Menu

Cidades

Tamanduá Mirim é flagrado vagando por telhado de moradores na Praia Rasa, em Búzios

Espécie identificada como Tamanduá Mirim é relativamente comum na região
4265f06c-f074-4a0a-837b-9e88132abe45

Um Tamanduá foi visto caminhando sob telhado da casa de um morador do bairro Rasa, em Búzios. Com uma grande área de vegetação, a cidade abriga diversos animais em meio as florestas. Felizmente, o animal encontrado não estava ferido e logo retornou ao seu habitat natural, próximo a residência. O flagrante registrado por moradores do local aconteceu na manhã de terça-feira (26). O registro do animal passeando livremente entre árvores e telhados emocionou habitantes da região. A espécie identificada como Tamanduá Mirim (Tamandua tetradactyla) é comum em toda a América Latina, tendo como preferência o ambiente florestal.

Sendo da mesma família do Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e do Tamanduaí (Cyclopes didactylus), – família Myrmecophagidae – o Tamanduá Mirim se difere pelo padrão diferenciado de coloração de pelagem. Com o corpo amarelado e alguns nuances de marrom pardo no dorso, sua pelagem lembra a um “colete” negro.

Tamanduá-mirím passeando em Búzios / Créditos: divulgação

Uma curiosidade interessante a respeito desses animais é justamente a origem do nome. Oriundo da lingua indigena Tupi – tribo brasileira do vale do Rio Amazonas, o nome Tamanduá tem como significado “papa-formigas”. Desse modo, fica evidente a principal fonte de alimentação da espécie. Além de formigas, alimentam-se também de cupins, abelhas e até mesmo de mel. Com grandes garras e uma enorme língua, estes indivíduos conseguem perfurar os cupinzeiros e formigueiros e captar alimento.

Outra curiosidade a respeito deste animal é a em relação a capacidade de ficar “em pé” com as duas patas traseiras, ficando em posição mais ereta no intuito de se proteger de predadores. Dentre eles, podem-se destacar a onça pintada, onça parda e felinos de grande porte no geral.

Ameaça e preocupações

De acordo com a classificação da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), é possível encontrar registros de indivíduos por todo território brasileiro. Portanto, considera-se que a espécie não está correndo risco de extinção, sendo classificados como pouco preocupante (LC).

Infelizmente, o outro gênero da família não se encaixa nessa mesma descrição. Sendo considerado como vulnerável (VU) pela IUCN, o Tamanduá Bandeira preocupa cientistas por todo país.

Segundo a bióloga Jéssica Nigro, este animal tem grande importância ambiental no controle de formigas e cupins no ecossistema. Realizando o controle populacional destes animais, o Tamanduá evita que eles se tornem pragas urbanas. Apesar de não estar diretamente ameaçado, a perspectiva para o futuro pode ser assustadora.

“Ele está na categoria menos preocupante pela UCN por ele ter uma grande distribuição populacional e geográfica. Porém, a gente tem ameaças futuras causadas por impactos antrópicos. A perda de habitat desses animais em decorrência da expansão agropecuária só aumenta. A gente tem o problema de queimadas acontecendo de forma recorrente. O atropelamento desses animais na rodovia então é necessário placas informativas para motoristas e corredores ecológicos. A caça predatória desses animais em ambiente rural ainda é algo praticado aqui no Brasil. Ele também tem a venda da pele dele para produzir couro, o consumo da carne dele também, que isso alimenta o tráfego ilegal desses animais.”, afirma a especialista.

Outra grande preocupação em relação aos Tamanduás se refere ao uso dessa espécie como “pets”. Por ser um animal atrativo pelas características físicas peculiares, muitas pessoas acreditam que podem cria-los em casa. “Seria muito difícil manter o tamanho do Mirim sob cuidados humanos. Por conta da alimentação dele, ele não digere o alimento, né? Tudo vai pro trato intestinal dele inteiro e aí lá dentro do estômago dele, do intestino dele, é feito toda a divisão do alimento pra excreção”, complementa Jéssica.

Apesar da espécie Tamanduá Mirim não estar em risco, a aparição do animal alerta para a conservação de outro animal da mesma família – o Tamanduá Bandeira, que infelizmente está na lista de espécies ameaçadas de extinção. Desse modo, é evidente a necessidade de atenção aos cuidados com a fauna e a flora e também com a preservação destes animais. Em caso de emergência, entrar em contato com a Polícia Militar através do número 190 ou com o corpo de Bombeiros através do número 193.

NOTÍCIAS DE GRAÇA NO SEU CELULAR

A Prensa está sempre se adaptando às novas ferramentas de distribuição do conteúdo produzido pela nossa equipe de reportagem. Você pode receber nossas matérias através da comunidade criada nos canais de mensagens eletrônicas Whatsaap e Telegram. Basta clicar nos links e participar, é rápido e você fica por dentro do que rola na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Faça parte da nossa comunidade no Whatsapp e Telegram:

Se você quer participar do nosso grupo, a gente vai te contar como vai ser agorinha mesmo. Se liga:

  • As nossas matérias chegam pra você a cada 1h, de segunda a sábado. Informações urgentes podem ser enviadas a qualquer momento.
  • Somente os administradores podem mandar os informes e realizar alterações no grupo. Além disso, estamos sempre monitorando quem são os participantes.
  • Caso tenha alguma dificuldade para acessar o link das matérias, basta adicionar o número (22) 99954-6926 na sua lista de contatos.

Nos ajude a crescer, siga nossas redes Sociais: Facebook, Instagram, Twitter e Tik Tok e Youtube

Veja Também

Mais uma ação em Búzios para arrecadar medicamentos para desabrigados no Rio Grande do Sul

Inscrições abertas para Vestibular Cederj 2024

Privilége Búzios é ponto de coleta de doações para o Rio Grande do Sul

TourShop realiza coleta de medicamentos em Búzios para o Rio Grande do Sul