Seguindo sua fase de reuniões e reflexões para definir em qual sigla vai abrigar os seus candidatos em 2018, o partido recém-fundado Frente Favela Brasil (FFB) se reuniu na tarde da última segunda-feira, dia 15 de janeiro, com as principais lideranças do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).]
O encontro aconteceu no quilombo urbano Aya Hub, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, com cerca de 50 pessoas presentes. Entre eles estavam os copresidentes do FFB no estado do Rio, Flávia Ribeiro e Rodolfo Xavier, além da rapper Nega Gizza, possível candidata a deputada estadual, pelo partido dos negros e favelados.
Pelo lado do PSOL, o deputado estadual e candidato a prefeito do Rio em 2016, Marcelo Freixo, a vereadora Marielle Franco e o vereador e pré-candidato ao governo fluminense, Tarcísio Mota, foram à reunião, onde falaram que, nas eleições de 2018, o PSOL pretende lançar candidaturas anti-sistêmicas, contra as tendências retrógradas e reacionárias, que avançam na sociedade brasileira, e acreditam que um movimento, que organiza politicamente favelas e periferias de todo o país como o Frente Favela Brasil, representa muito as posições que pretendem assumir e defender no próximo pleito.
“A situação política do Brasil exige que se tome um lado, e o Frente tem lado, que é o dos negros e favelados, contra o racismo e o genocídio da juventude negra. Com a onda reacionária em certa parte da sociedade brasileira, essa posição se torna anti-sistêmica”, disse Marcelo Freixo. “Acreditamos que o PSOL e o Frente Favela Brasil devem estar juntos nessa luta que será a eleição de 2018, não só no Rio como no Brasil inteiro. Por isso estamos dispostos a recebermos os candidatos deste movimento”, completou o deputado.
O Frente Favela Brasil continuará se reunindo com alguns partidos como REDE e PC do B, até o final de janeiro, para avaliar qual deles está mais próximo das ideias e diretrizes do movimento composto por negros e favelados. No dia 15 de fevereiro, o partido vai realizar um congresso, com os seus diretórios de todos os estados do Brasil, para definir qual será a sigla em que os seus candidatos serão lançados. A decisão será comunicada em entrevista coletiva, no dia 21 de fevereiro, pelas lideranças do partido.
“Essa reunião foi muito importante para definirmos o futuro do nosso movimento. Foi muito bom ver o respeito e entusiasmo do PSOL pela nossa iniciativa. Em fevereiro o partido vai fazer uma reunião interna, com membros de todo o Brasil, para decidirmos para onde vamos, como vamos e com quem vamos”, falou Flávia Ribeiro, copresidente estadual do FFB, no Rio de Janeiro.
Em agosto de 2017, o FFB tirou o seu registro no TSE, sendo o primeiro partido a fazer isso já com diretórios formados nos 27 estados. Agora o grupo corre atrás das 487 mil assinaturas para que possa, já nas eleições de 2020, lançar candidatos por contra própria. O grupo promete 10 milhões.
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