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Família de idosa internada com diagnóstico de Covid-19 em Búzios relata negligência

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Segundo relato, paciente de 92 anos ficou quatro dias internada sem banho ou cuidados de enfermagem

A família de uma paciente de 92 anos atendida no Hospital Rodolpho Perissé, em Búzios, com diagnóstico de Covid-19, relatou o tratamento considerado negligente que ela e os demais familiares receberam da equipe médica na unidade de saúde. Segundo o relato, a idosa foi internada na terça-feira (26) e recebeu alta após quatro dias de internação, na sexta-feira (29). Ao chegar em casa a família percebeu que ela estava com a mesma roupa, sem banho e com escaras (úlceras de pressão) devido ao tempo em que passou na mesma posição. Além disso, desde a alta, está dormindo como se tivesse recebido algum tipo de medicação calmante.

A filha da paciente explicou que a mãe estava com dificuldades de se alimentar e evacuar e com sintomas de pneumonia, e por isso teriam solicitado uma ambulância para remoção até o hospital, onde poderia receber atendimento adequado. Ao chegar à unidade, ainda de acordo com os familiares, imediatamente foi diagnosticada com a doença do novo coronavírus e internada na sala de isolamento da Covid-19. A família não sabe informar se ela teria sido entubada, já que não é permitida visita ou acompanhantes.

Pelas marcas no corpo da idosa a família acredita que a equipe de enfermagem não ofereceu os cuidados necessários como banho e troca de posição para evitar as feridas, e teria mencionado que a paciente estava bastante agitada e que, por isso, seria contida com medicamentos. Os familiares disseram que não tiveram explicações precisas sobre o estado da idosa e que, com cada troca de plantão, os profissionais pareciam não entender qual era a situação da paciente. A introdução de medicação calmante explicaria o estado atual dela.

A foto mostra o estado em que a idosa se encontra após a internação. A família autorizou a divulgação das imagens, que são fortes

Segundo a cuidadora da idosa, até a internação a paciente não apresentava nenhuma úlcera e que o ocorrido reforça a teoria de negligência e que a equipe de enfermagem falhou durante o atendimento.

Além do atendimento equivocado e sem seguir os protocolos adequados, nenhum dos familiares e nem a cuidadora da paciente foram orientados a cumprir isolamento domiciliar e nem foram testados. A família considera negligência e despreparo, porque se o diagnóstico era Covid-19, todos que tiveram contato com a idosa deveriam no mínimo cumprir isolamento para evitar a disseminação do vírus. Nenhum deles foi contactado ainda pela vigilância epidemiológica do município.

Durante os quatro dias em que a idosa ficou internada a família solicitou cópia do exame que comprova o diagnóstico, sem sucesso. Até o momento os responsáveis não dispõe dos exames e a informação que receberam é de que só terão acesso ao documento no prazo de 15 dias. Segundo o relato, os atendentes da unidade informaram que o exame só poderia ser liberado antes do prazo com autorização do prefeito, André Granado.

Como funcionam outras unidade no RJ

A Prensa consultou a Chefe do Serviço de Documentação Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, HUCFF, da UFRJ, Maria Cecilia Isaurralde, sobre o protocolo adotado pela instituição.

De acordo com ela, quando o paciente testa positivo e ocorre internação ele tem direito a ter acesso ao seu exame de sangue com o resultado. Até porque é necessário isolamento social pelo período de 15 dias, conforme o protocolo estabelecido, e é preciso comprovação. Além disso, é preciso marcar o reteste para ter a certeza de que o paciente não carrega mais o vírus. Se tratando de uma pessoa idosa, é importante para o histórico médico. Caso o paciente não seja atendido, ele pode e deve procurar a ouvidoria no interior do prédio. Todos os órgãos públicos devem ter ouvidoria, ainda que online.

Maria Cecilia Isaurralde explica ainda que na unidade há um gabinete de crise que se reúne semanalmente para definir diretrizes a serem seguidas e fazer o link entre família e paciente isolado. Já que sem visitas é preciso ter um plano de acolhimento. O gabinete tem como finalidade amenizar os danos e a tensão vivida por pacientes e familiares, buscando superar a pandemia da melhor forma.

A profissional lembra que negar informações é passível de denúncias no Tribunal de Justiça, Ministério Público, e órgãos competentes.

Problemas graves na unidade de Saúde 

O hospital Rofolpho Perissé está com a Ouvidoria desativada e, portanto, não recebe relatos de pacientes atendidos de forma inadequada. Devido ao crescente número de reclamações relacionadas a unidade, o Ministério Público Federal está recebendo denúncias e investigando casos de negligência. Para denuncias acesse o link – CLIQUE AQUI.

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura de Búzios não respondeu os questionamentos da Prensa até o momento.

Atualização – 31/5 às 20h50

A servidora pública Mariana Moraes, responsável pela Ouvidoria da Saúde informou que o setor funciona de segunda a sexta-feira das 8h as 17h e de forma online 24h. Segundo Mariana, ainda que não houvesse algum funcionário na ouvidoria, o que ainda segundo ela não é o caso, a família poderia ter registrado a situação no ouvidor SUS.

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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