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Cidades

Professor é afastado de escola em Campos dos Goytacazes após polêmica com charge de Trump e Bolsonaro

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O professor Marcos Antônio Tavares da Silva foi afastado de suas funções no colégio Liceu de Humanidades de Campos dos Goytacazes após utilizar uma charge ironizando o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com informações, o professor de português aplicou a atividade aos alunos do 3º ano do Ensino Médio para que interpretassem elementos de ironia e humor. O conteúdo foi compartilhado nas redes sociais e chegou ao conhecimento da Seeduc.

Os estudantes deveriam comentar sobre uma charge na qual aparecem o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), e o dos Estados Unidos, Donald Trump, na cama, embaixo de cobertores, com a bandeira estadunidense ao fundo. A imagem é acompanhada pela legenda “O Patriota”. Assinada pelas inicias V. T. (Vitor Teixeira), a charge é datada de 2017 e pode ser encontrada no site “Humor Político”.

Silva teria sido afastado por “ordens superiores”, insinuando que o afastamento teria sido uma indicação do governo do Estado .

Marcos Antoni teria recebido a notícia de sua demissão por telefone pela diretora do colégio. Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) não esclareceu a suposta ordem de afastamento do professor vinda do governador, mas confirmou o afastamento.

“A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) tomou a decisão de suspender o professor na última quinta-feira. Nesta sexta-feira, dia 22, foi aberta uma sindicância para apurar o caso. A partir de então, o professor ficará afastado das atividades até a conclusão do processo. Um docente será alocado para ministrar as aulas, sem necessidade de interrupção das atividades e do conteúdo da disciplina.” 

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) se manifestou em apoio ao docente. “Nós defendemos a autonomia pedagógica na sala de aula para que o professor trabalhe com o aluno da maneira que seja melhor para a compreensão do conteúdo”, afirmou a diretora do sindicato, Graciete Santana.
O sindicato classificou, ainda, a ação como perseguição aos professores, o que estaria ocorrendo de forma recorrente. “Essa acusação é totalmente infundada. Isso não é doutrinação, qualquer professor pode trabalhar com charge na sala de aula e o aluno fazer a sua leitura a partir da charge”, defendeu Graciete.

O professor Marcos Antônio escreveu uma carta sobre o caso. Segundo o educador, o mesmo texto foi enviado para a Seeduc.

Veja a íntegra do texto:

“Leciono português, literatura e produção de texto há quinze anos em várias escolas particulares e públicas, mas atualmente no Liceu de Humanidade de Campos me deparei com uma situação na qual nunca imaginei passar, nos meus piores pesadelos; a censura.

Venho por meio desta esclarecer a atitude covarde e descontextualizada em que postaram nas redes sociais um material dado em sala de aula, para os alunos do terceiro ano do ensino médio, portanto, futuros vestibulandos.

Trata-se de uma charge, entregue à tais turmas (3003/3005), material este muito comum nos vestibulares, em todas as disciplinas e com uma carga argumentativa bastante relevante no que concerne ao fato de que ao se depararem com tal tipo de texto, os discentes devem obrigatoriamente estar inseridos nos contextos político, econômico, social e cultural do mundo que os cerca, habilidades essas cobradas em vestibulares e no ENEM.

A charge, de autoria do chargista Victor Teixeira, trata-se de um contexto político amplamente divulgado na mídia do mundo inteiro. Assim, sua análise (contra ou favorável) ficou a critério única e exclusivamente dos alunos, usando para isso, seus próprios argumentos, não havendo assim, DOUTRINAÇÃO.

Dado o exposto, termino com a certeza do dever cumprido; o de desenvolver em meus alunos a criticidade na qual futuramente serão devidamente cobrados e na certeza deste mesmo dever, coloco-me a disposição para quaisquer esclarecimentos.

A foto é uma METÁFORA, ou seja nem tudo o que parece é…”

 

*Com informações do O Dia e G1

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