“Agarrei essa chance com vontade. Minha vida mudou e minha autoestima está nas alturas”, comemorou.
Parceria entre a Defensoria Pública do Rio e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, o Projeto Resgate oferece capacitação em direitos e deveres do empregado, higiene pessoal e espírito de equipe. Nessa terceira edição, o grupo também recebeu apoio psicológico especializado.
“As questões emocionais que levam as pessoas à rua precisam ser enfrentadas de maneira adequada. Essas pessoas têm total condição de recuperar autonomia. O Resgate é pioneiro por garantir assistência social técnica, não assistencialismo”, resumiu a defensora pública do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, Carla Beatriz Nunes Maia.
Desde a estreia do projeto, cabe à Secretaria de Desenvolvimento buscar empresas-madrinhas dispostas a oferecer postos de trabalho aos alunos que concluam o curso. Dessa vez, a Comissaria Aérea do Rio de Janeiro, administradora do restaurante popular, foi a convidada.
A secretária Clarissa Garotinho, também presente à formatura, destacou que o projeto tem por finalidade também fazer frente ao preconceito contra as pessoas em situação de rua.
“A sociedade as vê como viciados em crack, vivendo sob viadutos, prestes a cometer delitos. Mas essa parcela da população que vive nas ruas tem muitas caras e está nessa situação por motivos vários”, disse.
Os quatro formandos não contratados pela comissária receberam, além do certificado de conclusão, uma carta de encaminhamento a possíveis empregadores.
Diretor-executivo da Comissaria Aérea, Leonardo Marques, saudou a oportunidade de se integrar ao Resgate.
“Como empresa, é nossa obrigação tentar retribuir o que a cidade e a sociedade nos deram”, comentou.