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Cidades

Choque de demanda de energia de 2020 é o maior dos últimos 70 anos

Moradores da Região dos Lagos sofrem com má qualidade do serviço de fornecimento de energia

Perspectiva é de que levará cerca de 4 anos para que a demanda global
volte a 100 milhões de barris por dia

Nos últimos meses, o setor de energia sofreu um choque duplo: a redução de demanda no contexto da pandemia do Covid-19 e a queda de preços, que vinha ocorrendo desde janeiro.

De acordo com as estimativas da PwC em seu estudo “Futuro da Indústria de Óleo&Gás”, que é baseado em dados da Agência Internacional de Energia para 2020 (IEA), o choque da demanda de energia em 2020 é o maior em 70 anos. Ao mesmo tempo, a demanda global de energia deverá cair 6% este ano, sete vezes mais do que na crise financeira de 2009.

A recessão global causada por restrições prolongadas ao movimento de pessoas, bens e atividades sociais e econômicas também terá um impacto significativo no investimento em energia, que deve cair 20% neste ano.

Segundo o levantamento, mesmo se houver uma chance de uma recuperação econômica em forma de V, o choque da pandemia no comportamento futuro não pode ser ignorado. Assim, todos os cenários possíveis devem ser considerados: uma recuperação mais lenta em forma de U ou uma recessão mais longa em forma de L que terá implicações mais profundas. Aconteça o que acontecer a seguir, o mundo será diferente e as empresas precisam se preparar para o cenário incerto.

O impacto da crise gerada pela Covid-19 foi sentido em todos os níveis do setor de energia, do suprimento à produção de combustíveis, com sérias implicações para a segurança energética e também na transição para a energia limpa.

A indústria está, há algum tempo, se afastando do uso de combustíveis fósseis e se deslocando para fontes renováveis. O carvão, por exemplo, terá seu uso na menor escala desde a Segunda Guerra Mundial, juntamente com reduções acentuadas em gás e petróleo. Já a energia nuclear será a menos afetada pelas medidas de lockdown.

Próximos 10 anos

A perspectiva é de que levará cerca de 4 anos para que a demanda global volte a 100 mbpd. Com menores investimentos em exploração e desenvolvimento por conta da projetada redução da demanda, além de uma desaceleração dos investimentos em fontes alternativas de energia, uma menor oferta de energia nesses próximos anos poderia levar a um preço mais alto do petróleo entre 2024 e 2030, juntamente com a demanda elevada para 105 mbpd, à medida que consumidores, empresas e países busquem o menor custo de energia. Olhando para o futuro contrato de janeiro de 2024 para o WTI, a perspectiva é de US﹩ 53,98, o que é um valor interessante.

Alguns estudos climáticos da ONU e o debate científico público são descrentes sobre a transição energética, considerando a demanda de energia, as fontes de energia e o EROE (retorno de energia – quanta energia é necessária para produzir energia).

Isto porque a quantidade de recursos necessários para viabilizar a transição para fontes de energia mais limpas não estará disponível, ocorrendo uma pausa nesse processo, pois o foco estará em estimular a economia dos países. Esse investimento não ocorrerá até que as economias locais / globais se recuperem e tenham desenvolvimento sustentado para financiar a transição energética.

Assim, o levantamento mostra que a transição energética foi posta em modo de stand by (pausa) porque as economias em recessão vão buscar gastar menos, portanto, vão investir em fontes de energia que, nesse cenário, tendem a um menor custo.

“A tendência é de que cresça a participação das energias renováveis na matriz energética ao longo do tempo, mas não será um processo rápido, levará décadas para que o petróleo e o gás deixe de ter o peso que tem mundialmente. No entanto, em algumas regiões o ritmo da transição será mais acelerado, por escala ou por vocação natural por determinada fonte, mas é importante destacar que em muitos países essa transição será mais lenta por conta da pandemia”, afirma Jaime Andrade, sócio da PwC Brasil.

Alguns itens a destacar:

● Em contraponto ao ritmo contínuo ou à aceleração da transição energética, a situação do Covid-19 vai postergar a transição energética por vários anos em todas as partes do mundo, inclusive no Brasil, à medida que as economias entrarem em recessão (2020-2022), se recuperarem (2023-2025) e depois voltarem a crescer (2025- 2030).

● Nesse cenário, com o menor desenvolvimento das reservas de petróleo, a escassez de oferta entra em cena, elevando os preços do petróleo em 3-4 anos, com o próximo ciclo de expansão para a indústria de petróleo e gás ocorrendo entre 2024 e 2030.

● Por conta deste cenário, a transição energética ocorre em países específicos, mas o ritmo e o escopo geral diminuem. A Europa será mais ativa e permanecerá com metas pré-Covid-19, os EUA precisarão se concentrar no financiamento dos gastos públicos.

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