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Barata no ouvido: sem equipamentos apropriados na emergência para remoção, mulher é atendida em clínica particular

O caso de uma moradora de Cabo Frio que estava com o inseto no ouvido gera preocupação pela falta de estrutura das unidades municipais
Parte da barata tinha sido removida pela equipe do Hospital de São Pedro da Aldeia. Arquivo pessoal.
Parte da barata tinha sido removida pela equipe do Hospital de São Pedro da Aldeia. Arquivo pessoal.

Uma moradora de Cabo Frio, Aline Lopes, ficou mais de 24 horas com uma barata no ouvido. O inseto foi removido por completo na manhã desta segunda-feira (6) em uma clínica particular. O assunto ganhou repercussão na cidade no domingo (5), devido a peregrinação dela em busca de atendimento de emergência nas unidades municipais de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia.

Apesar dos esforços das equipes médicas e de enfermagem de ambas as unidades em remover o inseto, não havia médico especialista e nem equipamentos apropriados. O caso dela gera preocupação pela falta de estrutura das unidades municipais para esse tipo de atendimento. A presença de corpos estranhos no ouvido pode provocar dor, infecção, hemorragia e perda auditiva, dependendo da situação.

O especialista que cuida de doenças e complicações que atingem o ouvido, nariz e garganta é chamado de otorrinolaringológico. Esses profissionais atuam em sua maioria em ambulatórios, como é o caso de Cabo Frio. Questionada se após esse episódio, o município pretende deixar um otorrino sobreaviso e até mesmo adquirir equipamentos específicos para que a própria equipe da unidade possa fazer os primeiros atendimentos, a Prefeitura não respondeu.

Por meio de nota disse apenas que “por se tratar de um caso específico, em que é necessária a atuação de médico especialista, foi agendado atendimento no PAM de São Cristóvão, para hoje (segunda), às 11h, com um otorrinolaringologista. Contudo, a paciente conseguiu atendimento antes deste horário em clínica particular”.

Procedimento de retirada da batata ocorreu na manhã desta segunda-feira (6). Foto Arquivo pessoal.

Os mesmos questionamentos foram feitos a Prefeitura de São Pedro da Aldeia que assumiu não ter a especialidade no município, mas que a Secretaria de Saúde “busca meios de ampliar a contratação de especialistas para o atendimento à população”.

Entenda o caso

O caso ganhou repercussão no domingo (5) depois que Aline Lopes gravou um vídeo pedindo ajuda ao Portal RC24h para conseguir atendimento médico. Foram mais de 24 horas com a barata no ouvido e uma corrente se formou para tentar ajudá-la.

Aline explicou nas redes sociais que o inseto entrou em seu ouvido na madrugada de domingo (5) enquanto ela dormia. Quando percebeu, foi imediatamente para o Hospital Otime Cardoso dos Santos, em Cabo Frio. A equipe de plantão fez a limpeza, mas não conseguiu remover por falta de equipamentos específicos. Por volta das 7h ela foi liberada, pois os médicos já não sabiam o que fazer e a orientaram a procurar o hospital de Macaé.

Aline Lopes com o doutor Andre Defaveri, que retirou o inseto. Foto arquivo pessoal

“Foram horas de agonia, ela me mordendo, se mexendo. A dor era tanta que eu mordia e apertava meu esposo”, disse Aline no post no Instagram onde ela atualizou familiares e amigos.

Ela contou que enquanto ia à Macaé, resolveu descer no Pronto Socorro de São Pedro da Aldeia. Novamente a equipe tentou fazer a extração da barata com limpeza, mas só conseguiu em parte. A unidade tentou transferência para o hospital em Araruama, mas não conseguiu e Aline foi para fila de espera de transferência para unidade de Niterói ou capital.

“À noite, a assistente social pediu para eu ir para casa aguardar a transferência. Mas uma amiga entrou em contato comigo e disse que tinha conseguido uma consulta com um médico otorrino em uma clínica particular gratuitamente”.

Na manhã desta segunda, ela foi atendida pelo doutor Andre Defaveri e postou nas redes sociais o agradecimento ao médico, que não demorou nem dois minutos para remover o inseto, e a todos que a ajudaram. “ Xô barata, com a cara inchada de tanto chorar, mas saiu”, comemorou.

A Prefeitura de São Pedro da Aldeia disse que conseguiu o atendimento com o otorrino do ambulatório do PAM em Cabo Frio, mas que ao comunicar a paciente, ela havia conseguido atendimento em uma clínica particular.

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