O vereador suspeito de mandar matar um empresário em janeiro de 2017, Jefferson Ferreira Martini, o Jeffinho do Gás (PTC), vai reassumir o cargo na manhã desta quinta-feira (31) em Iguaba Grande, na Região dos Lagos do Rio. A cerimônia será realizada às 10h na Câmara dos Vereadores da cidade.
Investigado pelo crime e preso em junho de 2017, o político havia perdido o cargo para o suplente Paulo Cesar Rito. Jeffinho foi solto da prisão após o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) ter concedido um habeas corpus na tarde de terça-feira, 31 de janeiro.
Segundo a determinação do TJ-RJ, Jeffinho terá que se apresentar à Justiça todo quinto dia útil do mês para prestar contas de suas atividades. Ele deve informar em caso de mudança de endereço e só poderá deixar o município de Iguaba Grande em caso de necessidades médicas ou trabalhistas.
No processo, a defesa de Jeffinho alega constrangimento ilegal por parte do Juízo da Vara Única da Comarca de Iguaba Grande, dizendo que ele era mantido preso preventivamente há mais de sete meses, em desacordo com as normas legais e constitucionais pertinentes.
O crime
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o motivo do assassinato do empresário foi um conflito de interesses na compra de um terreno em Araruama. De acordo com a Polícia Civil, Jeferson Ferreira Martini, de 34 anos, é suspeito de ordenar o homicídio de Carlos Henrique, vulgo Cariri, morto em janeiro de 2017.
A prisão foi realizada pela Delegacia de Homicídios de Niterói (DH), em Conjunto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Segundo DH, o vereador seguia para o Rio de Janeiro pela Ponte Rio-Niterói, quando foi surpreendido pela polícia no dia 10 de junho de 2017. O mandado de prisão temporária foi obtido na Justiça, na Vara Criminal de Iguaba Grande.
De acordo com as investigações, Jeffinho do gás, como é conhecido na região, possuía uma relação contratual com a vítima, na compra de um terreno em Araruama. A linha de investigação aponta que o assassinato foi ordenado por conta de um conflito de interesses entre o vereador e Cariri.