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Por Luciano Moojen Chaves.

Ao Hamber Carvalho.

Fumei sim. Muita coisa. Quilos, quilômetros.

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Era o verão de 1987. De repente, milhares de latas começam a aparecer boiando no litoral de SP e RJ. Para a surpresa de quem as encontrava, cada uma continha um pouco mais de 1 kg de maconha. E, segundo relatos da época, a maconha era da melhor. Tão boa que renderia uma expressão utilizada por décadas: “da lata”. Para tentar conter o avanço da galera nas preciosas latas, o governo – com apoio da polícia e da mídia (entenda-se Rede Globo) noticiou que se tratava de veneno. Daí a expressão ” Veneno da Lata”.

No saudoso “verão da lata”, peguei duas. O bagulho já era “aditivado”. Dividi uma com a polícia. Para não entrar em cana.

Velho cargueiro Solana Star. Jogaram o flagrante no mar. E as latas não afundaram. Quando aportou na Praça Mauá, todos tripulantes foram presos. Inteligência americana estava monitorando o navio. Avisou a polícia carioca, sobre a aproximação da embarcação na costa do Rio de Janeiro.

Um dos mais deliciosos verões cariocas.

Usei muito sim. Muita maconha. Não por ser maconheiro e nem bandido. Fumávamos para esquecer as agruras da vida. Da ditadura. Usávamos tênis Bamba, Conga, Kichute… Enquanto outros colegas usavam o All Star. Contrabandeados da terra do Tio San.

E, parei. Comecei ter filhos por todos os bordos… E minha saudosa mãe… “Joga fora esta merda. Dentro de minha casa? E pare com isto. Vc é um adulto. E eu cuidando de crianças. Que isto, filho???”.

Mais de três décadas sem dar um. Ou dois… Vida passa.

Entrou linda ninfeta em minha casa.  E, ela falou o seguinte: “Tio. Quero acender um bom baseado, pode?” Falei que sim. Pedi um tempinho. Para achar um pedaço de pano e tacar fogo… Misturar a maresia…

Ela deixou uma bagana. Guardei. Passei meses mirando àquela ponta. Doido para dar dois…

Atualmente, detesto cheiro de Pau Podre. Perto de mim. Convivo com muitos militares.

Lembrei-me da MARICA que fazíamos em Copacabana. Fura a caixa de fósforos no meio. Enfie a bagana. Acende… E suga… Fiz sim.

Vejam a merda que deu… A porra da caixa de fósforos estava cheia de palitos. Explodiu nos meus cornos. Encandeceu!!! Puta merda. Queimou meus cílios. Sobrancelhas… Quase arranca pele de minha cara. Três dias de molho. Para deixar de ser vacilão.

E, tive que ir à padaria. Olhei minha cara no espelho… Peguei um tasco de carvão na churrasqueira. Para amenizar a falta de sobrancelhas…

Risadaria na padaria, quando fui entrar no carro. Voltei muito puto. E perguntei… “Tem palhaço nesta porra aqui, caralho?”.

Silêncio total. E velha guarda na fila do pão…: “É bom todo mundo ficar quieto. Este cara é do nosso conceito!”.

Coisa doida. Explosão… Carvão nos cornos… Por uma bagana!

Vida que segue.

https://prensadebabel.com.br/index.php/tag/maconha/

MACONHA DANADA…

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Por Luciano Moojen Chaves.

Ao Hamber Carvalho.

Fumei sim. Muita coisa. Quilos, quilômetros.

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Era o verão de 1987. De repente, milhares de latas começam a aparecer boiando no litoral de SP e RJ. Para a surpresa de quem as encontrava, cada uma continha um pouco mais de 1 kg de maconha. E, segundo relatos da época, a maconha era da melhor. Tão boa que renderia uma expressão utilizada por décadas: “da lata”. Para tentar conter o avanço da galera nas preciosas latas, o governo – com apoio da polícia e da mídia (entenda-se Rede Globo) noticiou que se tratava de veneno. Daí a expressão ” Veneno da Lata”.

No saudoso “verão da lata”, peguei duas. O bagulho já era “aditivado”. Dividi uma com a polícia. Para não entrar em cana.

Velho cargueiro Solana Star. Jogaram o flagrante no mar. E as latas não afundaram. Quando aportou na Praça Mauá, todos tripulantes foram presos. Inteligência americana estava monitorando o navio. Avisou a polícia carioca, sobre a aproximação da embarcação na costa do Rio de Janeiro.

Um dos mais deliciosos verões cariocas.

Usei muito sim. Muita maconha. Não por ser maconheiro e nem bandido. Fumávamos para esquecer as agruras da vida. Da ditadura. Usávamos tênis Bamba, Conga, Kichute… Enquanto outros colegas usavam o All Star. Contrabandeados da terra do Tio San.

E, parei. Comecei ter filhos por todos os bordos… E minha saudosa mãe… “Joga fora esta merda. Dentro de minha casa? E pare com isto. Vc é um adulto. E eu cuidando de crianças. Que isto, filho???”.

Mais de três décadas sem dar um. Ou dois… Vida passa.

Entrou linda ninfeta em minha casa.  E, ela falou o seguinte: “Tio. Quero acender um bom baseado, pode?” Falei que sim. Pedi um tempinho. Para achar um pedaço de pano e tacar fogo… Misturar a maresia…

Ela deixou uma bagana. Guardei. Passei meses mirando àquela ponta. Doido para dar dois…

Atualmente, detesto cheiro de Pau Podre. Perto de mim. Convivo com muitos militares.

Lembrei-me da MARICA que fazíamos em Copacabana. Fura a caixa de fósforos no meio. Enfie a bagana. Acende… E suga… Fiz sim.

Vejam a merda que deu… A porra da caixa de fósforos estava cheia de palitos. Explodiu nos meus cornos. Encandeceu!!! Puta merda. Queimou meus cílios. Sobrancelhas… Quase arranca pele de minha cara. Três dias de molho. Para deixar de ser vacilão.

E, tive que ir à padaria. Olhei minha cara no espelho… Peguei um tasco de carvão na churrasqueira. Para amenizar a falta de sobrancelhas…

Risadaria na padaria, quando fui entrar no carro. Voltei muito puto. E perguntei… “Tem palhaço nesta porra aqui, caralho?”.

Silêncio total. E velha guarda na fila do pão…: “É bom todo mundo ficar quieto. Este cara é do nosso conceito!”.

Coisa doida. Explosão… Carvão nos cornos… Por uma bagana!

Vida que segue.

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