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Winnie Freitas, candidata a prefeita de Rio das Ostras, defende um governo com máxima participação popular

Na foto, a candidata a vice, Lívia Torres (à esquerda), e a candidata a prefeita, Winnie Freitas, posam fazendo o número 50 do PSOL com as mãos.

Mulher empoderada, mãe, servidora pública municipal desde os 19 anos, engajada em movimentos sociais e universitária de Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Todas essas nuances fazem parte da pessoa que é Winnie Freitas (PSOL), candidata à prefeitura de Rio das Ostras nas eleições suplementares que vão acontecer no próximo dia 24.

Fugindo do estereótipo de pessoa política que a população está acostumada, a candidata se apresenta de maneira jovial, com cabelos cacheados e vermelhos, várias tatuagens, muitas ideias na cabeça e sem medo de dizer o que pensa sobre a realidade do município. Com propostas pensadas profundamente e sensatas para os diversos problemas de Rio das Ostras que englobam assuntos de saneamento básico insuficiente, uma Saúde precarizada, pouca segurança pública, além de uma administração pública improdutiva naquela que Winnie acredita que é a sua principal função, servir ao público da melhor forma possível.

Winnie Freitas se candidatou a prefeitura nas eleições de 2016 pela primeira vez e conseguiu a 4ª posição na disputa, com 2.210 votos, ou 4,75% dos votos válidos.

Prensa de Babel: Como você se filiou ao PSOL e manifestou mais uma vez a decisão de se candidatar as novas eleições.

Winnie Freitas: Nós, eu e as pessoas dos movimentos sociais nos quais eu sou ligada, percebemos que Rio das Ostras precisava de democracia, a cidade não conhece democracia ainda. Ela conhece apenas o modo de governo coronelista onde impera a troca de favores por serviços básicos, privilégios para alguns poucos e as constantes troca de poder pelos mesmos grupos políticos. Porém, nos vemos esse período eleitoral como um momento onde nós trabalhadores temos a oportunidade de chegar ao poder. Uma vez a Luiza Erundina (PSOL) me disse algo que resume totalmente essa ideia. Ela disse “Nós queremos tomar o poder. Mas não para nós mesmos, mas para dividir com o povo”. Essa é a ideia. Ocupar os espaços de poder como pessoas da classe trabalhadora. Não “Winnie, a prefeita”, mas sim como uma representante das pessoas.

 

Prensa de Babel: E o que é, utilizando as suas palavras, “tomar o poder para a classe trabalhadora” para você?

Winnie Freitas: Nosso governo vem de um projeto coletivo. As ideias não são só minhas. Eu sou a voz. Vamos governar com a população junto, através dos conselhos municipais, audiências públicas. E elas serão deliberativas. Decisões serão tomadas nessas audiências. Queremos caminhar lado a lado com a população. Um governo popular em seu significado mais profundo. Muitos falam que não temos uma base aliada na Câmara e por conta disso faltaria governabilidade. Mas nós não vamos governar com os vereadores e sim com a população. A Câmara serve para fiscalizar a Prefeitura e não para fazer acordos e ser aliada do prefeito.

 Prensa de Babel: Você é servidora pública em Rio das Ostras e trabalha na área da Educação. E quais são as suas propostas principais para essa pasta?

Winnie Freitas: Primeiramente é a redução do número de alunos em cada sala de aula. Não tem condição de um professor ensinar uma turma de 8º ano com 49 alunos em sala. Professor nenhum dá conta desse número de alunos. Precariza o ensino e é desumano com o educador. Isso é real e fisicamente possível, porque junto a isso construiremos novas escolas. Mas essas serão feitas já com um estudo de quantas crianças estão nascendo e quantas estão em cada faixa etária. Para nos próximos anos não enfrentarmos superlotações novamente. Esse planejamento será feito pensando na vida escolar dos alunos e pensando que cada um tem que ficar o mais próximo possível da sua residência. Isso também será feito com as creches que voltaram a ser de período integral, porque as mães precisam trabalhar.

Depois, vamos criar um grupo de trabalho técnico para fazer um levantamento de todas as necessidades, em termos de funções e cargos; descobrir o que está faltando realmente. Nesse grupo de trabalho vai ter servidores de todos os escalões; na educação, por exemplo, desde diretores até serviços gerais. Qual é a demanda? Quando descobrirmos isso, aí vamos fazer provas de progressão dentro das secretarias. Existem hoje, na prefeitura, ADIs (Auxiliar de Desenvolvimento Infantil, cargo de nível médio) com formação superior em pedagogia. Muitos profissionais estão sendo desperdiçados na prefeitura. Em diversas áreas. Iremos chamar os profissionais que foram aprovados no concurso público e fazer novos, porque acreditamos que essa é uma boa forma de seleção de bons profissionais. Mas temos que dar valor aos concursados que já estão empregados também. Dar meios para eles trabalharem. 

A reabertura dos dois Centro Integrados de Convivência (CIC) e a criação de novos, onde as crianças possam passar o contra-turno, fazer aulas diversas e esportes também está no nosso plano de governo.

 

Prensa de Babel: O próximo tópico é Segurança Pública. O que você tem a dizer sobre esse tema?

