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Rio de Janeiro é a peça-chave da reconstrução democrática no país

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Ricardo Lodi, advogado, jurista deixa a reitoria da UERJ e anuncia a pré-candidatura a deputado federal pelo PT

Entrevista com o Ricardo Lodi, jurista e pré-candidato a deputado federal pelo RJ

O jurista Ricardo Lodi tem uma longa carreira acadêmica e nos últimos dois anos ficou à frente da Faculdade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), justamente no período em que a instituição se recuperava de uma forte crise, seguida das limitações impostas pela pandemia de Covid-19. No “Encontro Internacional Democracia e Liberdade”, sediado na UERJ, que juntou lideranças de esquerda de todo o mundo, passou a reitoria adiante e declarou-se pré-candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores. Nesta entrevista falou sobre esse processo, o que chama de “retomada da democracia” no país, o apoio a Lula e, claro, não poupou críticas ao governo Bolsonaro.
 

Prensa de Babel: O senhor tem uma longa carreira pública, com passagens por setores de grande importância nacional. A UERJ foi um dos maiores desafios, dada todas as dificuldades que a instituição passou, em especial, de 2016 a 2018?  E como foi estar à frente da UERJ durante o governo Bolsonaro?

Ricardo Lodi: Sem sombra de dúvidas a experiência na reitoria da UERJ foi meu maior desafio. E esse desafio foi mais intenso porque, quando eu assumi em janeiro de 2020, a UERJ estava ainda tentando se recuperar da grave crise de 2016 e 2018 e logo veio a pandemia da Covid-19, que levou à queda da arrecadação e contingenciamento orçamentário. O grande desafio foi recuperar as finanças da UERJ atendendo a população nas nossas unidades de saúde e ao mesmo tempo fazer com que uma universidade presencial passasse a ser remota. O que exigiu um amplo plano de inclusão digital, que foi o maior plano de inclusão digital dentre as universidades brasileiras durante a pandemia. E foram distribuídos pacotes de dados, tablets, auxílio emergência, auxílio transporte, auxílio creche, auxílio alimentação, auxílio material didático. De modo que os alunos da UERJ tiveram toda uma rede de proteção social para enfrentar essa pandemia. E esse quadro todo foi agravado num ambiente político de guerra cultural do governo federal contra as universidades. Felizmente a UERJ é uma universidade estadual e não ficou na alça de mira do governo Bolsonaro, mas as universidades federais sofreram muito com essa descontinuidade do financiamento público. A UERJ sendo uma universidade estadual pode encontrar seus caminhos, e fazer aquilo que a gente chama de pequena revolução da UERJ atendendo as demandas muito antigas da comunidade acadêmica.

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Ricardo Lodi no “Encontro Internacional Democracia e Liberdade” com a Dilma e Lula ao fundo – Reprodução Lu Lacerda



Prensa: O senhor deixa o cargo de reitor e declara sua intenção de disputar a eleição. Em seu discurso fala, sobre suas motivações, a reconstrução da democracia. Na sua opinião a democracia no Brasil está em risco real?

Lodi:
 A democracia vive um momento decisivo, ela não vai aguentar mais quatro anos de obscurantismo de mais um governo Bolsonaro. Portanto, acho que é missão de todos os democratas se mobilizarem para eleger um governo com real compromisso com democracia, com o desenvolvimento nacional e como foi o governo Lula e como será novamente. Por isso, eu me motivei a renunciar à reitoria da UERJ para estar à disposição desse projeto. Hoje eu sou pré-candidato a deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro de modo a dar sustentação à base política do presidente Lula, puxando a pauta da educação, da ciência e tecnologia, do serviço público e do SUS.

Prensa: Pode nos indicar pontos concretos que consideraria pelo Legislativo a reconstrução da democracia?

