Por Sandro Peixoto
Há anos que a Rua das Acácias, na entrada da bucólica Praia da Ferradurinha virou um lixão a céu aberto. Um terreno baldio numa esquina muito movimentada é o principal ponto de desova dos detritos dos moradores vizinhos. A prefeitura faz seu papel. Recolhe todos os dias centenas de quilos de lixo, mas, por mais que se limpe, o lugar sempre se encontra sujo. Sujo é uma maneira simples de definir a nojeira do lugar.
O lixo é depositado de qualquer maneira. Em sacos improvisados, por vezes rasgados, com restos de comida- chamariz para ratos, cachorros e urubus- e ninguém parece entender que existem regras para o descarte de lixos nas ruas. A prefeitura tem um plano de recolhimento que funciona bem, mas se a sociedade não fizer a parte dela, se continuar jogando seus lixos em qualquer lugar e a qualquer hora, nunca teremos uma cidade limpa e com aspecto de civilizada.
Os moradores daquela área sabem que a coleta é feita regulamente. Sabem quando o caminhão passa. Mas parecem não ligar. Não se importam com a péssima impressão que passam aos olhos dos outros e nem para os riscos da própria saúde. Quem joga o lixo a qualquer hora não se importa e quem não o faz fica pelas esquinas criticando o governo. Sobre os sujismundos ninguém diz nada. São poucos os cidadãos que defendem o governo que faz sua parte e gasta uma fortuna para manter a cidade minimamente limpa e com aspecto de organizada. Sei que a frase é batida, mas vale à pena repetir:
“Cidade civilizada não é aquela que mais se limpa e sim, a que menos se suja”.
Nos anos 1970 havia uma publicidade do governo que lembrava que povo desenvolvido era povo limpo. Costumo afirmar que a sociedade buziana é uma das mais primitivas que conheci em toda minha vida. O pessoal da Rua das Acácias confirmam com louvor minha teoria.
No período que a cidade de Búzios passou pelo problema do não recolhimento do lixo o Prensa fez total cobertura. Confira no LINK.