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Cabo Frio: Espaço Cultural Popular no bairro Tangará reúne obras e oferece oficinas

Imagem: Espaço Cultural Casa de Caó | Divulgação
Imagem: Espaço Cultural Casa de Caó | Divulgação

Localizada no bairro Tangará, a exposição de artes do espaço cultural é aberta ao público para visitação. As aulas no local também serão gratuitas

Uma iniciativa com o intuito de oferecer acesso à cultura e à arte para comunidades menos favorecidas tem despertado o interesse da população de Cabo Frio. O pintor, Reinaldo Carlos, está na luta para a inauguração do Núcleo Cultural Casa de Caó, no bairro Tangará.

O espaço irá oferecer de forma gratuita aulas de ballet, violino, pintura e desenho para a comunidade, além de contar com uma exposição permanente com mais de 80 obras de artistas nacionais e estrangeiros, com uma ala de artistas da região já falecidos.

A exposição têm recebido visitação do público nos finais de semana, estando aberta aos sábados, durante a tarde, e aos domingos, durante a manhã. Para manter os cuidados com a pandemia do Covid19, quem quiser conhecer o local deve fazer uso da máscara de proteção facial e álcool em gel.

O artista e idealizador do projeto, Reinaldo Carlos, já morou no bairro do Tangará por 20 anos, e além do trabalho na pintura, já atuou na gestão de um galeria de arte no shopping Parque Lagos, com cerca de 20 artistas; além de ter sido gestor de departamento cultural do Município, durante o governo do ex-prefeito, Marquinhos Mendes.

Em entrevista à Prensa, Reinaldo contou sobre o seu principal objetivo em concretizar o espaço cultural.

“Eu tenho absoluta certeza de que a arte leva o ser humano ao céu em questão de segundos, eleva a alma. Eu acredito na arte como uma ferramenta poderosa, que modifica vidas. A minha ideia é tirar de um menino, do bairro Tangará ou de outros bairros periféricos e adjacências, uma arma e colocar um outro objeto, como um violino. Isso não tem preço.

Toda vez que eu falo sobre eu me emociono, porque eu troquei o revólver pelo pincel. Eu tinha tudo pra ser um marginal, com 13 anos eu já morava sozinho, sem pai sem mãe, e quantas vezes eu dormi embaixo daqueles prédios na Praia do Forte em construção. É com essa paixão, com esse amor que eu tenho pela arte, que eu acho que pode modificar vidas. Quando a gente inaugura um espaço como esses, é para libertar, dar vida, visibilidade”.

De acordo com o artista, em toda a Região dos Lagos não há um espaço cultural e público com este tipo de exposição permanente, que seja aberto ao público. O local já teve uma pré-inauguração em novembro e 2020, mas segundo o idealizador, ainda terá uma inauguração oficial.

“Eu não posso esperar pelo poder público, porque se não tudo se acaba. Você vê um governo, entra outro e acaba com tudo. Lá não terá essa, o artista morre, mas a arte permanece para futuras gerações”, ressalta Reinaldo.

Noticiário das Caravelas

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