Lodi: Eu acho que a reconstrução do Estado democrático de direito passa pela recomposição legislativa de alguns pontos importantes que foram decompostos pelos governos que se seguiram ao golpe de 2016, como o teto de gasto que precisa ser revogado já que é uma simples fórmula de transferência de recurso dos mais pobres para os mais ricos. Através de uma fetação constitucional do crescimento econômico para o setor financeiro, é preciso revogar a reforma trabalhista que só promoveu a precarização da mão de obra e empobrecimento da população. Assim como a reforma previdenciária que só fez com os aposentados perdessem direitos, sem criar desenvolvimento, sem criar empregos, sem resolver os problemas financeiros de estados e municípios. Assim, também, há que se barrar a reforma administrativa em tramitação no congresso que termina com o serviço público como ele é hoje, fazendo com que o serviço público fique à mercê dos interesses eleitorais dos vários segmentos políticos. Além disso, uma pauta que é muito cara é a pauta das universidades, da educação de modo geral. É preciso garantir a autonomia universitária dos seus aspectos administrativos, financeiro, didático e pedagógico. Isso é algo que foi respeitado no governo PT e que nos governos posteriores não estava cristalizado na legislação acabou sendo comprometido. Hoje há que se reconstruir a educação, a ciência e a tecnologia no nosso país.

Prensa: Qual o papel do Rio de Janeiro nessa reconstrução?

Lodi:  O Rio de Janeiro é a peça-chave dessa reconstrução, não por ter sido só o ninho do bolsonarismo. Onde ele nasceu e desenvolveu sua carreira política com seus filhos, mas por ser um estado que tem sido utilizado como exemplo de uma federação que precisa ser revista. O Rio de Janeiro é vítima de uma legislação de recuperação fiscal que não recupera Estado algum, e que o condena ao subdesenvolvimento e seus moradores ao desemprego, à fome e à miséria. Por isso, essa reconstrução passa pela superação do bolsonarismo aqui no Rio de Janeiro, e mais do que isso, a superação dessa austeridade seletiva que tem sido imposta desde o golpe de 20016 pelos governos Temer e Bolsonaro. Por isso, uma vitória das forças progressivas é tão importante aqui no Rio de Janeiro. Seja no âmbito da presidência da República, mas também do poder legislativo.

Prensa: Como foi sediar na UERJ, o que, até aqui, foi o maior encontro do chamado setor progressista deste ano e fazer o anúncio de sua renúncia e de um novo ciclo como homem público?

Lodi: Nós, da UERJ, temos muito orgulho de ter realizado esse evento com o Grupo de Puebla, foi o maior evento com o Lula desde que ele foi solto. E a Concha Acústica Mariele Franco é emblemática para eventos dessa natureza, foi sem sombra de dúvidas uma grande emoção para todo o uerjiano ter ali o ex-presidente Lula em uma manifestação histórica junto com grandes líderes internacionais e, pra mim, é uma alegria redobrada poder anunciar a minha renúncia de mandato de reitor da UERJ na presença do ex-presidente Lula e da ex-presidenta Dilma e todos os líderes internacionais, me colocando à disposição desse projeto de reconstrução da democracia do nosso país. É interessante perceber que todos os reitores das universidades estaduais e federais do Rio de Janeiro e que clamam também por uma intervenção do novo governo e do novo parlamento a favor da autonomia universitária para que se vire essa página de intervenção de desfinanciamento e de sucateamento da universidade pública em nosso país.

Prensa: Esse evento serviu para demonstrar que Lula é mesmo a principal liderança do setor progressista no Brasil? Mais uma vez, qual o papel do Rio nesse processo?

Lodi: O Lula é sem sombra de dúvidas o maior político do Brasil, talvez de todos os tempos. Um grande articulador, um grande conciliador, e aquele que soube botar o pobre no orçamento fazendo com que a economia crescesse para todos. E essa volta do Lula ao cenário político é a chance nós temos de rearticulação das forças democráticas virando a página do fascismo. Mais uma vez o Rio de Janeiro é peça-chave, a vitória das forças democráticas é fundamental para esse processo de superação do triste episódio na democracia brasileira que vem desde o golpe de 2016. É o evento que nos enche de esperança e que aponta para dias de maior felicidade para a democracia brasileira.

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