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Exposição de cannabis medicinal amplia discussão sobre a democratização do acesso à medicação no País

WNTC – We Need to Talk About Cannabis traz a cannabis medicinal para o holofote: ações judiciais para oferta de remédios derivados no SUS somam R$ 50 milhões e avanços são indispensáveis para o futuro da saúde do brasileiro

O WNTC – We Need to Talk About Cannabis, congresso sobre cannabis medicinal que fomenta e amplia conversas sobre o uso da planta na farmacologia, será realizado dia 13 de junho, no São Paulo Expo, na capital paulista. O principal objetivo do evento, em sua terceira edição, é mobilizar ações que tragam impacto social, como regulamentação para investimento em pesquisa e desenvolvimento de medicações, que representam qualidade de vida e tratamento de doenças graves em humanos e animais. O encontro, realizado dentro da FCE Pharma, é considerado referência sobre o tema no âmbito técnico industrial. Participam entidades governamentais, cientistas, parlamentares e importantes players dos setores farmacêutico, médico e veterinário.

Apesar de ser uma planta de uso milenar e largamente utilizada ao redor do mundo, em termos históricos, a cannabis está emaranhada em sua dupla condição de substância psicoativa, sendo, hoje, a droga ilícita mais consumida no Brasil. “Tanto para pesquisa e desenvolvimento, como para controle de qualidade farmacêutico de uma substância com alto potencial de cura e tratamento para diversos problemas de saúde, o WNTC tem como objetivo gerar conversas entre as frentes e viabilizar novas práticas para o uso da cannabis medicinal, por meio de porta-vozes que estão fazendo a diferença no mercado brasileiro”, afirma Nadja Bento, diretora do portfólio Life Science da NürnbergMesse Brasil.

A falta de regulamentação sobre o plantio e cultivo ainda são obstáculos para o uso amplo da cannabis medicinal no tratamento de doenças severas, como transtornos neurológicos, doenças neurodegenarativas, glaucoma, endometriose, dores musculares crônicas, epilepsia refratária, distúrbios do sono, esclerose múltipla, TEA, Parkinson, Alzheimer, doenças mentais como depressão, ansiedade e até tratamento adjuvante para câncer.

O CBD (Canabidiol) é liberado para importação no Brasil desde 2015, mas apenas para casos específicos de tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes, refratárias às terapias convencionais; e isso com autorização para a importação excepcional de uma lista restrita de medicamentos. O THC (Tetrahidrocanabinol), princípio psicoativo da erva, também foi autorizado, mas dentro dos mesmos critérios de consumo.

De 2015 a 2022, o Brasil recebeu quase 80 mil pedidos de importação de CBD, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Destes, o Sistema Único de Saúde (SUS) custeou mais de R$ 50 milhões. Até 2017, o Brasil havia concedido a importação para produtos à base de cannabis para 2.101 formulários preenchidos. Em 2021, o número foi 15 vezes maior:  32.416 liberações.

Hoje, segundo a Kaya Mind – companhia brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos, 187,5 mil brasileiros realizam tratamentos com medicamentos à base de cannabis medicinal. Na maioria das vezes, a demanda pelo uso da substância vem do próprio paciente e não do médico que irá prescrever.

Para a pesquisadora clínica Greyce Lousana, ainda falta conhecimento da própria classe médica sobre o assunto. “É preciso uma educação formal nesse sentido, até para saber o que funciona, o que não funciona, e também para aumentarmos a produção científica sobre o tema”, afirma a cientista que é, também, presidente executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica – SBPPC.

Para importar a medicação, as famílias brasileiras precisam desembolsar de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês. Há ainda o custo com a taxa de importação e da consulta médica. Deste modo, discussões sobre democratização se fazem necessárias, uma vez que a distribuição deste tipo de medicação pelo SUS nacional impactaria positivamente pacientes em todo território nacional, independentemente de sua condição financeira.

Para o deputado estadual Caio França (PSD), coautor da Lei Estadual 17.619/23, aprovada em janeiro deste ano, a inclusão de cannabis medicinal no SUS de São Paulo é apenas o primeiro degrau para avanços significativos. “A partir de agora, precisamos investir em pesquisa científica para que mais e mais patologias possam ser incluídas no rol de doenças do SUS, mas para isso precisamos de evidências. Diante da necessidade de comprovação para ampliação das patologias apresentei o PL 563/23 que propõe o envolvimento das universidades públicas e de instituições vinculadas ao governo estadual no plantio e produção monitorados de medicamentos de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinóides, incluindo o tetrahidrocanabinol”, explica. O deputado é palestrante convidado do WNTC.

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