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Romano: “Tenho minha religião, mas como secretário tenho que fazer Cultura para todos”

Titular da pasta responsável pela política cultural de Búzios defende liberdade de crença e fala da valorização dos povos tradicionais
O secretário de cultura de Búzios, Romano Lorenze
O secretário de cultura de Búzios, Romano Lorenze

Para as religiões de matriz africana, o culto à Iemanjá, divindade associada ao mar, tem seu ápice no dia 2 de fevereiro. Em Búzios, este ano, as celebrações ganharam corpo, por meio da Semana do Axé e o Festival Odoyá, que além das usuais manifestações religiosas, teve apresentações culturais e até um circuito gastronômico dedicado à Rainha do Mar. O impulso nos festejos tem a participação direta da Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico do município.

Para o secretário Luiz Romano Lorenzi, o apoio faz parte de uma política pública de inclusão para todas as manifestações culturais e religiosas. Católico por formação, Romano defende a liberdade de credo, e diz que faz parte de sua posição como secretário apoiar todas as manifestações religiosas.

“Em relação ao apoio à Semana de Axé e o Festival Odoyá, isso é o olhar que a Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico tem e essa proposta de fazer cultura para todos. Acreditamos nesse poder transformador que a Cultura tem. Eu não estou aqui para incentivar o credo religioso de A, B ou C; mas estou aqui para garantir o estado laico. O estado laico é um estado onde todas religiões tem direito. Eu acredito em um Búzios do ateu ao judeu; do católico ao protestante, do hinduísta ao espírita. E um Búzios para todos, independente da religião. Eu não estou aqui como secretário pra julgar o credo de ninguém”, garante.

O respeito às crenças religiosas está inserido na política de maior valorização da cultura popular e regional que a Secretaria tem buscado desenvolver nos últimos anos.

Segundo o secretário, a proposta é trabalhar com o chamado “alicerce cultural”.

“É com a cultura de base, com os povos tradicionais, com a identidade e a salvaguarda do povo buziano, com essa beleza e colorido que só a cultura popular tem. Porque o alicerce fortalecido nos concede o direito de construir uma identidade cultural cosmopolita, que é a identidade de Armação dos Búzios. Nós não podemos falar de um Búzios cosmopolita, de um Búzios que tem 56 nacionalidades, sem antes falar dessa base, desse povo tradicional. O mais bonito de tudo isso é que a Cultura nos proporciona viver essa diferença da cultura popular e dessa cultura cosmopolita sem agredir, elas se complementam. Elas caminham juntas”.

Romano ao lado de Mãe Fernanda de Oya, Terreiro Kwê Asé de Oyá

Romano entende que a construção do alicerce cultural valoriza não apenas os saberes e fazeres tradicionais do povo local, mas também possui uma dimensão que pode ser explorada economicamente, como um ativo turístico.

“Porque nós fazemos cultura para o nosso povo, para o morador de Armação dos Búzios, mas também por ser uma cidade turística a gente tem mais um produto hoje a oferecer na cidade, não somente sol e praia, mas equipamentos culturais, uma vida cultural, a memória da nossa cidade”, destaca.

Nesse sentido, estão previstas como as próximas atrações que terão o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico de Búzios eventos como o Pé de Leitura; a Festa de São José e a Exposição de Carnaval no Espaço Zanine.

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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