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Região dos Lagos é a segunda do estado do Rio que mais mata mulheres

Protesto do Movimento de Mulheres da Região dos Lagos no ano passado, em Búzios.  Foto: Movimento de Mulheres Olga Benário
Protesto do Movimento de Mulheres da Região dos Lagos no ano passado, em Búzios. Foto: Movimento de Mulheres Olga Benário

O dia delas ultrapassou as comemorações e se tornou símbolo de resistência

O Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, ultrapassou as comemorações e se tornou símbolo de resistência. Isso se confirma principalmente na Região dos Lagos, que é a segunda do estado do Rio que mais mata mulheres, a primeira é a Baixada Fluminense. A informação é do Movimento de Mulheres Olga Benário com base nos dados do Dossiê de Mulheres, do Instituto de Segurança Pública (ISP). Segundo o levantamento, em 2019, os sete municípios registraram 7.793 ocorrências de crimes contra a mulher, incluindo episódios de violência física, sexual, psicológica, financeira e moral.

Fazem parte desta região as cidades de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e Iguaba Grande. Ainda de acordo com o dossiê, somente em Búzios foram subnotificados 9 casos de violência sexual, 149 casos de ameaça à mulher e 191 casos de lesão corporal.

A Prefeitura de Búzios conta, atualmente, são 98 mulheres cadastradas na Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal, e 53 vítimas monitoradas frequentemente pelos quatro plantões. Somente neste Carnaval, entre os 29 chamados de emergência na corporação, 12 foram da Patrulha Maria da Penha resultando na condução de três pessoas à delegacia por violência doméstica.

“Hoje a Região dos Lagos é a segunda região que mais mata mulheres no estado do Rio de Janeiro. Não conseguimos andar sem medo nas ruas, acumulamos jornadas triplas de trabalho em casa e na rua, e muitas de nós carecem do direito à creche para os filhos”, explica Pétala Cormann, participante do Movimento Olga Benário.

Diversos movimentos de mulheres se juntam anualmente para reforçar a importância da união feminina e levantar pautas importantes para avanços no âmbito social, econômico e político. Iniciado em um movimento operário, se tornou, anos depois, em sinônimo de luta com reconhecimento das Organização das Nações Unidas (ONU).

“É muito comum que as pessoas vejam o 8M (8 de março)como um dia para parabenizar, homenagear as mulheres com flores e dizendo que somos grandes guerreiras. Mas muito mais que isso, é um dia para reforçar a luta das mulheres pobres e trabalhadores, que vem tendo os direitos negados historicamente”, destaca Pétala.

Primeira ocupação feminista do Rio de Janeiro

Primeira ocupação feminista do Rio de Janeiro. Foto Movimento de Mulheres Olga Benário

Nesta terça-feira (8) houve a primeira ocupação feminista do Rio de Janeiro. O imóvel estava vazio há mais de oito anos, sem cumprir função social. A Casa de Referência da Mulher Almerinda Gama, localizada na Rua da Carioca, 37, no Centro e funcionará para atender, acolher e organizar mulheres em situação de vulnerabilidade, garantindo orientação e auxílio no momento da denúncia das violências sofridas. A ação foi realizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário.

Segundo o Movimento, o Rio de Janeiro é o segundo estado com mais casos de violência de gênero no país e o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de casos de feminicídio no mundo. Com esta ação, o Movimento Olga Benário chama atenção para os números alarmantes de violência de gênero, que apesar de subnotificados já se mostram muito superiores à capacidade de atendimento das ferramentas oferecidas pelo Estado.

Socialista, marxista e feminista, Clara Zetkin.

Sobre o Dia Internacional da Mulher

Em 1908, cerca de 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Após um ano, o Partido Socialista das Américas declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres. Foi em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas que Clara Zetkin deu uma proposta de tornar a data internacional. Com 100 mulheres de 17 países presentes na conferência, elas concordaram com unanimidade. Mas apenas em 1975 o Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU.

Há cores que representam esse dia como o roxo, verde e branco. O roxo significa justiça e dignidade, o verde simboliza a esperança e o branco representa pureza. As cores surgiram em 1908 na União Social e Política das Mulheres, no Reino Unido.

Por Natália Nabuco e Monique Gonçalves

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