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Conheça Fábio Emecê: professor de literatura, ativista e rapper

Fábio Emecê é professor, rapper e ativista. escreve sobre música aqui no Prensa
Fábio Emecê é professor, rapper e ativista. escreve sobre música aqui no Prensa
Fabio recitando versos em Sarau em Cabo Frio

O professor de literatura Fábio de Souza Batista, vulgo Fábio Emecê, nasceu em Cabo Frio, uma das principais cidades do interior do Rio de Janeiro, que sofre há tempos com graves problemas sociais advindos de anos de má gestão pública. Emecê teve contato com a cultura Hip Hop através dos sons do Gabriel o Pensador e 2Pac Shakur com música “Changes” que tocava nas rádios brasileiras na década de 90. Ouvinte do Funk Carioca e de suas montagens, sempre se sentia valorizado quando escutava as músicas, apesar de ir pouco aos bailes.

Aos 16 anos começa a estudar no Cefet – Campos e através de um amigo de classe, conhece Racionais MC’s, algo que ele considera divisor de águas na sua vida. Com o amigo Ébano Machel, faz um programa de rádio que difunde a Cultura Hip Hop na região. Depois em outra rádio, faz um programa sozinho, reafirmando a proposta de difusão do rap e música negra.

Admirador da cultura underground, participa ativamente da efervescentes cena campista, com seus legendários eventos no extinto bar “Zanzibar”, debaixo do campo do Americano. Em 2003, seu último ano na cidade de Campos dos Goytacazez, monta com Ronaldo “Magrão”, a sua primeira banda – “Anti-Dopping”, que dura poucos meses.

De volta a Cabo Frio, se junta a Marcelo Fernandes e Alexander Nélio e funda o Bandeira Negra, grupo de rap que alia ideias anarquistas, cultura negra e a rua. Começa a atuar no movimento negro e articula o movimento de jovens negros na cidade, participando na construção do ENJUNE – Encontro Nacional de Juventude Negra.

Destaca-se no cenário pelo discurso coerente e letras bem elaboradas, sendo considerado um “intelectual do rap”, título que rechaça, dizendo que apenas tenta demonstrar no rap toda sua vivência e as experiências dos lugares por onde passou.

Foi um dos fundadores do selo “Faixa de Gazah” e lançou alguns trabalhos solo – EP Cidade Cenográfica e Desobediência Civil – Volume Um (Boazizi). Foi por dois anos superintendente de Igualdade Racial em seu município, e, após se esgotar com as cruéis condições de trabalho e falta de estrutura, “meteu o pé” – como ele mesmo diz. Rompeu com  o Faixa de Gazah e entrou novamente sozinho em uma nova empreitada: Lançando, agora com 34 anos, o seu mais novo trabalho; “Dias de Luta”, firmando-se como  formador de opinião – escrevendo para diversos jornais e sites, inclusive o Diário da Costa do Sol (onde escreve às  sextas); depois teve o “Dia do Vadio” em que saía uma musica na ultima segunda do mês, em 2016; no começo de 2017 tem o EP “Der na Telha” e depois teve o EP “Melodia do Luiz” que é uma homenagem ao Luiz Melodia, onde uso samplers das música do mesmo em parceria com o produtor Dudu Foxx. Em 2018 saiu o EP “Preto Velho” em parceria com o Dudu Foxx e em novembro sai mais um disco.

É repórter do renomado site de hip hop, “Bocada Forte” e segue dando aula na rede estadual, onde busca incentivar jovens a  irem além da grade curricular limitada das escolas. Fabio segue com o projeto “Sessão Malungo”, que é uma compilação de músicas de África e Diáspora, onde mostro essa linha histórica através do Ritmo. Tem algumas playlists na rede, no site mixcloud e desde ano passado tendo discotecado em alguns eventos.

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