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Conheça o AQUABÚZIOS: O novo Aquário Marinho que integra turismo, ciência e educação ambiental

Idealizado por André Barros, o espaço abriga mais de 150 espécies e desenvolve projetos socioambientais voltados à preservação e à educação ecológica.
A primeira fase do aquário está em funcionamento e ocupa dois andares — um no nível da famosa rua e outro subterrâneo, à beira-mar. (Foto: Divulgação)
A primeira fase do aquário está em funcionamento e ocupa dois andares — um no nível da famosa rua e outro subterrâneo, à beira-mar. (Foto: Divulgação)
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Inaugurado recentemente na icônica Rua das Pedras, o Aquário Marinho de Búzios (AQUABÚZIOS) já se consolida como um dos principais atrativos turísticos e ambientais da região. 

André Barros

Idealizado por André Barros, diretor do espaço e morador da cidade há mais de 25 anos, o projeto nasceu de uma paixão antiga pelo mar e do desejo de contribuir para a proteção da fauna aquática e o desenvolvimento sustentável de Búzios.

Em entrevista exclusiva ao site Prensa de Babel, Barros conta que começou a planejar o aquário em 2011, inspirado pela convivência com ecossistemas marinhos desde a infância. 

“Como cresci em áreas de praias, sempre convivendo com a fauna marinha e também com animais de água doce, a proteção dessa fauna se tornou meu projeto de vida principal. E assim surgiu a ideia de desenvolver o Aquário Marinho de Búzios – AQUABÚZIOS, com o foco principal em pesquisas e em desenvolver a reprodução dos animais, e também em desenvolver ferramentas para a educação ambiental”.

Desde então, o idealizador passou a colecionar itens raros para compor o acervo museológico do espaço, participando de leilões ao redor do mundo.

“Penso que para proteger o meio ambiente, a ferramenta principal, é a educação ambiental, pois somente assim podemos fazer a diferença por gerações e criar multiplicadores de conhecimento”. 

Estrutura

A primeira fase do aquário está em funcionamento e ocupa dois andares — um no nível da famosa rua e outro subterrâneo, à beira-mar. O local é acessível, conta com banheiros adaptados e já abriga parte do que será uma das maiores exposições de conchas do mundo, fósseis de tubarões pré-históricos e tanques com mais de 150 espécies marinhas. 

Até 2027, a expectativa de Barros é que uma nova unidade, com 20 mil metros quadrados, seja inaugurada em outro ponto da cidade, abrigando mais de 300 espécies e infraestrutura para reabilitação de animais.

Parcerias 

Atualmente, o AQUABÚZIOS ,está dando os primeiros passos rumo a uma forte integração com escolas, universidades, centros de pesquisa e o setor de turismo educativo da cidade. 

A partir de maio de 2025, o empreendimento iniciou contatos com agências de turismo com o objetivo de integrar sua bilheteria ao trade local. 

“A proposta é que hotéis, pousadas e operadores turísticos possam comercializar ingressos do aquário, aumentando a renda de seus estabelecimentos. Parte significativa da arrecadação, segundo os organizadores, será destinada a projetos ambientais e, futuramente, ações de terceiros na região”.

Educação ambiental 

Na área educacional, o AQUABÚZIOS pretende receber todos os alunos da rede pública da cidade ao longo de um ano — cerca de 13 mil estudantes — oferecendo seis módulos temáticos voltados à educação ambiental. Escolas particulares também serão incluídas na iniciativa. 

“A visitação está crescendo exponencialmente e muitos acabam voltando, principalmente quando descobrem as ações ambientais que já fizemos e também sobre o que está sendo desenvolvido. Cabe destacar a ideia de reprodução para soltura de animais nativos e as ações socioambientais que temos em andamento na cidade. Já possuímos mais 6 projetos ambientais que estão em fase de desenvolvimento e que em breve serão divulgados”, explica Barros. 

As atividades são adaptadas às faixas etárias: lúdicas para os pequenos, e mais técnicas e investigativas para adolescentes.

Parcerias acadêmicas e combate a espécies invasoras

A proposta do Aquabúzios vai além da educação básica. Parcerias com universidades, institutos de pesquisa e profissionais em nível de doutorado estão em andamento. A segunda fase do projeto, prevista para 2027, deve reforçar o braço científico com a criação de cursos técnicos, simpósios e até parcerias em programas de pós-graduação.

“Dentro das atividades ambientais, um dos focos é o alerta e combate a espécies invasoras como o peixe-leão (Pterois volitans) e o coral-sol”.  

Segundo Barros, é fundamental preparar a população local, especialmente pescadores e trabalhadores do mar, para identificar e reportar avistamentos, diante do risco de que essas espécies se espalhem pela região, como já ocorreu no nordeste brasileiro.

Desafios e  expansão

Apesar de ainda estar em fase inicial, o Aquabúzios já identifica a baixa temporada como um desafio a ser vencido. A estratégia para esses períodos é investir no público local e posicionar o aquário como uma alternativa de lazer para dias chuvosos ou nublados. O horário estendido de funcionamento, até às 22h, permite que turistas conciliem a visita com outras atividades típicas da cidade.

A expansão também está nos planos. Em até 90 dias, a primeira fase do aquário deve ser completamente entregue. Já a segunda etapa, prevista para 2027, trará novidades ainda mantidas em sigilo, mas com a promessa de oferecer experiências para que famílias passem o dia inteiro no local.

