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Cidades

Uma guerreira contra o golpe

Jandira cortada

 

A entrevistada deste mês do Prensa é médica e  deputada federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Jandira Feghali. Nascida em Curitiba -PR, construiu sua carreira política pelo estado do Rio de Janeiro- começou sua militância  na década de 80 nos sindicatos da area médica, chegou a ser presidente do Sindicato dos Médicos. Pouca gente sabe, mas Jandira, que tem dois filhos,  é irmã do  pianista e tecladista Ricardo Feghali (integrante do grupo Roupa Nova).

Em 1986 foi eleita deputada estadual no Rio de Janeiro, e em 1990 deputada federal pelo Rio, e desde então sendo reeleita  sucessivamente até hoje. Disputou as eleições para a prefeitura do Rio em 1992 e 2016, nesta última teve apoio oficial do ex-presidente Lula.

Jandira em 1992 votou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de  Melo e em 2016 se posicionou diretamente contra o impeachment de Dilma Rousseff, tornando-se uma das principais lideranças politicas que denunciaram  o golpe parlamentar que estava sendo organizado sob a liderança do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) – hoje preso sob acusação de recebimento de propina. com o apoio  do então vice-presidente Michel Temer (PMDB),  que no momento também está sob risco de ser impichado após a exposição de conversa telefônica entre ele e o dono da empresa JBS, Joesley Batista, em que dá aval a compra de silêncio de Eduardo Cunha (Temer nega).

Jandira respondeu de forma direta algumas perguntas do Prensa relacionadas a atual situação politica do Brasil, como também do estado do Rio de Janeiro, e ainda deu sua opinião sobre duas das mais sérias ações, que atingem diretamente o trabalhador, do governo interino de Temer: a  reforma trabalhista e a previdenciária.

 

Prensa: Nesse momentos qual a saída para o Brasil?

Jandira: A saída para o Brasil, em minha opinião, é a saída democrática, porque não há possibilidade, hoje, por força do Congresso, com eleição indireta, termos alguém que paralise as reformas, que aguarde uma eleição legitima. Lógico que as ruas querem diretas, não aceitam as indiretas, e é correto não aceitar, esse congresso já jogou no lixo 110 milhões de votos das eleições de 2014,  perincipalmente os 54 milhões de votos que elegeram a presidenta Dilma. Agora não pode sequestrar novamente o direito de escolha do povo. É eleição direta com um programa minimo, um projeto que seja legitimado pelas urnas  e que tenha credibilidade de tocar o país e tirarmos dessa lama que nos encontramos.

Prensa: E em relação ao Rio de Janeiro?

Jandira: Em relação ao Rio de Janeiro, temos que refundar, criar uma nova frente política, refundar um processo de credibilidade da população, criar um marco institucional de controle público, de controle aberto, de transparência, tamanho o grau de corrupção e falta de ética. Ter um projeto político-social de conteúdo nacional, principalmente para a cadeia de petróleo e gás, que possibilita o soerguimento do setor naval, geração de novos empregos. Além da cadeia produtiva da cultura,do conhecimento e  tecnologia, para de fato poder tirar o Rio da crise econômica em que se encontra no ponto de vista ético, político e social também. Temos que ficar de olho na segurança pública, muitos jovens morrendo, as pessoas, o crime urbano crescendo, e essa política só pode ser feita com um governo sensível, que pense nos direitos humanos e que pense em acabar com a impunidade.

Prensa: A senhora se posicionou diretamente contra a proposta do governo interino de Michel Temer da reforma trabalhista. O que  essa manobra de Temer significa para a classe trabalhadora?

Jandira: Em relação a reforma trabalhista, é o que pagou o golpe. A reforma pra aquele congresso patronal, o FIESP, e pra esse seguimento patronal,a ela é fundamental porque desestrutura completamente o mundo do trabalho,é uma reforma que acaba com a justiça do trabalho, que altera 117 artigos da CLT, cria figuras do trabalho intermitente, mantém as grávidas em ambientes insalubres, ou seja, ela representa a desestrutura sindical. Quero dizer o seguinte: o capitalismo engolindo o trabalhador sem qualquer mediação, sem qualquer regulação. E nesse momento a reforma trabalhista está no senado federal, houve adiamento da votação, tem duas comissões para passar a não ser que o governo consiga com urgência, e aí vai direto ao plenário.

Prensa: E qual a sua opinião sobre a reforma da previdência?

Jandira: E a reforma previdenciária é a chamada “a PEC da exclusão”, pelo o que é proposto ali, se aprovado como está vai excluir 80% dos trabalhadores urbanos e praticamente 100% dos trabalhadores rurais do sistema previdenciário, considerando principalmente os trabalhadores de baixa renda. É uma reforma da previdência que exclui pobre e que engorda os cofres do sistema financeiro.E as exigências desse sistema financeira que esse governo está submetido. Vejam que isso acabou provocando na renegociação com os estados um imposição dessa agenda nacional. E ainda temos a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) totalmente desconectada da realidade do povo, da situação do povo do Rio, para além de atrasar salários, décimo terceiro,deixar os aposentados em uma situação difícil, cumpre essa agenda imposta pelo governo federal  que é aumentar alíquota de 11 para 14% , que representa o aumento da contribuição previdenciária.

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