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Estudo da Uerj comprova que colar de âmbar não alivia dor de dente dos bebês

Ao contrário, o uso do objeto pode oferecer riscos aos bebês como asfixia e estrangulamento
Reprodução Internet
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Pesquisa realizada pelo Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) demonstra que o colar de âmbar não é capaz de aliviar os sintomas da inflamação local causada pelo nascimento dos dentes em crianças pequenas. Ao contrário, o uso do objeto pode oferecer riscos aos bebês como, por exemplo, asfixia e estrangulamento.

O âmbar, resina fossilizada composta por carbono, hidrogênio e oxigênio, é muito utilizado para manufatura de objetos ornamentais e, desde a Antiguidade, tem o seu uso associado ao misticismo e a propriedades medicinais em diversas culturas.

Atualmente, muitos cuidadores utilizam o colar de âmbar para amenizar o desconforto do surgimento dos primeiros dentes em bebês, porém, sem comprovação científica. Em teoria, o âmbar verdadeiro possui uma grande quantidade de ácido succínico, elemento associado ao processo de cicatrização e que teria propriedades anti-inflamatórias quando em contato com a pele, diminuindo a irritação gengival e a dor.

A odontopediatra Tatiana Fidalgo, professora da Uerj e coordenadora da pesquisa, partiu do princípio de que o ácido succínico dificilmente conseguiria ser liberado das contas de âmbar devido às suas ligações químicas. Os pesquisadores realizaram testes em culturas in vitro, simulando o comportamento do âmbar em conjunto com a pele humana. Algumas miçangas foram submersas em uma solução salina, imitando o suor humano; um segundo grupo foi associado à bactéria Staphylococcus epidermidis, microrganismo existente na pele humana durante toda a vida; e outro grupo foi observado apenas com a bactéria, sem o âmbar.

Resultados

Ao analisar as amostras, observou-se que o ácido succínico não foi liberado após 24 horas e apenas em pouquíssima quantidade após 7 dias em condições simulando o suor humano. Por outro lado, as amostras com a S. epidermidis tiveram uma liberação expressiva de ácido succínico, mesmo sem a presença do âmbar, demonstrando que ele é liberado por bactérias naturalmente presentes no tecido da pele humana.

“Essa investigação prova o fraco argumento biológico do uso do colar de âmbar para atenuar os sintomas de erupção dentária”, explica Fidalgo. “As esferas de âmbar não apresentam capacidade de liberar expressivamente ácido succínico, principalmente em um curto período de tempo, o que não justifica seu uso em crianças”, concluiu a pesquisadora.  Além de não haver benefícios biológicos comprovados, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aponta riscos no uso de colares em bebês, que podem acarretar sufocamento ou até mesmo o risco de ingestão das peças.

Para diminuir o desconforto da fase de dentição, a odontopediatra recomenda o consumo de alimentos em temperaturas mais frias, além de consulta ao dentista.

A pesquisa contou com o apoio do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O artigo com os resultados foi publicado no mês de julho no periódico científico International Journal of Paediatric Dentistry.

Estudo da Uerj comprova que colar de âmbar não alivia dor de dente dos bebês

Ao contrário, o uso do objeto pode oferecer riscos aos bebês como asfixia e estrangulamento
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Pesquisa realizada pelo Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) demonstra que o colar de âmbar não é capaz de aliviar os sintomas da inflamação local causada pelo nascimento dos dentes em crianças pequenas. Ao contrário, o uso do objeto pode oferecer riscos aos bebês como, por exemplo, asfixia e estrangulamento.

O âmbar, resina fossilizada composta por carbono, hidrogênio e oxigênio, é muito utilizado para manufatura de objetos ornamentais e, desde a Antiguidade, tem o seu uso associado ao misticismo e a propriedades medicinais em diversas culturas.

Atualmente, muitos cuidadores utilizam o colar de âmbar para amenizar o desconforto do surgimento dos primeiros dentes em bebês, porém, sem comprovação científica. Em teoria, o âmbar verdadeiro possui uma grande quantidade de ácido succínico, elemento associado ao processo de cicatrização e que teria propriedades anti-inflamatórias quando em contato com a pele, diminuindo a irritação gengival e a dor.

A odontopediatra Tatiana Fidalgo, professora da Uerj e coordenadora da pesquisa, partiu do princípio de que o ácido succínico dificilmente conseguiria ser liberado das contas de âmbar devido às suas ligações químicas. Os pesquisadores realizaram testes em culturas in vitro, simulando o comportamento do âmbar em conjunto com a pele humana. Algumas miçangas foram submersas em uma solução salina, imitando o suor humano; um segundo grupo foi associado à bactéria Staphylococcus epidermidis, microrganismo existente na pele humana durante toda a vida; e outro grupo foi observado apenas com a bactéria, sem o âmbar.

Resultados

Ao analisar as amostras, observou-se que o ácido succínico não foi liberado após 24 horas e apenas em pouquíssima quantidade após 7 dias em condições simulando o suor humano. Por outro lado, as amostras com a S. epidermidis tiveram uma liberação expressiva de ácido succínico, mesmo sem a presença do âmbar, demonstrando que ele é liberado por bactérias naturalmente presentes no tecido da pele humana.

“Essa investigação prova o fraco argumento biológico do uso do colar de âmbar para atenuar os sintomas de erupção dentária”, explica Fidalgo. “As esferas de âmbar não apresentam capacidade de liberar expressivamente ácido succínico, principalmente em um curto período de tempo, o que não justifica seu uso em crianças”, concluiu a pesquisadora.  Além de não haver benefícios biológicos comprovados, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aponta riscos no uso de colares em bebês, que podem acarretar sufocamento ou até mesmo o risco de ingestão das peças.

Para diminuir o desconforto da fase de dentição, a odontopediatra recomenda o consumo de alimentos em temperaturas mais frias, além de consulta ao dentista.

A pesquisa contou com o apoio do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O artigo com os resultados foi publicado no mês de julho no periódico científico International Journal of Paediatric Dentistry.

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