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Adeus rampas: Búzios começa a se libertar do concreto na faixa de areia das praias

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O que parecia impossível, já é realidade em diversas praias da península

Falta pouco. Pelo andar das ações, ao que tudo indica, em breve a cidade de Búzios estará livre de vez das inúmeras rampas de concreto instaladas nas faixas de areia das praias. Aos poucos, um trabalho que iniciou em 2012 quando foi retirada a primeira rampa de concreto da praia de João Fernandes, ação que parecia impossível, frente à falta de entendimento do que vem a ser uma área pública, hoje alcança diversas praias da península.

Instaladas pelos próprios proprietários dos imóveis situados de frente para o mar, para facilitar o acesso de seus barcos à água, as rampas obstruem e dificultam a passagem dos banhistas e o lazer na praia. Recentemente, no dia 23 de maio, o tatuador Tadeu Bicalho, foi vítima de uma dessas rampas ao optar por seguir de moto à noite pela faixa de areia da praia de Manguinhos. Devido à pouca visibilidade, Tadeu colidiu com a barreira de concreto e veio a falecer.

Ao longo dos anos, a cidade acompanhou as inúmeras determinações do Ministério Público e órgãos ligados ao meio ambiente, na tentativa de retirada desses verdadeiros obstáculos nas areias, mas nenhuma ação foi tão eficiente quanto o trabalho de “formiguinha” iniciado por um morador.

Conversando com os proprietários das rampas, e propondo parcerias com a coordenação de posturas do município, sempre solicitando orientação do Ministério Público, José Cícero dos Santos conseguiu sem burocracia alguma, retirar em 2014 todas as rampas da praia do Canto. Em 2018 foi a vez de Manguinhos. Infelizmente nem todas foram retiradas, mas o trabalho avançou, e agora restam apenas três rampas que, segundo o morador, sairão já na próxima semana.

Praia de Manguinhos

Sozinho, Cícero conversa com os proprietários dos imóveis que instalaram as rampas e mostra a necessidade de retirada das mesmas por estarem ocupando áreas públicas, enfeando e obstruindo as praias. Mostra matérias veiculadas na imprensa abordando o tema, dá exemplos de problemas gerados aos banhistas e convence. Sem custo algum para o município, as rampas vão saindo da paisagem.

– Os próprios proprietários pagam o serviço de retirada com trator, caminhão e mão de obra. E não é um trabalho meu. É um trabalho nosso, porque muita gente se envolve direta ou indiretamente para ajudar. Por exemplo, eu passei para o papel tudo o que vocês jornalistas falaram na live da Prensa de Babel que entrevistou o procurador Leandro Mitidieri sobre a ocupação irregular das praias. Anotei tudo e estou mostrando estes argumentos para os moradores da Ferradura, agora com o objetivo de tirar da praia as yucas e plantas exóticas que eles plantaram na areia, na frente das casas. Todos estão entendo e se comprometendo a retirar. A coordenação de posturas da prefeitura e o MP também são parceiros. Os moradores são parceiros, não trabalho sozinho – conta Cícero.

José Cícero em ação

Há cerca de quatro meses, foi a vez da Azeda perder a sua rampa. Administradores da única casa existente na praia toparam a ideia, custearam o serviço, e o cenário hoje fala por si. Para que o trator pudesse chegar até a areia, foi preciso quebrar o piso da garagem de barcos e retirar o portão.

– Fizemos o trabalho à noite para evitar acidentes com os banhistas. Foi uma super operação. Quebramos o piso e o portão e depois refizemos tudo. Ficou lindo. O portão ficou muito mais bonito, e a praia está maravilhosa. A prefeitura também fez a sua parte e reformou a escada de acesso à Azeda. Tá tudo lindo – comemora.

A praia da Azeda livre da rampa

Na praia da Ferradura o trabalho também já começou. Há duas semanas com a ajuda de Cícero, uma rampa foi retirada pelo proprietário no canto direito da praia. E ainda existem mais quatro que a prefeitura está se mobilizando para retirar. Três dias atrás a secretaria de Meio Ambiente retirou mais três rampas, desta vez nos Ossos.

– Antigamente nenhum proprietário pensava em retirar a rampa, porque todo mundo tinha e ninguém falava nada. Hoje a situação se inverteu. Todo mundo tá tirando, então todos agora entenderam a necessidade de liberar as praias, e estão indo nessa direção. A natureza e os banhistas agradecem – resume Cícero.

Praia de Manguinhos
Praia da Ferradura

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