Mais comum na Europa, a culinária no estilo “slow food” é bem pouco propagada no Brasil, porém alguns estabelecimentos na região já investem no estilo. Esses restaurantes têm um outro olhar sobre a gastronomia e a relação com o cliente. Eles pregam que a comida deve ser devidamente apreciada, que a produção do alimento seja feita de forma artesanal e tradicional, o que necessita de um tempo maior de preparo.
Em Armação dos Búzios, a Pizzaria Forneria Picardia, se distancia do foco estritamente comercial do conceito (das pizzarias) fast food e oferece um ambiente intimista próprio da gastronomia “slow food”.
Na Forneria Picardia é importante não ter pressa e se permitir desfrutar de uma pizza que não é pré-cozida, e que a massa é preparada com Farinha Italiana 00 perfeitamente MATURADA, especialmente vinda da Itália para o estabelecimento. As músicas tranquilas num clima exclusivo e acolhedor embalam uma conversa que pode tornar a espera ainda mais gostosa.
“É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”. Essa é a filosofia do “slow food” que fala, de uma forma simples, sobre tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. O proprietário, chef pizaiollo, Master Istruttore, Ricardo Cicchelli, leva esse lema à sua máxima e conta que todo o processo de preparação da massa é feito devagar e leva de 48h a 72h.
“Algumas pizzarias normalmente pré cozinham a massa e por conta disso conseguem entregar uma pizza em 20 minutos. Esse não é o objetivo da Forneria Picardia. Queremos extrair a melhor qualidade de todos os ingredientes e que o processo de preparação seja feito da melhor forma possível”, explicou o Master Istruttore.
Cicchelli explica que a partir do momento que o pedido chega na fila de preparo do pizzaiollo todo o processo é feito artesanalmente. A massa é aberta na mão e não com o rolo de pizza.
“O rolo expulsa o ar adquirido durante o processo de “MATURAÇÃO” da massa ou impasto, como é dito na ITÁLIA, fazendo com que haja perda de qualidade da massa e consequentemente na cocção. Depois disso colocamos o molho, que vem para nós direto da Itália, o recheio e então a pizza é levada ao forno a uma temperatura de 340 a 380 graus. Porém, muitas delas são finalizadas apenas quando voltam do forno, afinal, a rúcula e o proscuito crudo, por exemplo, não podem ser levadas a altas temperaturas”, conta o proprietário Ricardo Cicchelli, mostrando quantos detalhes são levados em conta no preparo de cada massa.
O forno de pedra também é um detalhe especial da Forneria Picardia e que permite apenas de 4 a 5 pizzas de cada vez. Dando ao pizzaiolli tempo para fornear cada uma cuidadosamente e proporcionar um cozimento por igual.
“Fornear é forma de girar a pizza lentamente, para que o fogo cozinhe ela por igual e nenhuma parte dela queime ou fique crua. É uma parte muito importante do preparo. Um forno de alta produção não permitiria todo esse cuidado”, comenta o proprietário Ricardo Cicchelli.
Quando perguntado do porque a necessidade de preparar tudo nos mínimos detalhes e empregar tanta qualidade nas pizzas, Ricardo, explica que se alimentar deve ser prazeroso e empregar tempo nisso é uma necessidade.
“Eu sempre digo: Você está em Búzios passeando, numa noite linda, com boa companhia, tem que ter tempo e desfrutar de boa comida também. Não se pode sair de casa com pressa, só com o objetivo de matar a fome correndo. Se alimentar é preciso, mas é necessário tornar isso algo prazeroso”, concluiu Cicchelli.
Veja mais sobre a Picardia no Prensa de Babel
https://prensadebabel.com.br/index.php/2018/03/15/forneria-picardia-verdadeira-pizza-italiana-em-buzios/
https://prensadebabel.com.br/index.php/2018/04/13/forneria-picardia-completa-um-ano-e-coloca-buzios-na-rota-das-melhores-pizzas-do-pais/