O estado do Rio de Janeiro fechou 6.758 postos de trabalho com carteira assinada em março de 2025, segundo levantamento da Firjan, com base nos dados do Novo CAGED. O número representa o segundo pior desempenho para o mês de março na série histórica da plataforma Retratos Regionais, ficando atrás apenas de março de 2020, início da pandemia da Covid-19.
Apesar do resultado negativo, o município de Macaé se destacou com a abertura de 1.009 novas vagas, liderando as contratações no estado. Também apresentaram saldo positivo os municípios de Seropédica (+473) e Duque de Caxias (+430).
Na contramão, os maiores saldos negativos foram registrados na cidade do Rio de Janeiro (-6.811), seguida de Niterói (-1.088) e Volta Redonda (-684). No Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes eliminou 211 vagas formais, enquanto São João da Barra teve saldo de -12 e Quissamã, -21.
O estudo mostra que o setor industrial foi o único a apresentar saldo positivo no estado, com 1.126 contratações. As admissões se concentraram nas indústrias de Transformação, Extrativa, Construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública.
Em Macaé, as atividades que mais contribuíram para a geração de empregos foram: manutenção e reparo de máquinas (+359), serviços especializados de construção (+124), apoio à extração de petróleo e gás natural (+111), construção de edifícios (+83) e montagem e instalações industriais (+79).
Já em Campos dos Goytacazes, os cortes ocorreram principalmente nas áreas de vigilância e segurança privada (-168), construção de edifícios (-74), construção de rodovias e ferrovias (-40), fabricação de produtos cerâmicos (-37) e comércio varejista de vestuário (-36).
Acumulado do trimestre
No primeiro trimestre de 2025, o estado do Rio de Janeiro acumula 13.064 novos empregos formais, número quase três vezes menor que os 41.971 registrados no mesmo período de 2024.
O setor de serviços lidera as contratações no ano com +16.875 vagas, seguido pela indústria (+6.928). Em contraste, os setores de comércio (-10.736) e agropecuária (-3) tiveram desempenho negativo.
As classes econômicas que mais contrataram entre janeiro e março foram: Ensino Fundamental (+3.056), Obras de geração e distribuição de energia e telecomunicações (+2.473), Administração Pública (+1.687), Serviços de Engenharia (+1.449) e Coleta de Resíduos Não-Perigosos (+1.361).
A partir deste levantamento, a plataforma Retratos Regionais também passou a disponibilizar dados sobre as famílias ocupacionais mais demandadas, permitindo análises por setor e município.
As profissões com os maiores saldos positivos no trimestre foram: trabalhadores de manutenção de edificações (+3.544), agentes e assistentes administrativos (+2.834), professores de nível médio na educação infantil (+1.838), professores de ensino fundamental de 5º a 8º ano (+1.191) e cozinheiros (+1.170).