenda internação em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e monitorização dos sinais vitais contínuos. Para o AVC isquêmico, caso o paciente chegue a tempo e não tenha contraindicações, pode-se lançar mão de intervenção medicamentosa com trombolítico (medicamento que vai desentupir o vaso) e/ou mecânica via trombectomia endovascular. Para o AVC hemorrágico, se faz necessária uma avaliação para considerar drenagem cirúrgica/correção de aneurisma roto se for essa a etiologia”, diz o neurologista. 

O Dr. Matheus enfatizou a importância do tempo no tratamento do AVC, pois existem janelas terapêuticas determinadas por estudos. Uma resposta rápida aumenta significativamente as chances de recuperação do paciente.

 

 

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

Matérias Relacionadas

Homenagem a Ziraldo e Show de Lenine Marcam Terceiro Dia da Flim

O criador do Estilo Búzios: Octavio Raja Gabaglia revela os segredos da Sede Praia do Aretê

Flamengo vence Atlético-MG no Maracanã e abre vantagem na final da Copa do Brasil

Gabi Martins arrasa de biquíni preto em dia de praia em Búzios com a família

NOTÍCIAS DE GRAÇA NO SEU CELULAR

A Prensa está sempre se adaptando às novas ferramentas de distribuição do conteúdo produzido pela nossa equipe de reportagem. Você pode receber nossas matérias através da comunidade criada nos canais de mensagens eletrônicas Whatsaap e Telegram. Basta clicar nos links e participar, é rápido e você fica por dentro do que rola na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Receba nossa Newsletter!