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Mundo pode ter 1 bilhão de nômades digitais até 2035

Mundo pode ter 1 bilhão de nômades digitais até 2035
Mundo pode ter 1 bilhão de nômades digitais até 2035

A pandemia de Covid-19 afetou profundamente o mercado de trabalho em todo o mundo. Com o isolamento social e o fechamento de empresas, milhões de pessoas foram forçadas a trabalhar em casa. Esse período de incertezas e mudanças também impulsionou o crescimento do nomadismo digital, um estilo de vida que permite trabalhar de qualquer lugar do mundo.

Segundo um estudo realizado pela MBO Partners, desde o início da pandemia, em 2019, o número de nômades digitais triplicou, registrando um crescimento de 131% até o ano de 2022. A partir de então, o número segue registrando crescimento a uma taxa de 2% ao ano.

Uma recente reportagem do periódico estadunidense Newsweek mostrou que, dentre as profissões mais comuns entre os nômades digitais naquele país, destacam-se aquelas que não exigem impreterivelmente a presença física no local de trabalho, como profissionais de tecnologia, jornalistas e editores, profissionais de marketing e design, bem como educação e treinamento. 

Frequentemente impulsionados por ganhos bem acima da média de mercado, esses profissionais optaram por levar um estilo de vida nômade, e costumam se mudar de país com frequência, às vezes fixando-se mais tempo em algum lugar em específico, quando encontram a combinação ideal de estrutura, lazer, clima ameno, custo e qualidade de vida.

Alguns países acabaram se sobressaindo nestes quesitos e são hoje conhecidos por abrigar um grande número de nômades digitais que chegam de todas as partes do mundo, ajudando a movimentar a economia local. Esse estudo da Statista mostra que Estados Unidos, Espanha, Tailândia, Inglaterra e Alemanha estão atualmente dentre os países que se destacam nesta lista.

O especialista em tecnologia Ramon Santinello acredita que o nomadismo digital é uma modalidade de vida profissional que veio para ficar. “O nomadismo digital dá ao profissional a liberdade de viajar e experimentar novas culturas, além de melhorar sua produtividade e qualidade de vida”, afirma. “A flexibilidade de escolher onde quer viver e trabalhar, de ser mais produtivo por não ter que lidar com rotinas pesadas que englobam o trânsito, o estresse do escritório e outras distrações, é o que move o nômade digital a adotar esse estilo de vida”.

Santinello acrescenta que, além da liberdade e da autonomia, o nomadismo digital oferece outros benefícios, como uma maior convivência familiar e a flexibilidade de horário. “Essa modalidade de trabalho pode proporcionar uma melhor conciliação entre vida pessoal e profissional”, conclui.

Nomadismo digital pós-pandemia

O período pós-pandemia de Covid-19 trouxe mudanças significativas para o trabalho remoto. Muitas empresas perceberam que o trabalho remoto pode ser eficaz e produtivo, e estão investindo em tecnologias e ferramentas que permitam aos funcionários trabalhar de qualquer lugar.

No entanto, ainda há empresas que estão tentando acabar com o trabalho remoto. Essas empresas alegam que o trabalho remoto prejudica a produtividade, a cultura organizacional e a colaboração.

Em meados deste ano, a Tesla, empresa de Elon Musk, anunciou que todos os funcionários deveriam retornar ao trabalho presencial, ou de outro modo a ausência seria considerada um pedido de demissão. O Google tem criado incentivos para os funcionários retornarem ao escritório, ao passo que a Amazon trava uma batalha com seus colaboradores para que retomem as posições em suas dependências.

Esses gigantes da tecnologia acreditam que o trabalho presencial é essencial para a cultura organizacional e a colaboração. No entanto, ainda é cedo para dizer se essas iniciativas serão bem-sucedidas.

O futuro do trabalho remoto e dos nômades digitais é incerto. No entanto, é provável que o trabalho remoto se torne cada vez mais popular, à medida que as empresas e os funcionários se adaptem a essa nova realidade.

Algumas tendências que podem influenciar o futuro do trabalho remoto incluem o aumento da conectividade e da velocidade da internet, o desenvolvimento de tecnologias que permitam o trabalho colaborativo à distância; e a mudança de valores da sociedade, que preza cada vez mais pela flexibilidade e a autonomia Se essas tendências se confirmarem, o nomadismo digital pode se tornar uma opção de vida cada vez mais acessível e atrativa para um número crescente de pessoas.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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