Sustentabilidade como diretriz

O Aquabúzios também busca alinhar viabilidade financeira com responsabilidade ambiental. 

“O projeto inclui sistemas de recirculação de água, captação de água da chuva, uso de energia solar e planos para instalar uma estação de dessalinização. Além disso, parte significativa da receita com bilheteria e vendas será reinvestida em ações socioambientais, como a compra de maquinário para limpeza de praias — com foco especial no combate ao microlixo .

Com uma proposta que une turismo, educação, ciência e responsabilidade ambiental, Barros salienta que o Aquabúzios pretende se consolidar como referência em ecoturismo e conscientização ambiental na Região dos Lagos.

Bastidores do Aquário

De acordo com o Gestor Ambiental, João Paulo, o dia a dia nos bastidores de um aquário vai muito além do que o público enxerga ao visitar os recintos e observar os peixes. 

Ele detalhou a rotina intensa de cuidados com os animais, o controle rigoroso da qualidade da água e ainda revelou algumas histórias curiosas envolvendo os “queridinhos” do local.

Segundo João Paulo, o trabalho começa cedo e envolve uma série de procedimentos para garantir a saúde e o bem-estar das espécies. “São muitos sistemas separados para monitorar, além de alimentação variada e de qualidade. Os animais ficam sob observação constante. A gente acompanha comportamento, crescimento e o bem-estar de cada um”, explicou. 

O foco principal é manter os animais adaptados e saudáveis, especialmente porque o aquário tem como objetivo a reprodução de várias espécies.

Dois animais se destacam por conquistarem o carinho do público. Um deles é o baiacu de espinhos da espécie Diodon, apelidado carinhosamente de “Sorriso” por parecer estar sempre feliz. “Ele come muito e até rouba a comida das moreias Pavuninas que dividem o tanque com ele”, conta o gestor, em tom bem-humorado.

Outra figura carismática é Jade, uma imponente moreia verde (Gymnothorax funebris), a maior do Atlântico, que pode atingir até dois metros de comprimento. 

“Ela gosta de passar o dia na toca. Em breve, vai para um recinto novo, com espaço amplo e várias tocas para ela escolher”, revelou.

Manter a água em condições ideais é um dos maiores desafios da equipe. “Quando falamos de vida marinha, a qualidade da água é o principal fator. Testes de parâmetros são feitos diariamente em cada sistema”, afirmou. 

Para isso, o aquário conta com um SSV – Sistema de Suporte de Vida – que inclui filtros UV, skimmers, chillers, aquecedores automáticos e outros equipamentos de alta tecnologia. A temperatura da água deve permanecer estável, com mínima variação, garantindo assim a segurança das espécies.

A estrutura também pode incluir reatores de cálcio, dosadoras automáticas e iluminação LED especial, dependendo do tanque e da espécie alojada.

O relato mostra que, por trás de cada tanque e vitrine, existe uma estrutura complexa e um trabalho minucioso para garantir que o ecossistema artificial reproduza, da melhor forma possível, as condições naturais dos mares.

Ações externas com o turismo internacional

O aquário também se destaca pelas ações externas. Desde 2018, antes mesmo da abertura ao público, a equipe atuava em frentes ambientais como limpeza de fundos de mar, monitoramento de áreas protegidas e projetos de conscientização em parceria com secretarias municipais. 

“Nossa filosofia sempre foi atuar de fora para dentro. Agora, com a bilheteria, parte dos recursos será destinada a apoiar projetos ambientais de terceiros, além de fortalecer nossas próprias ações”, explica Barros.

A movimentação econômica também é relevante: além da geração de empregos diretos e indiretos, o espaço deve impulsionar o turismo educativo e cultural. “Queremos valorizar a cultura local. A segunda fase terá uma galeria de arte com exposição permanente de artistas e artesãos da cidade”, antecipa o diretor.

Com o aumento do turismo internacional e uma média crescente de visitantes, o AQUABÚZIOS se posiciona como uma alternativa de lazer sustentável, inclusive em dias chuvosos, com funcionamento até às 22h. Para além da experiência, a meta é clara: formar multiplicadores ambientais e inspirar futuras gerações a cuidar dos oceanos.

“O nosso público é bem diversificado, além do local e de praticamente todos os estados do Brasil,  já tivemos a visita de diversas nacionalidades. É incrível como a cidade de  Búzios atrai um público internacional enorme, dentre alguns países podemos citar praticamente todos os países da América do Sul e América do Norte, também França, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha, Rússia, Israel, África do Sul, Japão, dentre outros”, acrescenta Barros.

Barros conclui que “o mundo marinho sempre fascinou os humanos, agora temos que utilizar esse fascínio para somar forças, para tentar buscar as possíveis soluções para sanar o impacto ambiental que o ser humano causa nos oceanos”.

Quem é o Diretor do Aquário Marinho de Búzios?

O diretor do Aquário Marinho de Búzios (AQUABÚZIOS) é André Barros. Formado em Direito, ele possui uma trajetória de mais de 26 anos dedicada à aquariofilia e conta com dezenas de cursos na área ambiental.

Aquariofilia, ou aquarismo, é a prática de criar e manter peixes, plantas e outros organismos aquáticos em aquários, para fins ornamentais ou de estudo. Desta forma, difere da piscicultura e da aquacultura, que têm fins de produção alimentar.

Saiba mais detalhes sobre o AQUABÚZIOS e veja fotos incríveis, no instagram @aquariomarinhodebuzios e na página oficial do espaço: .aquabuzios.com.br

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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