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Cidades

A insegurança pública

por Eduardo Almeida

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Tenho um amigo que foi tudo na Justiça Federal ou quase tudo, outro dia jantando com ele, perguntei: você deve saber tudo da Justiça Federal? Ele respondeu: é verdade, sei tudo, mas quanto mais eu penso que sei mais eu não sei. Pensando bem vemos que ele tem razão. No assunto segurança a mesma coisa. Todo mundo fala da segurança, todo mundo entende de segurança. Na verdade ninguém entende nada.

Aqui em Búzios todo mundo é federal, e na maior cara de pau o 171, diz que trabalhou com o fulano, com o Beltrame, cascata pura. A segurança no Brasil está ligada principalmente à mídia. Por exemplo, se o caso aconteceu em Búzios, virou assunto para o G1 da Globo, saindo no G1, vai sair no Jornal Nacional, na Globo News e no Fantástico.

No momento só se fala no roubo de um Rolex de milhares de reais acontecido na Orla Bardot. Fora desse Rolex, falavam de um roubo em uma van vinda da Rasa. Esses dois casos repetidos trocentas vezes, vira Búzios em um lugar perigosíssimo. Com isso cai o Comandante, cai o Capitão, cai todo mundo as vésperas de um carnaval onde não poderia cair ninguém.

Você repara que uma linha de ônibus no Rio, a 471 com dez garotos do subúrbio dentro do ônibus, que vieram a praia em Copa, é responsável por centenas de policiais nas ruas parando o transito, tumultuando a cidade toda. E as ocorrências, nenhuma a não ser os próprios garotos arriscando as suas vidas fazendo surf no teto do ônibus e vários ônibus quebrados, e aí não sabemos se alguém fica no prejuízo, com tanto seguro rolando por aí.

Falando em segurança, tem coisas que resolvem o problema de todos. Um exemplo: o mauricinho riquinho ganhou uma bicicleta do pai, um bacana que nem sabe de onde vem tanta grana. Com dois meses de uso, o boyzinho já esta puto, pois saíram novos modelos de bicicletas, e ele está achando a dele uma bosta. Ele vira um infeliz, larga a bike dele de qualquer jeito em qualquer lugar. Aí passa o garoto pobre da comunidade que fica na mesma rua onde mora o riquinho e vendo aquele desperdício pega a bike e se manda. Vocês dirão: coitado do riquinho? Nada disso, ele ganha outra do paizão, o pobre ganhou a sua bike, a indústria vende mais uma bike e todo mundo se dá bem.

Outra coisa, todos falam dos moradores de rua, que são um perigo, que colocam em risco a segurança. Na realidade, em muitos casos os moradores de rua não são moradores de rua, eles moram em municípios próximos ao Rio e trabalham no Rio, são camelôs, empregados informais e não tem vale transporte. Eles não têm dinheiro para irem e virem todos os dias do trabalho para casa e aí moram debaixo do viaduto da Avenida Chile e tomam banho na Catedral pois os padres sabem dos problemas deles e deixam.

Ficam a semana toda dormindo como moradores de rua e nos fins de semana vão para  suas casas onde tem seus filhos e vivem a vida deles como nós. Por isso, meus amigos, antes de falarmos em segurança pública, têm de ver se junto com as UPP´s vieram as escolas e veio o social. Se não for assim, só veremos comissões, conselhos, e o escambau e todo mundo falando de segurança sem saber de nada.

Cadê o Rolex que estava aqui? O gato comeu…

https://prensadebabel.com.br/index.php/2017/01/25/deputado-e-uma-jornalista-sao-assaltados-na-orla-bardor-na-madrugada-desta-quarta-feira/

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