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Cidades

Pais e alunos da Escola Villa-Lobos em Búzios temem fechamento de unidade

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Escola Municipal Tom Jobim / Imagem Reprodução da Internet

Pais e responsáveis de alunos da Escola de Música Villa-Lobos, Núcleo Tom Jobim, em Búzios na Região dos Lagos do Rio, temem a interrupção das atividades na unidade de ensino do município. A preocupação aumentou ainda mais, quando as datas de matrículas e rematrículas para o ano letivo de 2019 não foram divulgadas.

Um dos responsáveis ouvidos pelo Prensa, informou que as atividades da escola geralmente finalizam em dezembro e os alunos são comunicados sobre o período de matrículas e rematrículas, que  inicia geralmente em fevereiro. Porém em 2018/2019 as informações sobre o processo de matrícula, estão desencontradas e não há nenhuma resposta formal da instituição.

Ainda segundo responsáveis, que se organizaram por meio de um grupo de troca de mensagens, em uma rede social, professores que trabalhavam em regime de contrato foram desligados da unidade de ensino e substituídos por profissionais aprovados no concurso de 2012 e os projetos que vinham sendo desenvolvidos por esses profissionais foram interrompidos sem qualquer comunicação com os alunos.

A preocupação é de que a escola encerre suas atividades ou que não haja profissionais para ministrar essas aulas, uma vez que a chamada dos profissionais aprovados da educação não garante que esses professores serão lotados na escola. “O concurso é de 2012, não há certeza alguma de que os professores irão se apresentar. Mais de 50% do quadro funcional dentro das escolas municipais é de contratados, porque nessas escolas a regra da convocação total não é aplicada? Acreditamos que o desligamento dos contratados deveria ter sido feita após a apresentação dos concursados. Será que a Villa Lobos, a matriz, no Rio de Janeiro, conhece essa situação? Nesta semana, soubemos que 90% dos professores foram demitidos e aulas permanecerão suspensas, sem data de retorno”, questiona a aluna da escola Mônica Rodrigues.

Outra preocupação  é de que os concursados não garantam a mesma qualidade de ensino, já que os professores que dão aulas na escola passam por um rigoroso processo seletivo organizado pela própria instituição. “O processo de seleção de professores é feito em conjunto com a Escola Villa Lobos do Rio de Janeiro, uma das medidas para que se mantenha o padrão de qualidade de ensino. Os professores concursados certamente não passaram pelo processo seletivo, não fizeram provas com o uso de instrumentos específicos, como é de costume. Sabemos ainda que, para alguns instrumentos, nem houve a convocação específica, mas os professores contratados foram desligados”, lamenta Mônica.

A escola passou recentemente por mudanças na administração que saiu da alçada da Secretaria de Cultura e passou a ser gerida pela Secretaria de Educação. O espaço da escola foi restringido de dois andares para um, dividindo espaço com outro prédio público. Ainda de acordo com os relatos, alunos e  professores se apertam em apenas um andar, o que tem prejudicado os ensaios e a prática de orquestras.

Uma comissão foi montada com porta-vozes para buscar uma reunião com o secretário de educação Carlos Eduardo Roballo e também com o prefeito André Granado nos próximos dias, para que a real situação da escola de música seja esclarecida e que haja uma solução para que as atividades não se encerrem. “Musica é cultura sim, mas também é matemática, lógica, sabedoria, alegria, preenche as nossas vidas e a dos nossos filhos com dignidade. É inclusão social, é futuro” completa Mônica.

Anna Roberta Mehdi, conhecida como Bina, tem seus dois filhos estudando música na unidade e lamenta a situação da escola: “Fico triste em ver que a Prefeitura não teve o cuidado de comunicar aos pais que, por questões de convocação de concursados, as matriculas foram adiadas. Falta a comunicação com a sociedade, todos temos medo de que o projeto acabe. A formação musical da Villa-Lobos é uma das mais incríveis que a criança pode ter, é uma ferramenta que se leva por toda a vida”, conta.

Em nota,  a Prefeitura informou ao Prensa, que a escola de música antes pertencente a Secretaria de Cultura, a partir do momento em que passa a ser gerida pela Secretaria de Educação, segue as diretrizes das demais escolas da rede e que os contratos são de 11 meses sendo encerrados no dia 14 de dezembro, funcionando dessa mesma forma para todos os profissionais contratados da rede municipal. Quando a escola de música passou a ser gerida pela Secretaria de Educação, em outubro de 2018, ainda foi possível estender o contrato dos professores até o dia 31 de dezembro, para que não houvesse mais prejuízos aos docentes. Os contratos que foram encerrados naquele período, serão repostos através do chamamento do concurso de 2012, que já foi publicado no boletim oficial no mês de janeiro e neste mês de fevereiro. A Prefeitura informa ainda que a unidade está passando por uma transição e sendo organizada para o início do ano letivo de 2019. As aulas tem início previsto para Março. Todas as informações e o período de inscrição serão divulgadas através dos canais de comunicação oficiais da Prefeitura.

Sobre o núcleo Tom Jobim e a música

A Escola de Musica Villa Lobos, Núcleo Tom Jobim, foi fundada em 2002 seguindo a política de interiorização promovida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e com a finalidade de irradiar arte, educação e cultura para todo o Estado, projeto que se iniciou em 1999.

A escola de música capacita os alunos ao uso de violino, violoncelo, piano, teclado, guitarra, violão, baixo, canto, canto coral, bateria, saxofone e flauta transversa, recebendo ensinamentos teóricos e práticos que irão abordar diversos elementos da educação musical. O aluno possui liberdade de montar o seu plano de estudo, e a escola oferece atendimento nos turnos da manhã, tarde ou noite.

 

 

 

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