Winnie Freitas: Muitos têm respostas prontas sobre esse assunto. Mas eu acredito que a Segurança Pública é uma soma de vários fatores. Não se resolve isso só colocando mais policial armado na rua. Essa é uma ‘solução’ superficial que não funciona a longo prazo. Precisamos de investimentos em várias áreas para resolver o problema da segurança. Temos que investir em assistência social, em educação, em programas de habitação e outras coisas para garantir uma resolução a longo prazo e algo que perdure. Mas tem coisas que devem ser feitas imediatamente, uma delas é a ampliação do trajeto do transporte público, para que ele leve as pessoas o mais próximo possível de suas casas e junto a isso ampliar o horário de atendimento do transporte público. Porque não dá para a pessoa trabalhar até as 22h, sendo que o transporte para de passar as 18h. Melhorar a iluminação pública também é um modo de fazer com que a possibilidade do crime reduza.

Um projeto nosso também é relacionado a utilização do IPTU e a segurança de várias maneiras. Por exemplo, se uma pessoa tem um terreno baldio, sem cuidado, cheio de mato alto e sem utilização social, o imposto desse terreno será mais caro. Vamos cobrar a limpeza e utilização para que esses locais não sejam mais pontos de insegurança e medo para os moradores. E o imposto arrecadado também será revertido para benefícios na área de segurança da população.

 

Prensa de Babel: Atualmente, apenas 40% da cidade tem tratamento de esgoto, muitos ainda não possuem água da concessionária, dependendo de poços e carros pipa. Ou seja, a questão de Saneamento é um problema que aflige os moradores do município. Quais são suas propostas sobre o tema?

Winnie Freitas: A Cedae é uma empresa pública e nós defendemos que empresas públicas prestem serviços públicos. Porque a partir do momento que alguém lucra com algo que deveria ser um direito básico da população a situação vai ficar ruim para essas mesmas pessoas. Por isso, acredito em manter e estreitar o relacionamento com a Cedae. Para garantir que possamos levar esses serviços para toda a cidade.

Em relação ao esgoto, teremos que fazer uma auditoria em relação a Parceria Público Privada (PPP) com a Odebrecht para saber o que foi pago, o que não foi pago e também que tipo ser serviço e benfeitorias foram entregues por ela. Porque tudo isso não foi feito com transparência então não se sabe como foi o contrato. O contrato era para levar tubulações de esgoto e captar de toda a cidade? Ou só de uma localidade? Ninguém sabe. Mas temos que saber para resolver o problema.

Prensa de Babel: E em relação ao Turismo? Rio das Ostras tem um Festival de Jazz enorme, tem outros eventos, mas isso não chega a todos os bairros e nem de forma democrática a todos. Quais são as suas propostas sobre o tema?

Winnie Freitas: O Festival de Jazz é maravilhoso e traz bastante gente para a cidade. Mas acredito que esse evento não precise se limitar a isso. É necessário democratizar o estilo, levar esse para todas as localidades, mas não com um pensamento de “levar a cultura”, mas sim como uma forma de permitir que cada um produza a sua própria.

É necessário ter jazz nas praças, nas escolas, sim. Investir em outros festivais. A cidade já teve festivais de teatro, de dança. Onde estão esses festivais? Cultura também gera emprego. Precisamos retomar essas atividades e ampliá-las. Fazer um festival de jazz que entre no Âncora, na Cidade Praiana, no Mar do Norte, que ocupe a cidade toda. Não é questão de levar cultura para essas comunidades. Mas de aumentar o acesso. Criar programas para fomentar as atividades culturais próprias dessas comunidades também. Reconhecer a cultura que se produz nessas localidades, na cidade toda. Isso também gera emprego.

É possível investir também na história riquíssima que Rio das Ostras tem com o cantor Dorival Caymmi. Porque não existe um museu dedicado a isso? Porque não aproveitar e juntar isso ao samba e fazer um festival? Charles Darwin passou em Rio das Ostras e se sentou embaixo da figueira centenária, está no diário de viagem dele. Porque não há menção disso, nenhuma placa? O sambaqui do Museu Sambaqui da Tarioba não é o único da cidade, porque não explorar isso também?

Melhor que um turismo momentâneo e dependente de eventos temos que investir na cidade e em coisas que perdurem.  

Prensa de Babel: Obrigada. Vamos passar para a questão da Saúde, quais são as propostas para essa pasta?

Winnie Freitas: Acredito que a primeira coisa seja investir numa saúde preventiva. Ampliar a Estratégia de Saúde da Família (ESF). Os Postos de Saúde do Marileia e do Âncora estão sobrecarregados. São bairros enormes, que precisam de mais unidades de saúde. Mas não é só aumentar o número de unidades. Precisamos também aumentar o número de especialidades dentro dessas unidades, para que a população não precise se deslocar para ter atendimentos básicos de saúde.

Melhorar a garantia dos insumos também é importante. Não adianta eu ter um especialista numa unidade que não tem nem luva para trabalhar. Isso não é só investimento para a população, é investimento no servidor também. Hoje não tem. Não vamos resolver tudo da noite para o dia, mas podemos buscar parcerias intermunicipais, por exemplo. Se eu tenho uma especialidade aqui que não tem em Macaé, e eles têm outra que aqui não tem, podemos fazer uma parceria. Pelo menos até que consigamos ampliar de verdade a oferta desses serviços. E isso sem esquecer a Emergência. Temos que ampliar o Pronto Socorro e melhorar o Hospital Municipal, e investir também em unidades de saúde da mulher, do idoso, da criança. Saúde da mulher não é oferecer ginecologista. É muito mais. Assim como atender o idoso e a criança. Nós temos um campus da UFF aqui, um curso de enfermagem, um curso de serviço social, um curso de psicologia. Por que não se investe em parcerias na área de pesquisa médica em projetos de extensão?

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também foi construída e tem que ser inaugurada. O que falta para isso acontecer. Temos que avaliar isso. Saúde é importante e temos que dar a devida atenção a isso.

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