Assim que se chega a alguma das propriedades do projeto Acolhida na Colônia, localizadas em sítios espalhados por Casimiro de Abreu, os turistas costumam ser por uma natureza exuberante e muita cordialidade. Quem os recebe são membros de algumas das famílias donas das sete propriedades integrantes do programa que é focado no turismo de experiência.
A ideia do projeto surgiu na França e foi inicialmente adaptada na década de 90 em Santa Catarina, no sul do Brasil. Porém, em 2014, o projeto foi implantado no município com a proposta de dar maior visibilidade os agricultores familiares e criar o conceito de agricultura orgânica na região de Casimiro de Abreu. Infelizmente, hoje o projeto conta com cada vez menos integrantes.
Quem encabeça o projeto no município é o presidente da Associação dos Produtores Agroecológicos Serramar (Apasmar) Luiz Alberto Costa. Ele é o proprietário do Sítio Santa Isolina, localizado aproximadamente ao lado da Rodovia Serramar (RJ-162), que desenvolve suas atividades orgânicas, quitutes caseiros produzidos com material do sítio e refeições especiais para os visitantes.
De acordo com o presidente, o projeto é um estímulo para o produtor rural, principalmente na região, onde não existe muito fomento. “A vida do homem do campo é muito difícil, crédito rural é complicado de conseguir sendo um agricultor familiar. Não somos tratados com respeito pelas empresas de crédito, nem temos apoio do município. Por isso, o Acolhida na Colônia é tão importante. Deixamos de tratar só da terra e inserimos o agroturismo”, explica o agricultor.
Luiz Alberto conta que o processo de implantação começou com 15 propriedades integradas no projeto. Porém, com a falta de apoio do poder público os agricultores foram debandando.
“A agricultura orgânica, apesar de agregar um valor de 30% a mais comparando com os produtos comuns, exige um alto compromisso e cuidado. Tivemos que nos adaptar a essa realidade. Deixamos de usar adubos e defensivos químicos de colheita. É mais trabalhoso porque temos que fazer a catação manual de insetos e armadilhas para animais que possam destruir a plantação. É tudo manual e dá mais trabalho”, comenta o presidente.
O agricultor Luiz Alberto conta ainda que o projeto Acolhida na Colônia precisa de apoio municipal para continuar existindo. “Precisamos de maquinário para cortar a terra e assim produzir. Não temos mão de obra para tratar disso”, lamenta.
Porém, todo o percurso difícil para manter o projeto ativo é recompensador para o presidente. Segundo Alberto, cultivar organicamente é como voltar as raízes da agricultura. “É muito gostoso ver o que você planta germinar e crescer naturalmente. E poder acompanhar de perto todo esse processo”.
Uma forma de fazer a agricultura orgânica chegar a vários cantos do município e até a cidades vizinhas é o serviço “Minha Cesta Orgânica”. Isso possibilita entregas em várias cidades da região como Casimiro de Abreu, Cabo Frio, Rio das Ostras e Armação dos Búzios. Os pedidos podem ser feitos pelo telefone: (22) 992140312 ou pela loja online www.minhacestaorganica.com.
Já o agendamento das visitas, passeios escolares e reservas para pernoites podem ser feitos pelo telefone: (22) 99276-6161
A sete propriedades integradas no projeto Acolhida na Colônia em Casimiro de Abreu são: Rancho Betânia, Sitio Toca do Tatu, Pousada Serranossa, RPPN Fazenda Bom Retiro, Sítio das Águas, Sítio Fruta Pão e Sítio Pomares.
Conheça mais sobre o projeto no site: http://acolhida.com.br/propriedades/rio-de-janeiro/casimiro-de-abreu/