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Diário do Fim do Mundo #15 – por Sandro Peixoto (caniço)

Por esses dias, tive  a impressão que Búzios voltou a ser uma aldeia de pescadores. De novos pescadores na verdade. 

Diversão e necessidade, a pesca pra enfrentar o Covid-19 em Búzios

Com a cidade fechada por causa da pandemia da covid19, a ociosidade está  enlouquecendo  muita gente e parece que a pesca artesanal virou uma válvula de escape para a solidão do momento. 

Uns saem para pescar em busca de relaxamento, outros no entanto, vão em busca de proteínas mesmo.

Alguns comércios fecharam as portas e não pagaram nada aos seus funcionários.  Já  os autônomos, como vendedores de passeios náuticos e ambulantes em geral, encontraram na pesca uma opção de conseguir comida.

Da janela de minha casa assisto desde bem cedo o desfile  pessoas que nunca pescaram na vida com caniços e puçás  indo em direção do cais do centro. Dificilmente voltam com algo. A falta de experiência e de material atrapalha  o sucesso. O excesso de pescadores também afasta os peixes. Peixe em geral detesta barulho. Igual mulher de TPM.


Nasci à l beira do Atlântico. Sempre fui frequentador de praia. Migrei de Pernambuco e fui morar na Ilhabela, São Paulo. Depois vim parar em Búzios, aonde resido desde a década de 90.  Posso  dizer que conheço bem a vida dos pescadores. No entanto nunca  achei que ser pescador ou filho de pescador fosse algo especial como muita gente tenta impingir à profissão.
O cara é pescador por necessidade (geralmente é só o que há para fazer no lugar) pois seria impossível algum buziano ser madeireiro ou metalúrgico. Sei que existe aqueles que escolhem a profissão por puro gosto.  Mas esses são poucos. A maioria vira  pescador por falta de opção mesmo. Como agora. O sujeito era garçom e passou a pescar por falta de trabalho.

Sem ter o que comer, pescar não é uma opção tão ruim. Mesmo porque o o investimenro é  baixo. Não é como na agricultura onde temos que plantar, cuidar  e só depois colher.

Os peixes estão no mar e não pertencem a ninguém.  Basta fisgá -los. Precisa apenas  ter tempo, paciência e uma vara com linha e anzol. 

Essa quarentena devolveu a nossa cidade a paz e a tranquilidade de cinco décadas atrás. Até  as praias estão  limpas. Para o quadro  ficar igual ao passado faltam apenas os pescadores como referência. Mas como a história não se repete a não ser em forma de farsa ou tragédia, quando tudo isso passar esses falsos pescadores sumirão. 

Assim caminha a humanidade. 

Este é um artigo de opinião de responsabilidade do seu autor e não representa necessariamente a opinião do Jornal.

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Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

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