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Cidades

Projeto prevê em Búzios área de maricultura equivalente a 20 maracanãs

Praia Caravelas

 

Area aproximada em que o projeto seria instalado

Nesta terça-feira (26) acontecerá no Hotel Apa Pau Brasil, Caravelas, em Búzios, ás 14h, uma apresentação da empresa Mexilhões do Sudeste do Brasil, instalada há menos de 1 ano no país, sobre a implantação do ”Projeto de Maricultura de Mexilhões e Vieiras”. O projeto seria instalado na parte marinha da APA Pau Brasil à 3km da Praia das Caravelas, Búzios.  Ocupando uma área marinha de cerca de 200 hectares, 20 vezes o tamanho do Maracanã.

O projeto, que já estaria sendo licenciado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), teve parecer negativo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ( ICMBio) quando tentou ser licenciado na Praia do Foguete, em Cabo Frio, entre a parte marinha da APA Pau Brasil e a Reserva de Arraial do Cabo.

Ambientalistas afirmam que o comunicado da reunião aberta só de deu nesta segunda-feira (25), muito em cima do evento, o que, de acordo com eles, não  dando tempo hábil para convidar em grande número cidadãos, membros das entidades civis, conselheiros, pesquisadores e gestores.

Imagem do projeto como seria em Cabo Frio. Lá não foi liberado

Os ambientalistas ligados a ONG Dunas do Peró, também levantaram alguns questionamentos que deverão ser apresentados na reunião  sobre pontos que consideram que não foram suficientemente estudados no projeto. Entre eles estão os rumores de que pescadores locais deverão ficar a menos de 850mt da plataforma de maricultura, a plataforma funcionaria como um atrator de peixes, o que alteraria a rota dos cardumes.

Também pretendem exigir acesso ao parecer do ICMBio que foi negativo para o empreendimento no Foguete e saber porque negaram o licenciamento naquela região.

A empresa responsável pelo projeto, que tem 60% de suas ações pertencentes a um grupo espanhol, fala de geração de trabalho e renda de 500 empregos diretos e 1200 indiretos. Os questionamentos em relação a essa afirmação são de que essas plataformas são altamente mecanizadas o que poderia derrubar a necessidade empregabilidade humana para apenas cerca de 50 operários.

A consultoria é feita pela empresa Igara – Consultoria em Aquicultura e Gestão Ambiental.

 

 

 

 

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