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Cidades

Temperatura cai e aumenta a preocupação com moradores em situação de rua

Embora existam dificuldades de ressocialização por parte das pessoas que vivem nas ruas, o poder público precisa pensar estrategicamente com a ajuda da comunidade. Foto: Matheus Coutinho
Embora existam dificuldades de ressocialização por parte das pessoas que vivem nas ruas, o poder público precisa pensar estrategicamente com a ajuda da comunidade. Foto: Matheus Coutinho

Frio, chuva e vento provocam reflexões sobre como a sociedade considera a vida de quem vive em ambientes públicos

O buziano acostumado com sol, praia e roupas leves se deparou com mudança brusca na temperatura dos últimos dias. Os termômetros desta quinta-feira (29) marcam mínima de 17 e máxima de 20 graus, com velocidade do vento de 38 km/hora. Para quem tem cobertas, roupas e alimentos quentinhos, o frio nem é tanto problema, até porque a estação é o inverno. Mas para quem vive pelas ruas do balneário a situação é bem diferente.

Praça Santos Drumont abriga maior parte dos moradores em situação de rua que vivem no balneário.

Mesmo antes da chegada dessa frente fria no Estado do Rio de Janeiro, a equipe da Prensa recebeu fotos de moradores em situação de rua na Praça Santos Dumont, no Centro, um deles estava dormindo sobre o gramado. O local está sempre tomado de pessoas que vivem perambulando pelas ruas e não se sabe exatamente quantos são. Sobre um papelão e com pouco recursos para se proteger da chuva e do frio, eles vivem de doações.

Talvez pela ótica fria e calculista, a avaliação é de pessoas viciadas em drogas e álcool e que simplesmente não querem sair das ruas. Mas por trás das aparências sujas e olhares perdidos existem pessoas que foram machucadas ao longo da vida. Passar por eles e fingir não ver ou procurar causa para discriminá-los é desumano. Muitas vezes uma conversa pode “alimentá-los” muito mais do que umas poucas moedas depositadas no chapéu.

Quando a previsão dessa forte frente fria começou a circular pelos meios de comunicação, se viu uma grande preocupação com os moradores de rua. Mas por que somente após a divulgação do comunicado? O que o poder público tem feito? Quais ações de ressocialização estão sendo realizadas durante o ano? Perguntas muitas vezes não respondidas.

Na quarta-feira (28), a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda de Búzios, por meio da equipe do CREAS, realizou uma abordagem social, com apoio da Secretaria de Postura e da Ronda Ostensiva Municipal (Romu). Na ocasião, um morador foi acolhido no CrerVip, após fazer o teste da Covid-19 e, um outro casal optou por voltar para o município de Cabo Frio. Na postagem nas redes sociais, a pasta destacou as dificuldades encontradas durante as abordagens.

“O trabalho torna-se ainda mais dificultoso quando há nas ruas pacientes psiquiátricos, cujas famílias não têm condições econômicas e emocionais para cuidar dos seus entes queridos, como foi o caso do conhecido Russo, que após ser acolhido, tentou fugir inúmeras vezes. Russo recebeu alguns cuidados como corte de cabelo e barba e ao final da tarde de ontem (quarta), uma parente foi encontrada e a mesma o acolheu”.

Embora existam dificuldades de ressocialização por parte das pessoas que vivem nas ruas, o poder público precisa pensar estrategicamente com a ajuda da comunidade. O debate de ideias é muito eficaz na condução dos problemas sociais. Sem falar que cada indivíduo que está nas ruas tem uma necessidade real, que antes de tudo, precisa de vista, escutada e considerada. Ele também é um cidadão com direitos perante a sociedade.

O morador em situação de rua também é um cidadão com direitos perante a sociedade. Foto Matheus Coutinho

“Armário Solidário”

Logo no início da chegada do inverno a Prefeitura de Búzios iniciou a campanha de recolhimento de agasalhos para aquecer os mais necessitados. O “Armário Solidário” foi uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda, com apoio da Secretaria de Segurança Pública (Defesa Civil). As doações são depositadas nas sedes de ambas as instituições, de segunda à sexta, das 9h às 17h, e nos Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Sem Braças e Rasa, da 8h30 às 16h. . Os interessados em ajudar podem leva roupas de frio, como casacos e calças, além de cobertores e calçados.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda fica localizada na Travessa dos Pescadores, nº. 111, Centro, em frente à Praça Santos Dumont. Já a Secretaria de Segurança Pública (Defesa Civil), fica na Estrada José Bento Ribeiro Dantas, nº 12. As entregam também poder ser feitas nos Cras de Cem Braças, que atende na Rua Progresso, nº. 448 e no da Rasa, localizado na Rua Álvaro Elídio Gonçalves, nº. 17, Lot. Praia Baia Formosa.

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