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Críticas marcam reabertura do setor hoteleiro de Rio das Ostras

Para muitos contrários a flexibilização, reabertura de hotéis pode causar aumento de casos de coronavírus. Associação de hotéis e pousadas segue regras para reduzir potencial de contágio.

A Prefeitura de Rio das Ostras editou o decreto para hotéis, motéis, hostels e pousadas, autorizando a partir desta semana, o funcionamento dos estabelecimentos para atendimento a hospedes em viagem de trabalho. O decreto limitou a capacidade máxima de 40% das vagas disponíveis, proprietários deverão seguir recomendações de segurança.

Os hotéis do município terão que cumprir algumas dezenas de normas para receber hóspedes. De acordo com Monique Mello, a presidente da Associação de Hotéis e Pousadas (Aphoro) e proprietária do Grupo Vilarejo, existem no decreto municipal algumas normas a cumprir e também indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

O Vilarejo Praia Hotel é um dos hotéis que reabriram com 40% de sua capacidade.

Algumas delas são: espaçamento obrigatório de dois metros entre as mesas utilizadas para refeições, distanciamento mínimo de um metro do balcão de atendimento para proteger trabalhadores, fechamento de áreas sociais e de lazer, além de não fazer anúncios com a função de atrair pessoas.

Porém, sobre a cláusula do decreto municipal que limita o atendimento apenas a pessoas em viagem de trabalho, a presidente da Aphoro afirma essa questão é singular.

“Não temos como inquirir a natureza da viagem do cliente. Não é possível negar que os turistas venham, nem nos recusar a recebê-los, independente do motivo da visita”, comenta Monique Mello.

Por isso, a representante dos hotéis e pousadas de Rio das Ostras diz que é necessário contar com o bom senso e consciência das pessoas, além da fiscalização municipal.

Muitos críticos da reabertura comparam Rio das Ostras com Belo Horizonte, cidade que sofreu aumento de casos de coronavírus depois de reabertura de hotéis.

Impactos do Coronavírus e a reabertura gradual

Muitos setores municipais estão sentindo os impactos da pandemia do coronavírus e do imperativo isolamento social, mas os segmentos hoteleiros e comerciais voltados para o turismo perceberam esse momento com mais intensidade. Dessa forma, a Gestão Municipal tem liberado determinados tipos de estabelecimentos para minimizar o impacto econômico. Inicialmente apenas comércios considerados essenciais foram liberados, porém, nas semanas seguintes, o prefeito de Rio das Ostras decretou que estabelecimentos como loja de materiais de construção e salões de beleza e estética poderiam ser abertos também.

Monique Mello vê a reabertura e flexibilização do isolamento como necessária:

 “Tem muitas coisas de necessidade básica que tem que reabrir mesmo, mas nem só o que é básico é necessário para o mercado”, conclui a presidente a presidente da Associação de Hotéis e Pousadas (Aphoro) e proprietária do Grupo Vilarejo.

Flexibilização X Avanço da Pandemia

 A reabertura do comércio e do setor hoteleiro de Rio das Ostras tem recebido muitas críticas. Muitos contrários comparam a situação atual do município de Rio das Ostras com a cidade de Belo Horizonte, que liberou a reabertura do comércio e dos hotéis em maio e causou um aumento exponencial no número de casos, duplicando os infectados na cidade.

Aglomerações e lojas cheia eram situações comuns durante o último fim de semana

De acordo com o Estadão, a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicos para o tratamento de covid-19 mais do que dobrou na rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte desde o início da reabertura do comércio da cidade, em 25 de maio. Segundo dados da prefeitura, a utilização dos leitos reservados para pacientes com a doença passou de 40%, em 22 de maio, para 82%, conforme relatório mais recente, divulgado na noite de segunda-feira, 15, referente ao dia 14. A elevação nos porcentuais obrigou a prefeitura a implementar plano de contingenciamento para abertura de mais leitos.

O número de casos da doença, assim como o porcentual de ocupação em UTIs para covid-19, superou o seu dobro no período na capital. A rede pública de atendimento na capital mineira também registrou alta expressiva na ocupação de leitos de enfermaria específicos para infectados pelo novo coronavírus, passando de 34% para 63% no período.

Férias ou Quarentena?

Além da questão controversa da reabertura dos hotéis e pousadas, a fiscalização das praias e vias da cidade está sendo posta a prova por muitos nas redes sociais. No último fim de semana foi possível ver diversas pessoas ‘curtindo’ o Sol e o mar, sem pensar na propagação do coronavírus.

As ruas do Centro da cidade também estavam com uma grande circulação de pessoas e em diversos pontos, de acordo com internautas que entraram em contato com a Prensa de Babel, se podia perceber aglomerações.

Pessoas na Praia de Costa Azul no domingo (14) jogando frescobol, uma atividade clássica do local.

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