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Em entrevista exclusiva, a surfista Karol Ribeiro fala dos seus planos para 2019

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Não é de hoje que o Brasil é celeiro de grandes atletas e competidoras. Na história temos Marta, Hortência… No surf não é diferente: Jaqueline Silva, Silvana Lima, grandes nomes de um esporte que vem tomando grandes proporções em terras tupiniquins. Na Região dos Lagos, em Cabo Frio, a surfista Karol Ribeiro é destaque em sua modalidade. Local da cidade, possui 20 anos de idade. Começou a surfar em 2005, aos oito anos, em uma escolinha na Praia do Forte. Desde então, não parou mais, e o que era uma grande diversão, logo passou a ser uma coisa séria.

Em 2006 participou do primeiro campeonato, o Municipal de Cabo Frio, e a partir daí se tornou uma atleta. Atualmente disputa os principais Circuitos de surfe do Brasil e do exterior. Karol tem é uma multicampeã: vice-campeã brasileira do Circuito Petrobras de Surf feminino; campeã do Circuito Estadual do Rio de Janeiro Sub-14; 1ª Etapa do Circuito Estadual Sub-18; disputou Etapa Brasileira do Circuito Mundial Pro Jr. e por aí vai.

Já em 2013 foi convocada pela Confederação Brasileira de surf, para representar o país no Mundial de Surf Amador, na Nicarágua. No ano de 2014, foi campeã brasileira da Associação Brasileira de Surfe Profissional (ABRASP) na categoria sub-16 e vice-campeã na sub-18; e convocada pela 3ª vez para compor a seleção Brasileira de Surf para representar o Brasil no Mundial Júnior no Equador.

A partir de 2014 iniciou a transição para a carreira profissional, disputando três etapas do Circuito Mundial Profissional WQS, realizadas na América do Sul, terminando o ano na 82ª colocação no ranking mundial da ASP, e 7ª colocada no ranking Sul-americano profissional.

No ano de 2017, se profissionalizou, e em seu primeiro ano como profissional terminou com a 5ª colocação do campeonato brasileiro de surf profissional da ABRASP. Conquistou os Jogos cariocas de verão, e participou de algumas etapas do Circuito WQS da WSL, onde terminou na 9ª colocação do Circuito Profissional Sul-americano e a 129ª no Circuito Mundial. Além disso, integrou a seleção brasileira de surfe, que ficou com a medalha de prata por equipes no Pan Americano de surfe, disputado no Peru.

O Prensa bateu um papo com a surfista cabofriense. Confira:

Prensa: A pergunta é clichê, todos devem ter perguntado, mas tenho que fazer. Com quantos anos começou a surfar?

Karol: Comecei a surfar com 8 anos.

Prensa: Alguém a influenciou a entrar no esporte, alguém da família?

Karol: Não, mas quando eu comecei a surfar meu pai me incentivou muito por gostar do esporte.

Prensa: Qual foi a primeira surfista que você viu e falou ‘quero ser igual a ela’?

Karol: A havaiana Carissa Moore.

Prensa: O inicio nas competições, como foi?

Karol: Quando eu era pequena nos campeonatos do Rio de Janeiro não havia categoria feminina, então meu primeiro campeonato eu competi com os meninos e conseguiu chegar na final, a partir daí não parei mais de competir.

Prensa: Você sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher ao entrar no mar?

Karol: Não sofri preconceito, mas nem sempre eles acreditam no nosso potencial.

Prensa: A sua preparação, como é feita? Treino diário?

Karol: Sim, todos os dias começo a treinar 6h da manha com parte técnica e tática do surf na água, na parte da tarde eu faço a parte de fisioterapia e de noite a preparação física na academia.

Prensa: Você mora em Cabo Frio, onde nem sempre tem condições ideais para o surf. Como faz para o treino na água? Procura ondas pela região ou faz algum trabalho específico (remada, por exemplo)?

Karol: procuro onda todo dia pela região e quando não tem onda faço treinos específicos (piscina/mar).

Prensa: Em termos de competição, quais são os planos para 2019?

Karol: 2019 vou disputar os jogos panamericanos em Lima onde serei a única representante feminina do surf brasileiro, e vou competir o máximo de etapas que eu conseguir no circuito mundial WQS e o circuito profissional brasileiro. Tudo vai depender do apoio financeiro que eu conseguir durante o ano, pois correr o circuito mundial é muito caro.

Prensa: Com o surf nas Olimpíadas, tu sonha em participar em 2020? Há chance de entrar na equipe?

Karol: Sim, já estou realizando parte desse sonho disputando os jogos panamericanos em Lima 2019, para os jogos Olímpicos o primeiro critério é estar no WT.

Prensa: Todo atleta que se preze tem uma história engraçada para contar. Poderia relatar algum fato cômico?

Karol: Tenho muitas histórias, mas uma que eu nunca esqueço foi quando eu era pequena e eu meu pai entrava comigo nos campeonatos dentro da água. Em uma das etapas do estadual o mar estava muito grande na Barra da Tijuca, meu pai me empurrou em uma onda e eu fugi da bateria, todos estavam me procurando dentro da água e eu já estava na areia em baixo da barraca (risos).

Prensa: Não sei se você sabe, mas eu cheguei até você por ver uma galera se inspirando no seu trabalho. Você é uma referência para muita gente. Deixa um recado para a galera, principalmente para as meninas que querem seguir no caminho do surf.

Karol: Quero dizer que não tem esporte melhor que esse, por estar sempre em contato com a natureza, e foi através dele que eu conheci vários países, amigos e novas culturas… Portanto, sempre recomendo para todos que gostam de esportes e natureza que pratiquem o surf e para os que forem competir nunca desistam dos seus sonhos.

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