Por meio da educação ambiental, crianças e adolescentes encaram o desafio de cuidar desse bioma, que é tem uma das maiores biodiversidades do mundo
A mata atlântica abrange cerca de 15% do território brasileiro, mas com o desmatamento essa porcentagem reduziu para 12,4%. Essas florestas têm a maior biodiversidade do mundo, inclusive com espécies endêmicas. Foi pensando na prevenção e recuperação desse bioma que o Projeto Guapiaçu foi criado em Cachoeiras de Macacu. Com o objetivo de reverter esse cenário, o projeto escolheu agir na região da bacia dos rios Guapi-Macacu, que abastece diversos municípios da Região Metropolitana do Rio como: Itaboraí, São Gonçalo, Niterói e outros.
A missão de restaurar a floresta contou com voluntários e trabalhadores da região. Já foram mais de 261 hectares recuperados pela equipe, que plantaram 430 mil mudas nativas da mata atlântica com diversidade de 313 espécies. Além do reflorestamento, o projeto utiliza da educação ambiental para conscientizar e preparar as gerações futuras para o cuidado com a natureza.
O projeto possui a educação ambiental que contempla crianças e adolescentes. Para as crianças de até seis anos as atividades são realizadas nas escolas que envolvem os temas de reflorestamento e a reintrodução da anta, um animal extinto no Rio de Janeiro. Para o ensino fundamental, há a visitação à Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), uma das primeiras áreas a ser reflorestada.
As atividades durante a pandemia precisaram ser suspensas, mas para a conscientização não acabar o projeto preparou um tour virtual que pode ser encontrado no site, por meio deste link.
Este programa pode ser realizado por escolas públicas e privadas. As inscrições das unidades para primeira atividade podem ser feitas através do e-mail [email protected] e para agendar a segunda através do e-mail [email protected].
Os estudantes do ensino médio também são contemplados com o projeto, com atividades de coleta e análise de água dos principais rios da região.
Sobre o Projeto
Em 2013, a Regua criou diversas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). No mesmo ano, o projeto recebeu o patrocínio da Petrobras Guapiaçu, que está fortalecendo a finalidade de restauração florestal, educação ambiental e apoio à reintrodução das antas.
A Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua) nasceu da vontade da família Locke de proteger os remanescentes florestais da propriedade rural no município de Cachoeiras de Macacu. A fazenda Carmo, que foi transformada na Regua, tornou-se um marco na produção agropecuária inovadora, comercialização de madeiras nobres e produção de cachaça artesanal. Em 1997, após anos de pesquisa, foi apresentada uma lista de 400 espécies que deu o pontapé para iniciar o projeto Regua. Em 2001, foi formada a ONG ambientalista Associação Reserva Ecológica de Guapiaçu, na missão de conservar a Mata Atlântica.
O projeto possui números expressivos de participantes, na educação infantil foram 390 alunos em atividades presenciais e 6.139 nas atividades remotas. As visitações na Trilha Grande Vida receberam 435 alunos, e o tour virtual recebeu 6.598 visitas. O projeto já formou 93 alunos como monitores ambientais.