Essa luta se reflete nas práticas cotidianas, no uso de expressões, na maneira de se posicionar diante de falas homofóbicas e transfóbicas, especialmente entre a chamada ala progressista.
Há anos estou na linha de frente atuando como jornalista. Denunciando quando se faz necessário denunciar e dando visibilidade ao que necessita espaço. Muito antes de ser modinha, ou bandeira para espertinhos se apropriarem em forma de votos, já escrevia e lutava ao lado da comunidade LGBTI+.
Lembro quando troquei meu avatar durante a legalização do casamento nos EUA, e que o Rodolpho Campbell me escreveu – TE AMO. Ali entendi qual era o meu papel na luta. Era 2014 e eu estava na Rádio Estação. Tenho profundo respeito pelos avanços que ele e muitos outros através do Grupo Iguais tem garantido à comunidade.
Em 2017, em meio a grande questões, conheci a Sara Wagner York, que no momento está bloqueada nas redes sociais por ter chamado o presidente de fascista, e aprendi um pouco mais sobre transfobia e o papel das travestis nesse mundo de invisibilizações. Não paro até hoje de aprender. Devorei a live dela com a Carolina Werkhaizer, durante a semana, e inclui mais algumas questões na lista de lutas.
Não posso deixar de citar a Prensa de Babel – Jornal Digital como o veículo que soma essa lutas e SEMPRE deu o espaço que ninguém deu a essa vozes, como a da Sara, hoje mestra em educação pela UERJ e que rompeu a barreira do interior para ser a voz que tantas e tantos precisam. Sim, temos uma mestra, uma teatcher, uma flor de formosura a nos ensinar.
Poderia citar muitas outras pessoas aqui mas os dois representam avanços reais por essas bandas. Tenho orgulho de ser alguém que soma dentro dos meus possíveis.
Esse dia é tão importante, tão forte, tão poderoso nesse momento de retrocessos infinitos. A luta é lembrada hoje, mas vivida todos os dias, na carne.