Escrevi no Perú Molhado em um período de sei lá, 6, oito meses a convite do Victor Viana, meu eterno editor-chefe. Não sei porque, o Victor gosta de me chamar pra escrever onde ele trabalha. Fico pensando se ele realmente gosta do que escrevo, aliás, fico pensando se alguém gosta do que escrevo.
Pois bem, confesso que não sei mensurar bem o que foi essa fase escrita. Conhecer e ter o respeito do Sandro Peixoto? Deve ser um mérito, né? Avaliações parcas a parte, tratar de temas espinhosos a um cidadão de bem, dentro de um jornal que zoava uma cidade como Búzios, cosmopolita por fora e interiorana por dentro, foi interessante.
Não tive o prazer, sem puxa-saquismo, de conhecer o Marcelo. Gosto de figuras dispostas a afrontar o status quo, nos seus meios. Pessoas como essas merecem todo o respeito e consideração e sempre tenho a sensação de que elas não serão devidamente relatadas, pós-mortem, devido à complexidade e as possibilidades criadas diante de suas atuações.
Lembrei de uma coisa que veio decorrente ao Perú: conheci uma cabrocha maravilhosa, no qual sou apaixonado até hoje, apesar de continuar solteiro. Vadio é assim mesmo! Outra coisa importante foi eu ter sido o primeiro preto a escrever no jornal. Não sei se fui o único, mas isso deve valer alguma coisa.
Ah, só isso mesmo!
Primeiro texto enviado para a Semana Marcelo Lartigue